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Harry Potter e os Feitiços da Gestão de Projetos

Publicado em 07/11/2016

Seja para fazer um grande e lucrativo projeto aparecer (principalmente em época de crise), seja para fazer um stakeholder chato desaparecer (em qualquer época, mesmo), todo gestor já sonhou algum dia em ter poderes para resolver algum problema como em um passe de mágica.

A série cinematográfica do bruxinho Harry Potter apresenta uma variedade de magias e feitiços que, se existissem no mundo real, encantariam gerentes de projeto.

Gestão de Projetos

Poster do filme

ACCIO

Efeito mágico: Encontrar ou trazer um objeto.

Utilidade para o GP: Encontrar ou trazer informações relevantes ou soluções para determinados problemas do projeto.

Já que não é um bruxo, o GP pode: Recorrer a opiniões especializadas, aos ativos de processos organizacionais e, com cautela e discernimento, ao grande e sábio mago dos nossos tempos, o Google.

ALOHOMORA

Efeito mágico: Destrancar portas ou objetos.

Utilidade para o GP: Abrir portas junto a seus clientes e stakeholders em geral.

Já que não é um bruxo, o GP pode: Cultivar bons relacionamentos, desenvolver suas soft skills, manter e ampliar seu networking.

APARECIUM

Efeito mágico: Revelar segredos escritos (usualmente em tinta invisível)

Utilidade para o GP: Revelar as minúcias e entrelinhas de um contrato (usualmente impressas em letras minúsculas)

Já que não é um bruxo, o GP pode: Antes da assinatura, realizar leituras cuidadosas do contrato e promover um estudo do mesmo integrado com outras partes envolvidas nas questões contratuais e técnicas.

ENGORGIO

Efeito mágico: Aumentar um objeto.

Utilidade para o GP: Aumentar os recursos do projeto.

Já que não é um bruxo, o GP pode: Manter um plano de gestão de projeto factível, envolver e sensibilizar os gestores funcionais e aplicar técnicas de otimização dos recursos envolvidos no projeto.

FINITE INCANTATEM

Efeito mágico: Desfazer um outro feitiço.

Utilidade para o GP:  Livrar um projeto de uma má fase (certamente “encomendada” por algum concorrente).

Já que não é um bruxo, o GP pode: Reavaliar os riscos, discutir mudanças formais e propor novas linhas de base sob a luz dos cenários correntes. Ou se apegar a pé de coelho, ramo de arruda ou santo predileto.

IMMOBULUS

Efeito mágico: Imobilizar o alvo.

Utilidade para o GP: Congelar o status do projeto.

Já que não é um bruxo, o GP pode: Criar uma linha de base, mesmo que não seja a inicial ou a oficial, e manter o projeto nas rédeas para que não haja desvios. Esta é a dificuldade, claro. Mas aí é só usar o NONDESVIUS.

LEGILIMENS

Efeito mágico: Extrai a verdade e pensamentos de uma pessoa.

Utilidade para o GP: Entender o que realmente pensa o cliente.

Já que não é um bruxo, o GP pode: Dedicar-se na fase de coleta de requisitos e investir na validação/ verificação regular do escopo.

LUMUS SOLEM

Efeito mágico: Produzir luz.

Utilidade para o GP: Produzir uma luz (“no fim do túnel”?) para o projeto conturbado.

Já que não é um bruxo, o GP pode: Recorrer ao apoio com o Sponsor do Projeto, buscar ajuda com Gerentes de Projetos com vasta experiência ou… se apegar a pé de coelho, ramo de arruda ou santo predileto.

REDUCTO

Efeito mágico: Diminuir um objeto.

Utilidade para o GP: Reduzir os prazos da execução de tarefas/ atividades do projeto.

Já que não é um bruxo, o GP pode: Realizar um bom desenvolvimento de cronograma, com atenção especial às técnicas de otimização de recursos (nivelamento e estabilização) e de compressão de cronograma, como paralelismo de atividades.

REPAIRO

Efeito mágico: Consertar um erro específico.

Utilidade para o GP: Corrigir desvios do projeto.

Já que não é um bruxo, o GP pode: Realizar um planejamento detalhado e apurado, gerenciar a equipe do projeto com foco na aderência a este planejamento, elaborar um plano de riscos completo e gerenciá-los para pronta resposta no caso de ocorrência de um risco.

VINGARDIUM LEVIOSA

Efeito mágico: Fazer um objeto levitar/ voar.

Utilidade para o GP: Fazer os lucros/ ganhos do projeto levitarem/ voarem.

Já que não é um bruxo, o GP pode: Fazer algo muito simples e tranquilo – administrar sabiamente a gestão financeira do projeto, sem perder de vista a restrição tripla do triângulo custo/ qualidade/ tempo, com o escopo no centro.

Trailer do filme

Com dragões, lobisomens, acromântulas, trasgos e todo tipo de animal fantástico habitando o mundo da feitiçaria, ser bruxo não deve nada ser fácil. Mas, ser gestor de projetos também não é. Existem guias, conselheiros e fontes diversas para ajudar o GP na sua jornada sem magia, mas, frente aos problemas fantásticos que habitam o mundo dos projetos, é bastante recorrente a vontade de ter a solução com o balançar de uma varinha. Ou ao menos uma capa de invisibilidade.

jose_roberto

Sobre o Colunista:

José Roberto Costa Ferreira, PMP, é Engenheiro Eletrônico e de Telecomunicações pela PUC-MG, pós-graduado em Redes de Telecomunicações pela UFMG e em Gerenciamento de Projetos pelo IETEC. Iniciou sua carreira profissional em 1995 no ramo de eletrônica, informática e telecomunicações e desde 2005 atua em áreas e negócios diversificados com Gestão de Produtos e Gerenciamento de Projetos. Atualmente integra a equipe de Gestão de Projetos da ThyssenKrupp Industrial Solutions, divisão de Tecnologia de Recursos/ Mineração. Nas horas vagas é um aficionado por cinema. E-mail para contato: zrcosta@hotmail.com – Blog pessoal: http://padecin.blogspot.com.br

Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.

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  1. Paulo Santos disse:

    O artigo faz interessantes analogias entre os feitiços e o gerenciamento de projetos. É de fundamental importância saber lidar com os desafios inerentes e com os obstáculos que possam vir a surgir durante a execução de qualquer projeto.
    Imagine se como no filme um gestor de projetos possuísse as habilidades do Harry Potter. Pensemos no prazo, poderíamos usar o “Engorgio” e como num passe de mágica o prazo que estava curto, aumentou. Ou então utilizar o “Legilimens” para entendermos as reais necessidades do cliente. Para um gestor seria uma maravilha, mas infelizmente na nossa realidade não contamos com encantamentos que facilitem o nosso trabalho.
    O gerente precisa ser uma pessoa perspicaz, pois durante a vida de um projeto sempre haverá problemas diversos. Seja por falta de recursos, seja pelo prazo ou mesmo por alterações solicitadas pelo cliente que tem o poder de alterar todo um planejamento.
    Portanto é preciso saber lidar com as limitações de recursos, os prazos apertados e por vezes com a cobrança dos clientes, sejam eles internos ou externos. O gestor precisa liderar inspirando e motivando sua equipe, e vez por outra realizar alguma magia.

  2. gilmaracorradi@yahoo.com.br disse:

    O artigo faz uma comparação perfeita que os poderes dos bruxinhos do filme Harry Potter possuem, e se os mesmo fossem aplicados corretamente na vida real, facilitaria muito o trabalho dos gerentes de projetos.
    O autor traça desde o momento da coleta de informações dos processos organizacionais, passando pelo envolvimento de seus clientes, cultivando um bom relacionamento e buscando ampliar a sua rede de networking, ele visa ter sempre um cuidado especial antes que as parcerias de contratos forem fechadas. Procura envolver todas as partes da organização, aplicando técnicas de otimização de recursos envolvidos no projeto, reavaliando os risco se analisando possíveis mudanças se necessário.
    Aplicando corretamente essas ferramenta com o processo em andamento, será possível ter um controle do cronograma, otimizando os recursos finalizando no tempo previsto e se possível diminuir os prazos de execução de tarefas, realizando um planejamento detalhado e apurado e conseguindo entregar o projeto com sucesso, obtendo lucro e qualidade.
    Gilmara e Bruna

  3. Weslei Costa disse:

    NÃO HÁ COMO DISCORDAR DO AUTOR: UMA VARINHA MÁGICA AJUDARIA MUITO A TODOS OS GERENTES DE PROJETOS!
    ENTRETANTO, QUANDO OBSERVAMOS DO PONTO DE VISTA DE GESTÃO DE PROJETOS, BEM COMO BUSCANDO CONFORMIDADE COM AS MELHORES PRÁTICAS SUGERIDAS PELO PMBOK, SE APLICARMOS CORRETAMENTE AS PRÁTICAS DE GERENCIAMENTO DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO (FEITIÇOS), A PROBABILIDADE DE O PROJETO ATINGIR O OBJETIVO SEM IMPACTAR NOS CUSTOS, PRAZOS E NA QUALIDADE (TRIANGULO MÁGICO) É BEM FACTÍVEL.
    A FORMA COMO O AUTOR ILUSTROU A RELAÇÃO ENTRE OS FEITIÇOS DA REFERIDA HISTÓRIA COM AS ÁREAS DE CONHECIMENTO DO PMBOK PODE SER DEMONSTRADA NA SEGUINTE ANALOGIA:

    ACCIO -> GESTÃO DE INTEGRAÇÃO;
    ALOHOMORA -> GESTÃO DE STAKEHOLDERS/PARTES INTERESSADAS;
    APARECIUM -> GESTÃO DO ESCOPO;
    ENGORGIO -> GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS;
    FINITE INCANTATEM -> GESTÃO DE RISCOS ;
    IMMOBULUS/REDUCTO -> GESTÃO DO TEMPO;
    LEGILIMENS -> GESTÃO DA COMUNICAÇÃO;
    LUMUS SOLEM -> GESTÃO DE AQUISIÇÃO;
    REPAIRO -> GESTÃO DA QUALIDADE;
    VINGARDIUM LEVIOSA -> GESTÃO DE CUSTOS;

    ASSIM SENDO, PODEMOS OBSERVAR QUE A MÁGICA POR TRÁS DA GESTÃO DE PROJETOS ESTÁ INTIMAMENTE LIGADA À APLICAÇÃO SISTEMÁTICA DOS CONHECIMENTOS E TÉCNICAS DE GESTÃO DE PROJETOS, ALIADA A UM PROFISSIONAL EXPERIENTE, QUE USE “A VARINHA” COM SABEDORIA.

  4. Michelle Sulene Amorim disse:

    Concordo.
    Poderes mágicos ajudaria e muito o GP, entretanto, cabe algumas considerações: Pé de coelho, ramo de arruda e santo predileto não são o bastante em alguns casos.
    Além de todas as dicas exibidas no artigo, o GP pode contar com pesquisas, estudos de campo, entrevistas e dinâmicas que permitam uma análise profunda do perfil e expectativas do cliente.
    O GP deve procurar ajudas especificas em cada momento, como exemplo, a de um advogado para avaliação de contrato.
    Uma boa prática, é realizar um Brainstorming junto aos responsáveis do projeto a fim de encontrar soluções não vistas antes. As vezes pessoas envolvidas tem boas ideias, mas, dificilmente aparecem oportunidades de deixá-los expor.
    Os recursos precisam ser bem definidos desde início do projeto, monitorado e controlado de forma a serem aplicados no tempo e duração corretos. Durante elaboração do cronograma, deve-se verificar atividades que poderão correr em paralelo ou aquelas que podem ser iniciadas antes do fim de outra atividade.
    O GP deve acompanhar e divulgar o real status de cada fase, tendo maturidade e sabedoria para avaliar e se necessário, deixar o projeto on hold até melhor momento para retomada.

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