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Gestão de Riscos e suas consequências para falha

Publicado em 20/08/2014

Gestão de Riscos e suas consequências para falha no controle de custos

Resumo: Dentre tantos fatores destacados como causas para estouro de orçamento de um projeto, o gerenciamento dos riscos surge como um dos principais motivos para este estouro. O fracasso ou sucesso de um projeto esta ligado diretamente a este gerenciamento. O gerenciamento dos riscos é obtido através da análise de todos os riscos envolvidos no projeto, sua análise qualitativa e quantitativa, planejamento da resposta ao risco e seu controle e monitoramento.

O risco está diretamente ligado a oportunidades, portanto um bom gerenciamento dos riscos pode trazer melhores resultados qualitativos ou quantitativos.

Introdução:

Risco é um evento que poderá causar, caso se torne realidade, um impacto positivo ou negativo sobre o prazo, escopo, custo e qualidade de um projeto. Sendo considerada uma das áreas de conhecimento da gestão de projetos mais críticas, pois está diretamente relacionada ao sucesso ou ao fracasso do projeto. Os riscos fazem parte de todo e qualquer empreendimento. É necessário identifica-los e verificar a probabilidade e impacto de cada um, tratando os mais impactantes no empreendimento e verificar se os de menor impacto serão assumidos. Então Gerenciamento de riscos inclui processos que tratam do planejamento, identificação, análise qualitativa e quantitativa, respostas, monitoramento e controle.

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Figura 1: Processos do Gerenciamento de Risco do Projeto

Segundo o PMBOK, os riscos podem ser classificados em: conhecidos, previsíveis e imprevisíveis.

“Os riscos conhecidos são aqueles que descobrimos após um detalhamento cuidadoso do projeto. Os riscos previsíveis são aqueles em que já conhecemos, percebemos através de projetos anteriores, ou seja, já ocorreu alguma vez e já sabemos que poderá ocorrer de novo, caso não seja planejado de uma maneira melhor. E os riscos imprevisíveis são aqueles não previstos, difíceis de ocorrerem e aparecerem, mas que podem afetar diretamente o objetivo final de um projeto.”

O PMBOK reconhece seis etapas a serem desenvolvidas no gerenciamento de riscos, quais sejam (Conforme Mapa mental 1):

Entradas dos Processos: As entradas mais comuns dos processos de gerenciamento de risco, conforme denominado pelo PMBOK, são: Fatores ambientais da empresa; Ativos de processos organizacionais; Declaração de escopo do projeto; Plano de gerenciamento de projetos.

Por fim, cada saída vai agregar como entrada do processo seguinte ou no mínimo servir para a atualização dos documentos de entrada.

Ferramentas e técnicas: O PMBOK é bem claro ao definir suas ferramentas e mais ainda em detalhar as técnicas utilizadas durante todo o processo de gerenciamento de riscos, tais como: Análise e reuniões de planejamento; Revisões da documentação; Técnicas de coleta de informações, tais como: Brainstorming; Técnicas Delphi; Entrevistas; Identificação de causa-raiz; Análise de SOWT; Análise da lista de verificação; Análise das premissas; Técnicas com diagramas – Diagramas de causa e efeito; Diagramas de sistemas ou fluxograma; Diagramas de influência; Avaliação de probabilidade e impacto; Matriz de probabilidade e impacto; Avaliação de qualidade dos dados sobre os riscos; Categorização dos riscos; Avaliação da urgência; Técnicas de representação e coleta de dados (Distribuição de probabilidades; Opiniões de especialistas).

Saídas: Os produtos destas entradas com aplicação das ferramentas e técnicas citadas resultam principalmente nos principais produtos ou saídas dos processos que compõem o gerenciamento de riscos PMBOK:

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Mapa mental 1: Etapas do gerenciamento de riscos.

Riscos e Custos

Em cada uma das etapas do gerenciamento de custos, o risco está presente direta e indiretamente por meio de incógnitas conhecidas e desconhecidas. Incógnitas estas que são controladas e mitigadas com reservas financeiras para a tomada de decisão e execução de ações que irão mitigar um determinado risco. Estas reservas financeiras devem fazer parte do custo do projeto no momento de estimar os custos, de modo que ao se determinar o orçamento, as reservas de contingência (trata as incógnitas conhecidas) e as reservas gerenciais (tratam as incógnitas desconhecidas) estejam inseridas no valor total do investimento.

A capacidade de se antecipar e se preparar para imprevistos, pode se tornar um diferencial para alcançar um patamar de eficácia em todo o ciclo de vida dos projetos. Com base nisso, é de extrema importância que todos os riscos sejam considerados ao longo de todo o ciclo de vida do projeto, para que sejam mitigados.

Três etapas básicas para o gerenciamento de riscos:

Identificação: definir a ocorrência de um risco e associá-la a uma determinada atitude ou escolha dentro do contexto do projeto. Sendo importante a realização de um estudo de causa e efeito. Em seguida, deve-se determinar em quais requisitos, restrições e características os impactos se darão.

Mensuração: necessário quantificar os efeitos provocados pelos riscos identificados. Ponto essencial para se ter uma perspectiva das possíveis perdas incorridas quando se decidir adotar um certo meio para alcançar determinado fim.

Mitigação: etapa mais importante da gestão de riscos, onde serão definidos os caminhos utilizados para extinguir ou reduzir determinado impacto. Isso quer dizer que cada caso exigirá uma análise das possibilidades, visto que existem vários tipos de efeitos e é impossível dar o mesmo tratamento a todos.

Ao realizar a gestão de riscos deve-se ter cuidado para não inviabilizar o projeto, uma vez que se tratarmos todos os riscos e prever todos os valores necessários para se ter um projeto com risco próximo a zero, o projeto terá um alto custo. Assim quando do gerenciamento dos riscos, assumimos partes dos riscos de modo a viabilizar o projeto. Estes riscos assumidos devem ser identificados, analisados e as respostas aos riscos devem prever ações para mitigar caso os mesmos ocorram.

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Gráfico 1: Risco X Oportunidade

Vale ressaltar de que o risco sempre esta associado a oportunidade, e conforme gráfico 1, quanto maior o risco, maior a oportunidade. Sendo assim, uma decisão que pode levar a qualquer tipo de influência negativa, torna-se uma opção devido aos benefícios que pode trazer em contra partida.

Correr riscos é então necessário pela possibilidade de incremento qualitativo e/ou quantitativo dos objetivos do projeto. Geri-los, nada mais é do que buscar um equilíbrio entre os limites de segurança assumidos e a possibilidade de resultados superiores aos esperados.

Conclusão:

Há a necessidade de se fazer o controle dos riscos da melhor forma possível e com a utilização das melhores técnicas. O risco influencia diretamente no futuro de um projeto e por isso é necessário fazer a identificação e o gerenciamento.

A gestão de risco é a ferramenta que permite ter ações sobre circunstâncias as quais levariam o projeto a comprometer seus objetivos. O comprometimento da liderança do projeto com a gestão dos riscos. A melhor e mais eficiente maneira de gerenciar os possíveis riscos do projeto é através da experiência adquirida com projetos anteriores.

A gestão dos riscos deve buscar a crítica constante, considerar todas as perspectivas possíveis, valer-se das lições aprendidas.

Referências:

Artigos_pmkb

Sobre os Autores:

Autora: Alessandra Drumond Gervásio; Publicitária graduada pela FUMEC. Atualmente trabalha na área de Gestão de Contratos e Medição de Projetos. E-mail de contato: aledrumond@gmail.com

Autor: Fabrício Pouzas Ferreira; Engenheiro Civil graduado pela Universidade UNA. Trabalha atualmente na M.Roscoe Construções e Engenharia no setor de Medição e gestão de custos e contratos. E-mail de contato: fabricio.pouzas@hotmail.com

Autora: Jaqueline Adriana Moreira; Engenheira de Produção de Produção Civil graduada pela FUMEC. Técnica de Edificações formada pelo CEFET/MG. Atualmente trabalha na área de locação de equipamentos de escoramento metálico e formas pela SH Fôrmas, como supervisora de projetos. E-mail de contato: jaqueline.adriana@sh.com.br

Contexto: o presente trabalho é resultado de pesquisa realizada com alunos da 5ª turma de Pós em Engenharia de Custos e Orçamento do IETEC.

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