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Planejamento ruim causa Engenharia ruim

Publicado em 30/04/2014

Resumo

No contexto atual, as empresas cada vez mais, vem se adequando as necessidades impostas pelo mercado. Diante da concorrência, a empresa que deseja se firmar e se manter nesta busca incessante pela excelência, devem não só atender as necessidades básicas fixadas pelos seu clientes, mas também à outros aspectos importantíssimos como os prazos, custos e qualidade em que este serviço deve ser entregue à sua organização.

Para que estes parâmetros e requisições possam ser cumpridos com êxito em um projeto, é necessário mais à frente, uma boa gestão, uma maior fiscalização dentro dos processos e um planejamento eficaz, onde falhas devem ser corrigidas a tempo, objetivando-se assim a qualidade e o menor custo possível, ou seja, fazendo com que ao seu final ele possa ser considerado um projeto de grande sucesso.

O presente trabalho tem como objetivo, mostrar as necessidades e os ganhos de um bom planejamento nas etapas iniciais de um projeto.

Introdução

Culturalmente, o planejamento de um projeto no Brasil não é uma das principais etapas do processo. Tão pouco visto como cunho de ações para deixar de perder dinheiro nas etapas seguintes. Pelo contrário, as maiorias dos gestores pensam que planejar e perder tempo e dinheiro e preferem partir para as etapas seguintes onde estão os recebíveis.

Este pensamento é um dos principais responsáveis pela curta duração das empresas de pequeno porte no mercado competitivo atual.

 Essa é uma boa explicação para a perda de competitividade das empresas brasileiras. A falta de planejamento gera custos elevados, obras inacabadas, multas, descredenciamento em licitações futuras, dentre vários outros fatores negativos que fazem com que os recebíveis das etapas seguintes sejam menor do que o previsto, pois na maioria das vezes é despejados em forma de retrabalhos, gastos com excesso de prazo, despesas não previstas, etc.

O planejamento de um projeto é o responsável pela quantificação do tempo e do orçamento que o mesmo custará, capaz de reduzir assim, as incertezas relativas aos riscos e custos. Porém, deve-se levar em conta que o planejamento não é uma tarefa ou um evento, mas sim um estado de espirito. Ele deve ser o mais simples possível, claro, prático, flexível e útil. Sua existência independe do tamanho do projeto ou da empresa desde que o mesmo se enquadre a realidade financeira da companhia.

Desenvolvimento

Como dito anteriormente, o planejamento é uma etapa dentro de um processo que tem como resultado a concepção de um projeto bem sucedido, mas para conseguir este feito ou este evento, necessita-se também ser uma etapa seguida com muita disciplina, ou seja, não se pode “queimar etapas” para se conseguir o êxito desejado. Porém com toda esta correria do dia-a-dia, fica quase impossível todos os gestores seguirem a risca passo-a-passo deste procedimento, afinal os prazos e custos são cada vez mais escassos, levando muitos profissionais a refletirem e discorrerem de que este processo não passa de mais uma perca de tempo ou uma morosidade, levando-os a pular este início e irem direto para e execução. Tal fato é uma das falhas mais cometidas por muitas empresas hoje as levando ao fracasso total de um projeto ou até mesmo a falência da mesma.

Planejar, nada mais é que do que ser eficaz, ser capaz de fazer o certo na hora certa com qualidade e menor custo possível. Isso mesmo, melhor qualidade, afinal é o que se espera de um projeto bem sucedido. Com um planejamento eficaz e supervisionado durante toda o sua criação o produto final só pode ser um projeto de sucesso, ou seja, que atendeu as necessidades iniciais do cliente descritos no escopo, como os prazos, custos e qualidade desejada. Planejar, também é ser capaz de comportar além dos aspectos acima descritos, a capacidade de comunicação entre as partes interessadas fazendo se assim a dinâmica na troca de informações e conhecimentos; definir a hierarquia, tomar decisões e com isso tomar a deliberações necessárias para o “startar” do processo.

Nos dias atuais tornou-se comum a afirmação de que o planejamento é a chave para o sucesso de qualquer projeto, seja ele qual for, e de que esta também é a fase mais importante dentro desta criação que tem como produto final o projeto em si. De certo modo esta é uma afirmação verdadeira, porém é errôneo pensar que o planejamento uma vez definido e iniciado não precisa de um acompanhamento mais de perto, com uma maior supervisão do gestor e/ou patrocinador de projetos. Afinal uma das características que possibilita o sucesso de um projeto nesta fase, é a facilidade em mudar, caso seja necessário, qualquer situação que possa no futuro trazer o não-sucesso do mesmo. Portanto, é neste momento que podem ser reparados erros e situações sem maiores prejuízos.

A partir da aplicação do planejamento e a supervisão do mesmo, pode ser percebido os ganhos reais quase que instantâneos com o tempo e dinheiro. Afinal e nesta fase que se tem a oportunidade de corrigir em tempo real, se necessário, as falhas que por ventura possam surgir e, dependendo do momento em que a mesma for verificada, sua correção poderá se tornar impraticável sem que haja maiores prejuízos.

O planejamento e visto por muitos como um gargalo no processo de projetos, porém conforme dito por Goldratt, “o gargalo é a operação com menor capacidade produtiva dentro de um processo”, ou seja, se não é planejado no início do processo todas as necessidades exigidas pelo mesmo, é certo de que o “gargalo” sem imprecisões passará a existir em sua execução ou até mesmo em sua conclusão. Afinal podem ocorrer vários problemas que devido o tempo e o recursos escasso no momento não será possível ser solucionado, entrando assim em um ciclo vicioso. Esta falta de planejamento ou “planejamento imediato” usado hoje por profissionais conhecido como improviso, é comprovadamente o responsável pelo insucesso em qualquer tipo de projeto, seja ele profissional ou até mesmo pessoal.

Enfim, pode-se dizer que o planejamento deve existir em todo e qualquer projeto, independente do tamanho da empresa, porém, deve-se enquadrar na realidade financeira de cada uma.

 qualidade

Figura 1 – Componentes de um projeto

Conclusão

Com base em alguns artigos pesquisados, foi possível notar as vantagens e os prováveis sucessos de se ter um projeto bem planejado e supervisionado desde o início do processo.

Embora, fique claro após todas as afirmações pesquisadas, que hoje em dia, a maioria dos projetos em andamento ou iniciando, principalmente os projetos públicos ou em pequenas empresas, pula-se as fases iniciais na tentativa de diminuir o prazo e os custos referentes a esta fase, levando ao fracasso total de um projeto ou até mesmo a falência das empresas.

Enfim, um bom planejamento supervisionado e eficaz durante toda a criação  culminará  em um projeto de sucesso, atendendo as necessidades iniciais do cliente descritos no escopo, como os prazos, custos e qualidade desejada. Pois planejar escopo, tempo, fazer orçamentos, verificar recursos, levantar os riscos e aplicar todo esse estudo com base nos efeitos futuros em temos de serviço e produtos e os efeitos positivos que trazem o sucesso para uma organização. Claro que não é necessário aplicar todos os processos de planejamento, porém verificar os reais problemas, buscar soluções reais e não apenas soluções pontuais, verificar se o custo que agora em um planejamento mais amplo parece ser muito alto acaba sendo um custo menor do que o custo de retrabalhos e replanejamento de projetos depois que o projeto já está em execução.

Sendo assim, um bom planejamento beneficia a organização, beneficia os custos, traz resultados futuros positivos e mostra resultados satisfatórios e não apenas pontuais.

Referências

Artigos_pmkb

Sobre os Autores:

Autor: André Cota Moreira Pinto; Graduado em Engenharia de Produção pela UNIPAC Conselheiro Lafaiete, 38 Anos. Trabalha desde 2013 na empresa Milplan Engenharia Ltda. como Engenheiro de Planejamento. Em 2011 na Elias Claudino Ramos e Cia Ltda, como Gerente administrativo Financeiro. Em 2008 na Cimes Centro Integrado de Medicina e Segurança do Trabalhador Ltda, como Gerente Administrativo Financeiro. Em 2005 na Fundação Gorceix, Como Técnico em Contabilidade. E-mail de contato: andrecotamp@gmail.com.

Autor: Pedro Martins Braga; Graduado em Engenharia elétrica pela PUC-MG. Trabalhou de 2011 a 2013 nas reformas de infra-estrutura elétrica dos aeroportos da Pampulha/BH e Confins pela Tekcem Construções elétricas. Responsável pelo PCP e pela produção interna do Grupo Tekcem Teknotrafo desde 2013. E-mail de contato: pedrom_braga@hotmail.com

Autora: Wmaira Eloi Calixto; Graduada em Engenharia de Produção pela Faculdade de Engenharia de Minas Gerais – FEAMIG, 28 Anos. Trabalhou em 2013 na empresa Avec Vous LTDA, como Gerente de Produção. Em 2011 na Lafaete Locações LTDA, como Assistente de PCP. Em 2009 na construtora EBATE LTDA, como controladora de Manutenção. Em 2008 no Instituto de Avaliações e Pericias de Minas Gerais – IBAPE-MG, como estagiária em Engenharia. E-mail de contato: wmaira@hotmail.com

Contexto: o presente trabalho é resultado de pesquisa realizada com alunos da 8a Turma de Engenharia de Planejamento do IETEC.

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