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De volta para o futuro: A máquina do tempo do gestor de projeto

Publicado em 26/10/2015

21 de Outubro agora, de 2015, fãs de cinema e curiosos em geral aproveitaram o dia para celebrar a data fictícia em que Dr. Emmett Brown levou (ou trouxe) Marty McFly ‘de volta para o futuro’. Trinta anos depois do seu lançamento, esta obra ainda cativa a imaginação das pessoas não só por suas cenas eletrizantes, seu elenco afiado, seu roteiro inspirado, sua trilha sonora empolgante e suas qualidades técnicas, mas também por abordar um anseio universal: e se fosse possível voltar no tempo e corrigir o curso dos acontecimentos, evitando erros e problemas?

Cartaz do filme

Esse desejo parece permear constantemente o mundo dos projetos. E para o gestor que não tem um DeLorean voador, com capacitor de fluxo, existem recursos que, se bem utilizados, suprimem a necessidade de voltar no tempo e eliminam os riscos de encontrar a si próprio e gerar um distúrbio no espaço-tempo contínuo.

Mas, é difícil enxergar o óbvio. O índice remissivo da Quinta Edição do PMBOK® aponta para mais de cinquenta referências de “ativos de processos organizacionais”, o que significa que o termo aparece, em média, uma vez a cada nove páginas do Guia. E apenas como entrada de processos a incidência é de quase trinta referências ao todo. Mesmo assim, pouca atenção é dada a eles. Parecem servir só para facilitar a vida para quem está estudando para o exame de PMP: “- O que mais é necessário como entrada deste processo? -Ah, coloca ‘ativos de processos organizacionais’, que sempre tem.” Só que é justo ali que está a tão sonhada máquina do tempo.

Ativos de processos organizacionais são divididos em ‘processos e procedimentos’ e em ‘base de conhecimento corporativa’ que, por sua vez, engloba algumas preciosidades como:

– Informações históricas;

– Lições aprendidas;

– Arquivos relevantes de projetos anteriores.

Se os gestores de projetos anteriores, e em andamento, fizeram um bom trabalho de documentar, comunicar, arquivar e tornar disponível este material, aí estão, magicamente congelados no tempo, todos os registros, informações, experiências e conhecimentos adquiridos sobre escopo, custos, cronogramas, riscos, qualidade, desempenho, etc., durante todo o ciclo de vida dos projetos da organização.

Para se ter sucesso em projetos não é necessário mudar o passado ou ir ao futuro roubar um almanaque com o resultado dos acontecimentos vindouros. Às vezes basta estudar bem o que já aconteceu para assimilar o que foi positivo e, principalmente, o que deu errado, evitando a repetição dos mesmos erros. Frente a um Sr. Strickland, que vem apontar que projetos similares historicamente sempre fracassam, é possível evocar Marty McFly: “É, mas a história vai mudar.”

jose_roberto

Sobre o Colunista:  José Roberto Costa Ferreira, PMP, é Engenheiro Eletrônico e de Telecomunicações pela PUC-MG, pós-graduado em Redes de Telecomunicações pela UFMG e em Gerenciamento de Projetos pelo IETEC. Iniciou sua carreira profissional em 1995 no ramo de eletrônica, informática e telecomunicações e desde 2005 atua em áreas e negócios diversificados com Gestão de Produtos e Gerenciamento de Projetos. Atualmente integra a equipe de Gestão de Projetos da ThyssenKrupp Industrial Solutions, divisão de Tecnologia de Recursos/ Mineração. Nas horas vagas é um aficionado por cinema.

E-mail para contato: zrcosta@hotmail.com – Blog pessoal: http://padecin.blogspot.com.br

Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.

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  1. Nilmara Soares disse:

    Achei muito interessante o ponto de vista do autor ao comparar os ativos de processos organizacionais com a máquina do tempo utilizada no filme “De volta para o futuro” por Dr. Emmet e Marty McFly para voltar ao passado. Os ativos de processos são importantes no gerenciamento de projetos para que os erros anteriores não se repitam bem como para documentar o que deu certo, contribuindo assim, para o sucesso dos projetos futuros. Nem sempre é possível voltar atrás e corrigir os erros cometidos, para sempre é possível aprender com eles e criar alternativas para minimizar seus riscos. Apesar de já ter utilizado e criado ativos de processos em meu trabalho, nunca tinha me atentado ao fato de funcionarem como uma máquina do tempo, que permite conhecer como foram gerenciados projetos anteriores. É importante que o gestor esteja atento para que os ativos não só sejam documentados, mas também para que sejam consultados sempre que preciso, para que os ativos não fiquem esquecidos nos arquivos da empresa, onde a função dos mesmos não faz muito sentido.

  2. Ronaldo Rocha disse:

    Concordo, com a proposta da mudança, pois temos que ter o entendimento que a mudança faz parte do cotidiano, e devemos aprender com elas. Elaborando um projeto e seguindo de forma clara, podendo haver mudanças no decorrer do projeto, boas ou ruins.

    Ronaldo Rocha

  3. Carla Patricia disse:

    Boa tarde!
    Concordo com o autor, os dados levantados no projeto são uma importante fonte de conhecimento, a qual pode servir de referência para próximos projetos.
    É como comentamos na aula, sempre agregamos conhecimento advindos de nossas experiências. Mas, também é muito interessante contar com feedbacks oficiais e análise de resultados.

  4. Samuel Oliveira disse:

    Concordo com a ideia proposta. Podemos mudar o curso da história de nossos projetos, com uma boa base de informações, elaborando e cumprindo um planejamento bem estruturado, moldamos um “futuro” melhor!

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