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Gerenciamento de Projetos de Tecnologia a favor da Saúde

Publicado em 08/06/2015

Soluções tecnológicas voltadas para o gerenciamento e armazenamento de dados beneficiam instituições de saúde e pacientes

Introdução

As tecnologias embarcadas em equipamentos médicos ou disponibilizadas de forma isolada contribuem não somente para a melhoria progressiva da produtividade mas, no caso do setor da saúde, um salto em direção ao bem-estar dos pacientes. Como toda organização, os hospitais, clínicas e instituições voltadas à saúde também necessitam de gerenciamento estratégico para a tomada de decisões que influenciarão tanto o seu desempenho, quanto a eficiência no atendimento aos clientes-pacientes.

No entanto, equilibrar os custos e ter uma boa gestão de benefício para os pacientes não é uma tarefa fácil, ainda mais em um cenário econômico instável como o atual, necessita de uma abordagem que aponta para os requisitos assistenciais, sem perder o foco na sustentabilidade financeira. Por conta disso, a adoção de novas tecnologias para facilitar o fluxo da informação dos pacientes é a melhor opção.

Graças aos avanços tecnológicos, é possível notar a evolução da qualidade dos diagnósticos, tornando-os cada vez mais precisos e rápidos. Um exemplo clássico é o caso em que o paciente vai ao hospital e precisa fazer um exame e, pouco tempo depois, o médico consegue compor seu parecer e realizar os registros na própria tela do seu computador, considerando como fonte de pesquisa os laudos anteriores e informações históricas de queixas. Essa situação é cada vez mais comum, alcançada graças ao uso de tecnologias no cenário hospitalar reduzindo tempo, custos e permitindo um diagnóstico cada vez mais confiável, baseado em bases históricas e disponíveis em tempo para gerar o valor perceptível por quem utiliza os serviços.

Mas com tantas informações armazenadas, esses dados precisam se tornar inteligência. Para ser estratégico, é preciso enxergar além dos bits e transformá-los em respostas que guiem os gestores na tomada de decisões estratégicas que beneficiem, primeiro o paciente, logo depois a organização que oferta este tipo de prestação de serviço. É uma missão fácil? Não.

Em uma instituição de saúde, a cada minuto são gerados dados vindos das mais variadas fontes, de um simples formulário preenchido em uma planilha da recepção do paciente até dados emitidos diretamente de aparelhos lotados em um CTI. Em um cenário tão complexo, nos bastidores a preocupação primeira é oferecer a infraestrutura e soluções capazes de armazenar as informações de maneira íntegra, garantindo ainda seu sigilo, rapidez na transmissão e suporte, através de uma equipe especializada e disponível full time, já que neste tipo de negócio a geração de informação é contínua, tornando-se necessário garantir o funcionamento destas soluções durante todas as horas do dia.  Tecnologias para negócios críticos como neste contexto, costumam trazer junto do alto valor agregado, um custo igualmente elevado para sua aquisição e manutenção.

O erro é algo esperado para qualquer humano e em algumas empresas tratado com naturalidade pelas lideranças. Para o setor da saúde, a tecnologia provê informações que possam comprometer não somente uma tomada de decisão estratégica, mas também um diagnóstico que, sendo equivocado, poderá desencadear um tratamento igualmente inadequado. Para a gestão de riscos neste ambiente, é importante neste ponto considerar que:

  • Erros são esperados, porém a sua eliminação por completo do processo prevê um esforço que deverá ser avaliado no planejamento do projeto. Se o esforço de eliminação do risco superar o benefício do projeto, precisamos revisitar o estudo de viabilidade.
  • Tolerância ao erro não é o mesmo que tolerância ao tipo de erro. No geral podemos estabelecer uma margem de tolerância, porém assumir, mesmo que de forma mínima, erros críticos para o negócio podem inviabilizar o projeto. Exemplo de tipos de erros não toleráveis: Um erro que representa um desvio no diagnóstico, demora excessiva na busca por dados vitais, situação que venha a gerar contaminação e etc.

Projetos de tecnologia na saúde

Diante deste cenário, foi desenvolvida uma visão para projetos de tecnologia que possuem interfaces com partes interessadas com abordagem assistenciais e não somente de tecnologia. O ciclo de vida deste modelo foi dividido em 4 fases, conforme mostra imagem abaixo:

            Fases do ciclo de vida de projetos na saúde

  • Viabilidade – Momento em que se estabelece uma justificativa financeira e operacional com visão de benefício em médio e longo prazo;
  • Partes Interessadas – Lideranças são imprescindíveis nesta fase, onde os requisitos podem ser rapidamente identificados e realinhados, considerando a visão de benefício da fase anterior. Talvez seja necessário contar com fornecedores especialistas, principalmente no setor de tecnologia, por possuir um ciclo de obsolescência cada vez mais curto;
  • Riscos e Compliance – Neste momento os requisitos legais e operacionais com respeito as atividades do negócio são tratados. Órgãos que protegem fornecedores, pacientes, sociedade, entidades de classe, moradores do entorno, entre outros, são considerados e atendidos. Devendo possuir uma tratativa específica para cada entidade no mapeamento de riscos do projeto.
  • Transição e Comunicação – Neste momento muitos projetos tendem a “perder” a percepção de valor gerada pelo projeto. O foco é na continuidade da solução proposta, considerando uma comunicação adequada para alcançar todos os principais stakeholders do projeto. O uso de especialistas para esta fase e gerentes funcionais é imprescindível, tanto para garantir a estabilização dos processos após a produção, quanto a sua devida manutenção, sendo esta ação um fator crítico para o sucesso do projeto.

gerenciamento_projetos

Enfim, o uso da tecnologia na área da saúde é um movimento que abrange tanto os profissionais, quanto os pacientes. Por isso é imprescindível que os fornecedores de tecnologia estejam atentos às necessidades das instituições, além das soluções técnicas, e que os profissionais especialistas avaliem o contexto ambiental na forma de benefício para o paciente e tragam sustentabilidade para a instituição que contrata.

Sobre o Colunista:

Gustavo Teixeira é especialista em gerenciamento de projetos, certificado pelo PMI em 2010 como Project Management Professional (PMP), Scrum Master e ITIL. Foi nos últimos 15 anos responsável por projetos dos setores de tecnologia, infraestrutura, saúde, banking e gestão do conhecimento. Atualmente é diretor na PMBASIS consultoria, tendo atuado também em empresas como Ativas Datacenter, Algar Tecnologia, Unimed BH e MV Sistemas. Professor, mestrando em sistemas de informação e gestão do conhecimento com MBA em gerenciamento estratégico de negócios. Leciona em cursos MBA, in-company e nos preparatórios PMP e CAPM do PMI Minas Gerais, onde é coordenador desde 2010. É membro do PMI (Project Management Institute) e do PMI Minas Gerais, onde atua como Executivo Nomeado da Diretoria de Certificação e Desenvolvimento Profissional.

E-mail de contato: gustavo@pmbasis.com.br l Site:  www.pmbasis.com.br

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