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Como a Maturidade no Gerenciamento dos Projetos interfere nos resultados de negócio das organizações

Publicado em 06/12/2016

Os baixos investimentos no desenvolvimento da maturidade em gestão de projetos levam à desperdícios e insucessos, interferindo diretamente nos resultados de negócio de uma organização, corroendo seus investimentos e colocando em risco as decisões estratégicas.

maturidade

Olá amigos, hoje quero investir um tempo para analisarmos o quanto a maturidade em gestão de projetos, ou mais precisamente a falta dela, pode influenciar os resultados de negócio de uma organização, corroendo seus investimentos e colocando em risco as decisões estratégicas.

Sempre foi intuitivo em qualquer área de atividade que quanto melhor o desempenho em se executar uma determinada tarefa ou conjunto de tarefas menor seriam os custos para sua realização. Em projetos essa percepção nunca foi diferente, porém sempre houve certo ceticismo quanto à economia gerada pela boa gestão dos projetos em relação aos custos decorrentes dos investimentos para se atingir o nível de maturidade adequado que pudesse gerar essa economia. Treinamentos, capacitações, implantação de metodologia, certificações, e escritórios de projetos ainda sofrem restrições e são tratados como gastos.

O resultado dos baixos investimentos no desenvolvimento das qualificações dos gerentes de projetos, nas mudanças culturais e na implantação de escritórios de projetos pode ser facilmente percebido novamente na recém-divulgada edição 2014 da pesquisa de maturidade em gestão de projetos do amigo e Professor Darci Prado. A pesquisa comprova em números o que já sabemos intuitivamente, que quanto maior a maturidade, maior o índice de sucesso, sendo que as organizações com excelência em gestão de projetos atingem o sucesso total em mais de 80% das vezes enquanto que para as menos maduras essa taxa não passa dos 40%, e na maioria das vezes por pura sorte ou por ações isoladas dos profissionais. Sucesso total é quando o projeto produz os resultados e benefícios esperados e os principais envolvidos ficam plenamente satisfeitos, mesmo que pequenas diferenças de prazo, custo, escopo e qualidade sejam observadas.

Outros resultados impressionantes podem ser observados como, por exemplo, o estouro médio de custos de 17% representando R$ 25 bilhões de desperdício entre as 415 organizações participantes da pesquisa.

Contribuindo para esse desperdício, e também muito marcante, é o atraso médio constatado que foi de 27%. Como as organizações pesquisadas possuem em média 19 projetos em carteira com duração média de 14 meses, o índice de atraso médio representa um desperdício de tempo de 72 meses se fossem colocados em sequência, e esse é apenas o resultado médio para cada organização.

Esses resultados são baseados nos índices médios de maturidade, que ficou em 2,64 (em uma escala de 1 a 5), entre as organizações que participaram da pesquisa, representando R$ 25 bilhões e mais de dois mil anos, somando-se os desperdícios. É importante notar que mais de 65% das organizações pesquisadas estão abaixo desse índice, possuindo, então, estouros de custo e de prazo muito maiores. Isso sem pensar que a carteira de projetos pesquisada representa apenas uma parcela dos investimentos no Brasil, nos levando a imaginar quanto em dinheiro e tempo estão sendo jogados fora, ao invés de virarem resultados para nosso país.

Distribuição das organizações pesquisadas nos níveis de maturidade

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Acessem a pesquisa completa no site, clique aqui e entenda os detalhes dessa pesquisa. Descubra o que pode e deve ser melhorado e constate o óbvio através dos bons resultados das organizações com alto índice de maturidade, ou seja, que os recursos utilizados nos esforços de melhoria de maturidade, como treinamentos, implantação de Escritórios de Projetos e metodologias, contratação e remuneração de bons profissionais, implantação de sistemas informatizados, desenvolvimento de lideranças etc. estão longe de representarem gastos, pois possuem retorno garantido, ou seja, são investimentos.

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Bons Projetos!

paulo_mei

Sobre o Colunista:

Paulo Mei, MBA, PMP. Consultor, instrutor e professor em gestão de projetos e portfólios, além de membro atuante do PMI de São Paulo. Graduado em Administração de Empresas com ênfase em finanças, MBA pela FAAP e mestrando em Empreendedorismo pela FEA/USP. Foi responsável nos últimos vinte anos por grandes projetos no Brasil e no exterior (projetos offshore) e pela implantação de Escritórios de Projetos para empresas de vários segmentos. É autor dos livros Gerenciamento da Integração em Projetos (Elsevier; 2013) e PM Mind Map® – A gestão descomplicada de projetos (Brasport; 2015). E-mail de contato: paulomei@paulomei.com.br – Curta a fanpage: www.facebook.com/paulomei.com.br – Para conhecer o modelo PM Mind Map®: www.pmmindmap.com.br

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