De onde vêm os resultados? – Parte 4

Esta pergunta tem várias respostas e todas muito precisas. Nada de acaso (exceto em casos fortuitos). Dar a conhecer algumas destas respostas é o objetivo desta nova série de artigos do Prof. Lúcio Fonseca.

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“HÁBITOS QUE FAZEM A DIFERENÇA”

• ENGAJE A EQUIPE
• COMUNIQUE BEM
• USE A DIPLOMACIA
• GANHE VISÃO 360^o
• PENSE GRANDE
• NEGOCIE, SIM
• CRIAR DÁ LUCRO
• FIQUE ZEN

(Revista Você S/A – Out 2008)

COMENTÁRIO

O texto em que coletei estes “hábitos” exemplifica cada um deles com histórias de gestores que, compreendendo a necessidade de se reinventar, adotaram um ou vários deles e passaram a colher resultados muito mais significativos.

No fundo, trata-se de abandonar certas crenças, como “eu sou mais eu”,  e ampliar a atenção para com as pessoas e os objetivos, utilizando recursos e meios que vão muito além das competências (ou incompetências) pessoais do gestor. Detalhando cada um:

ENGAJE A EQUIPE

Conheça as competências e o potencial de cada um dos colaboradores. Tenha paciência para ensinar e delegue, demonstrando sua confiança. Isto gerará empatia em toda a equipe, com reflexos diretos no ambiente de trabalho e na produtividade.

COMUNIQUE BEM

Ao invés de promover um “Café com o Presidente”, periodicamente – algo que se assemelha à cerimônia do “beija-mão”, que os soberanos promoviam para seus súditos – saia de seu “palácio” (sua sala) e passe a visitar os demais gestores em seus próprios departamentos, conhecendo seus problemas, discutindo as diretrizes diretamente, esclarecendo dúvidas in loco, criando sinergia (e reforçando, assim, o engajamento de todos).

USE A DIPLOMACIA

O tempo do gerente (ou Presidente) agressivo, que briga e fala aos berros com colegas e subordinados, para demonstrar sua autoridade ou obter o que deseja, passou, há muito. Mas não para todos os “chefes”, infelizmente. Ler livros de desenvolvimento pessoal, fazer um curso de coach e estar atento e aberto aos feedbacks diretos e indiretos são formas de evoluir, obter mais engajamento das pessoas e colher melhores resultados. Por incrível que pareça, educação, polidez, respeito e diplomacia ao resolver conflitos estão em alta, no mercado e na vida.

GANHE VISÃO 360^o

Um executivo orientado a resultados é aquele que tem uma visão ampla do negócio a que sua empresa está dedicada. Para preparar-se para cargos cada vez mais altos, é recomendável que passe (e mergulhe) por todas as áreas da empresa – compras, produção, marketing, vendas, planejamento e outras. Assim, ao tomar decisões, saberá, de antemão, que contribuições cada área pode dar e o impacto que uma decisão sua poderá ter sobre cada uma delas.

PENSE GRANDE

Qualquer que seja o seu nível funcional hoje, seu objetivo deve ser o de alcançar o topo da cadeia. Mas isto não mais se dá pelo “tempo de casa”. É uma conquista que se concretiza a partir de planejamento competente e investimento em leitura, cursos de pós-graduação, MBAs, cursos rápidos (ou longos)  de comunicação e negociação e ainda de línguas, preferencialmente no exterior. Afinal, “No pain, no gain.”

Ah, o objetivo pode ser também o de apostar num negócio próprio, maior ou melhor do que aquele em que está. Neste caso, tudo o que foi dito antes continua valendo inteiramente.

NEGOCIE, SIM

Se engajar pessoas é a tarefa principal e indelegável do líder atual, ampliar sua competência de negociar com chefes e colaboradores é vital. Afinal, não é todo mundo que aceita suar por metas pesadas que não foram adequadamente explicadas e negociadas. Há no mercado cursos rápidos (e mais longos) de negociação que podem prepará-lo bem.

CRIAR DÁ LUCRO

Inúmeras empresas gigantes, como a IBM, têm na origem do seu grande acervo de patentes idéias oriundas de colaboradores.

Se inovar deve ser o mantra de toda organização que pretenda continuar no mercado, dar espaço para as pessoas serem criativas – inclusive “autorizando-as” a errar – e oferecer suporte para que viabilizem suas idéias é a atitude natural que a liderança precisa ter. Quanto mais as idéias estiverem conectadas às competências da empresa, mais rápido e mais econômico será o processo de transformá-las em produtos ou serviços. E, consequentemente, em resultados.

FIQUE ZEN

Líderes de equipe hiperativos, que trabalham 12 a 14 horas por dia, lancham ao invés de almoçar e tentam impor este ritmo à equipe podem obter o efeito contrário e gerar insatisfação ou desmotivação no grupo. Desacelerar, desestressar e dedicar mais tempo às pessoas, ouvindo-as e dando-lhes espaço, estimulando-as a ir além ao mesmo tempo que respeita os limites de cada um: um bom caminho para promover um ambiente saudável e produtivo, conseguir o engajamento e, consequentemente,  resultados sustentáveis.

Sobre o Colunista:  Prof. Lúcio de Andrade Fonseca, Consultor Empresarial e Educacional e palestrante reconhecido no Brasil e no exterior. Foi Executivo Educacional do Grupo Kroton, por longos anos, exercendo as funções de Diretor de Unidades Escolares, no Brasil e no Iraque, e de CIO (Diretor de Tecnologia). É Consultor de Gestão Estratégica de entidades públicas, privadas e do terceiro setor, no Brasil e em Angola. Exerce também a função de Vice-Presidente de Assuntos Educacionais da SUCESU-MG. Através da empresa FF Digital Tecnologia, Treinamento e Desenvolvimento, da qual é fundador e Diretor Executivo, coordena programas de capacitação para executivos, que têm participação expressiva de gestores de empresas de mineração de Angola.

E-mail de contato: lucio@luciofonseca.com.br  – site: http://ffdigital.com.br

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