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Resultados positivos utilizando o Gerenciamento de Riscos como ferramenta de gestão

Publicado em 11/05/2015

Para muitas organizações o gerenciamento de riscos é visto como uma atividade complementar,muito conceitual e teórica e longe da realidade dos seus negócios. Porém, um bom gerenciamento de riscos pode se tornar uma poderosa ferramenta de gestão, ajudando a avançar com mais rapidez e segurança em direção a um futuro com mais oportunidades, auxiliando na obtenção e ampliação dos objetivos e reduzindo as perdas em longo prazo.

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Introdução

O gerenciamento de riscos como ferramenta de gestão além de proteger o valor atual dos negócios, também potencializa o valor futuro, auxiliando na qualidade da tomada de decisões, permitindo mais agilidade, custos reduzidos e melhor desempenho. Ela funciona como um radar que avisa com antecedência sobre os obstáculos ao longo do percurso, nos permitindo contorna-los a tempo.

No entanto, muitas organizações não reservam orçamento para o gerenciamento de riscos e outras não percebem os benefícios de seus investimentos na gestão de riscos, pois estes costumam ser executados de forma desconectada dos processos organizacionais.

A maioria das organizações direciona seus esforços para os processos da cadeia de valor, como se estes bastassem para garantir o sucesso do negócio e estivessem restritos a um modelo de negócio estático no tempo. Desta forma não consideram e acompanham as transformações nos cenários da Rede de Valor, no qual se baseiam para criar o planejamento de seus empreendimentos, nem atentam para o surgimento de outros cenários que podem ameaçar o valor produzido por seus processos.

Os planejamentos são elaborados com base em premissas da Rede de Valores na ocasião em que estes são desenvolvidos. Após aprovação do planejamento, este é gravado como linha de base para fins de verificação e medição do desempenho da sua execução. Entretanto, para a maioria dos planejamentos, a Rede de Valores, que forneceu as suas premissas, sofre mudanças ao longo do tempo, sem que os possíveis cenários futuros sejam considerados na ocasião do planejamento e tão pouco acompanhados durante a execução do projeto.

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As atividades de negócios estão cercadas de incertezas, ameaças e oportunidades que, se negligenciadas, podem distanciar os esforços da organização de seus objetivos originais. Sem a aplicação do gerenciamento de riscos como ferramenta de gestão, os desvios do rumo da organização, em relação aos seus objetivos, passa desapercebido pela tripulação comprometida em seguir o planejamento pré-estabelecido.

Causa e Efeito

Grande parte dos riscos que acometem as organizações é derivada de falhas nos seus processos de gestão. Se considerarmos um projeto de construção como exemplo, podemos identificar os seguintes riscos que, se não forem tratados, poderão vir a se tornar problemas no futuro:

■ Entregas rejeitadas pelo cliente;
■ Materiais ou equipamentos entregues após a data da necessidade;
■ Interrupções no negócio;
■ Roubo de informações sigilosas;
■ Hostilidade das comunidades vizinhas;
■ Vazamento de produtos tóxicos em mananciais;
■ Interdição das atividades por determinação da justiça;
■ Especialista chave contratado pela concorrência;

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Podemos observar que a maioria destes riscos pode ser evitada se os processos organizacionais incluíssem a gestão de risco como ferramenta de gestão. A aplicação da gestão de riscos pode identificar as causas e executar ações efetivas para a eliminação ou redução da probabilidade de ocorrência dos eventos de risco e a das consequências de suas ocorrências. Numa análise superficial dos eventos de riscos listados acima, poderíamos identificar as seguintes causas:

■ As estacas não seriam rejeitadas se os procedimentos de qualidade e técnicas corretas tivessem sido adotados ao longo da execução das atividades;
■ As entregas não teriam sido atrasadas caso houvesse um processo de planejamento eficaz;
■ Os negócios não teriam sido interrompidos caso os principais indicadores estivessem sendo monitorados;
■ As informações sigilosas não teriam sido roubadas se a politica e o sistema de segurança da informação estivessem atualizados;
■ As comunidades vizinhas apoiariam o empreendimento se o processo de comunicação social contemplasse o monitoramento das necessidades das comunidades;
■ Não haveria vazamento de produtos tóxicos se o processos de segurança e monitoramento dos direcionadores de risco ambiental funcionassem;
■ As atividades não teriam sido interditadas se o processo de decisão contemplasse uma assessoria jurídica especializada;
■ O especialista não teria ido para a concorrência caso os processos de RH incluíssem uma política para recursos críticos;

Como podemos observar, grande parte das causas citadas acima são devidas a falhas nos processos organizacionais e nas suas aplicações.

O gerenciamento de riscos como ferramenta de gestão nos fornece uma antevisão dos problemas que ainda não ocorreram, além de mostrar as possíveis causas e nos preparar com mais segurança para criar as soluções que poderão evitá-los no futuro.

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Riscos Recorrentes

A análise de riscos, seja ela corporativa ou mesmo de projetos, nos permite identificar as falhas nos processos de gestão que se manifestam pela ausência de processos específicos para tratar a ocorrência dos riscos, quando estes vierem a ocorrem.

Algumas ferramentas de gerenciamento de riscos, tais como a análise SWOT, árvore de decisões, análise de causa e efeito (Ishikawa), entre outras, nos permite identificar e tratar as causas recorrentes de riscos.

Pela análise de riscos podemos perceber que muitos riscos são recorrentes devido a causas comuns, tais como:

■ Demora na entrega de mercadorias por falha nos processos de suprimento e de planejamento;
■ Insatisfação do cliente com a qualidade do produto por falha nos processos de produção;
■ Perda de mercado para a concorrência por falha nos processos de marketing;
■ Problemas com subcontratadas devido a processos de contratação;

Boa parte dos eventos de risco são causados por falhas nos processos organizacionais que não são identificados. Estas falhas, na ocorrência de condições não previstas, provocam efeitos que se traduzem em problemas que são o resultado indesejável de um evento de risco.

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O gerenciamento de riscos como ferramenta de gestão permite a identificação prévia dos riscos, permitindo a investigação e o tratamento de suas causas través de melhorias antecipadas nos processos. Desta forma, não é necessário esperar que os problemas aconteçam para que sejam resolvidos.

Transformando Risco em Oportunidade

Outra contrapartida da aplicação do gerenciamento de riscos como ferramenta de gestão é podemos transformas as ameaças em oportunidades. Por exemplo, a ameaça de uma nova tecnologia a ser lançada pela concorrência pode nos criar a oportunidade de desenvolver uma tecnologia mais avançada, ou descobrirmos outros segmentos não atendidos pelas tecnologias existentes.

Uma falha nos processos de gestão pode nos forçar a sair da “zona de conforto” e buscar inovações que nos tragam um diferencial que agregue novo valor para os nossos clientes.

Algumas organizações possuem grande apetite por riscos, pois, em geral, são nas “aventuras” mais arriscadas que existem os mais valiosos tesouros.

A identificação do risco de alterações no cenário tecnológico pode nos abrir a oportunidade para melhorar nossos serviços ou criar novos produtos.

A visão antecipada de que um determinado segmento de mercado pode desaparecer em razão de mudanças na legislação, fornece uma oportunidade para encerrar uma atividade e criar novos produtos ou serviços que atendam às necessidades do novo cenário.

Os riscos causados por chuvas pode nos conduzir a identificar novos produtos e tecnologias que nos permitam melhorias nos métodos construtivos em projetos de contratos EPC.

Conclusão

A gestão de riscos como ferramenta de gestão reduz as perdas futuras, mantém a organização alinhada e sincronizada com a dinâmica do mundo dos negócios, mantendo os processos de gestão antecipadamente atualizados.

A gestão de riscos como ferramenta de gestão não apenas fornece melhor proteção para a empresa e seus empreendimentos, como ainda melhora o desempenho dos negócios, a tomada de decisões e, por fim, a vantagem competitiva.

Finalmente, lembrando o refrão da música “As rosas não falam”, que sintetiza a essência do gerenciamento de riscos:

“Hei, vamos embora que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”

Geraldo Vandré

alexandre_lyra

Sobre o Colunista: Carlos Alexandre Rech Lyra, PMP é Engenheiro eletrônico e analista de sistemas e passagem em empresas como Promon Engenharia, Siemens, Equitel, HP, Banco Nacional e outras. Com mais de 30 anos de experiência em consultoria e gerenciamento de projetos em empresas de grande e pequeno porte. Como consultou, atuou em empresas como Proderj, TJERJ, CET-RIO, URBS – Urbanização de Curitiba S.A. , TAUÁ Biomática, BRQ/IBM, Aurizônia/BroadWave, JF Produções, RDC—Republic Democratic of Congo, JAB Engª., Confed. Brasileira Associações Comerciais (CBAC), EMBRATEL. Professor de redes de computadores e gerencia de projetos em cursos de pós graduação, especialização e MBA em instituições de ensino como UVA, Estácio de Sá, IDEC. Coordenador da área de convênios do PMI-Rio e de equipes de voluntários na preparação de treinamentos para a formação de profissionais em gerência de projetos

E-mail de contato: alyra@prasys.com.br

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