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O desafio da integração na Engenharia

Publicado em 09/06/2014

Quem já atuou em empresas de Engenharia sabe das dificuldades para se conseguir um sistema de trabalho consistente, que atenda às demandas e obrigações de cada setor. A falta de integração dificulta a fluidez na execução de atividades simples e torna a tomada de decisões um processo moroso.

Apesar de essa situação ser nítida para a maioria das pessoas, ano após ano os mesmos problemas surgem e raramente uma atitude efetiva é tomada para que mudanças de fato ocorram. Será que existe uma solução para essa questão, ou estamos destinados a conviver eternamente com “picuinhas” setoriais, atrasos nas entregas de resultados e sistemas de eficiência questionável?

O que seria integração?

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Uma empresa, basicamente, é um conjunto de setores com funções distintas que buscam atender um objetivo em comum. Parece simples pensar nesse conceito quando se considera cada componente atuando individualmente, porém a maior parte dos problemas começa quando interdependências são estabelecidas.

É impossível analisar cada atividade ou processo dentro de uma cadeia produtiva sem considerar a influência nas demais. A integração diz respeito à articulação das expectativas e necessidades de cada setor e à análise profunda do impacto de cada atitude e decisão individual sobre o todo.

Questões comuns por falta de integração

Do ponto de vista prático existem diversas questões que afetam o desempenho das organizações de Engenharia. Segue a listagem das mais comuns:

Realização de orçamentos com preços fora da realidade de mercado, o que acaba por afetar o trabalho de profissionais de suprimentos que não conseguem atender ao esperado.

Equipe de projetos que não realiza devidamente a compatibilização, fazendo com que a equipe de execução apresente dúvidas e dificuldades durante etapas críticas.

Geração de cronogramas excessivamente apertados na fase deplanejamento, o que estabelece metas irreais para a equipe de execução e dificulta a provisão de suprimentos no período adequado.

Promessas de prazos muito curtos durante as tratativas comerciais, o que dificulta o atendimento da demanda por parte de todos os outros setores.

 Atrasos na provisão de suprimentos, dificultando as atividades da equipe de execução.

Geração de histogramas de recursos que dividam materiais de forma inconsistente, dificultando o trabalho da equipe de suprimentos e proporcionando o aumento de preços.

Essas são apenas algumas questões clássicas e se você é da área de Engenharia, com certeza que já se deparou com alguma ou algumas delas.

Existe solução?

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Uma das questões mais defendidas sobre esse assunto é a criação de uma cultura colaborativa na organização, mas isso não é tarefa fácil. Não se pode mudar a mentalidade das pessoas da noite para o dia, a menos que de alguma forma elas se sintam impelidas a fazer algo de forma correta até que aquilo se torne um hábito.

Sendo assim, talvez seja hora de parar de confiar na boa vontade profissional e centralizar o controle das interfaces setoriais. Não tem como lidar com isso sem que as tensões sejam administradas adequadamente, o que exigiria o trabalho de um indivíduo ou até de um setor dedicado exclusivamente.

Outro ponto essencial é que as interdependências sejam mapeadas e explanadas na forma de algum recurso gráfico e divulgadas para todos. Não se pode esperar conscientização das pessoas enquanto elas só conhecerem as questões locais associadas ao seu trabalho. Elas precisam ver isso de uma perspectiva global e precisam entender como funciona a cadeia produtiva. Além de ajuda-las a pensar nos demais componentes da empresa antes de tomar decisões, ainda mostrará que elas são parte essencial do processo.

 

Exigindo uma nova postura

Por mais que as metodologias apresentadas pareçam simples, elas são pensadas para que a mudança aconteça de forma efetiva. Não adianta ficar inerte diante das situações problema e torcer para que os outros mudem sua postura. Isso deve ser analisado, padronizado e exigido, pois até que determinada cultura esteja claramente efetivada não se pode deixar processos aquém dos sentimentos e particularidades de cada um.

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Sobre o Colunista: Bruno Augusto, estudante do Curso de Engenharia de Produção Civil no CEFET MG. Trabalha há 3 anos como Assistente de Engenharia em Planejamento e Controle de obras de galpões industriais, na empresa SGO construções. Na área de construção, também já atuou com controle tecnológico de concreto e execução de obras prediais. Técnico em Química formado pelo CEFET MG, trabalhou por 1 ano e meio como Inspetor de qualidade em uma indústria da Coca Cola Company. Criador e idealizador do blog A Engenharia em Foco:  http://aengenhariaemfoco.blogspot.com.br.

E-mail de contato: brunosilva.civil@gmail.com

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