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Seis boas práticas de gestão industrial para a melhoria da qualidade

Publicado em 14/11/2016

RESUMO

Ferramentas da qualidade, tecnologia e softwares de ponta, métodos eficazes para desenvolvimento de novos projetos e metodologias para programas de melhoria continua e redução de custos, estão fortemente enraizadas dentro das organizações.

Apesar do desdobramento destas ferramentas, programas e metodologias de ponta, capazes de trazer resultados fantásticos para uma organização, as organizações de um modo geral têm percebido que o principal responsável pela eficácia do processo produtivo é o fator humano.

O propósito deste intento é demonstrar como trazer resultados esperados para as organizações, através de seis boas práticas de gestão industrial.

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Figura 1: Gestão de processos fundamentada em três pilares

 

INTRODUÇÃO

A produção em série é um conceito introduzido por Adam Smith que se baseia na especialização e divisão do trabalho[1].

No início do século XX, Henry Ford concebeu a sua primeira linha de montagem em Detroit. Esta forma de trabalho consistia na avançada fragmentação das tarefas entre os diversos operários de sua fábrica com base no conceito introduzido por Adam Smith, ou seja, cada trabalhador era especializado e responsável por uma única tarefa, que deveria ser repetida infinitas vezes, garantindo a produtividade[2].

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Figura 2: Produção em Massa por Henry Ford

Com o decorrer dos anos, o processo industrial foi passando por uma série de mudanças, foram surgindo novas metodologias e por volta de 1949 a 1975 surge um novo conceito de sistema de produção, desenvolvido pela Toyota, conhecido mundialmente como “Sistema Toyota de Produção”.

O Sistema Toyota de produção, diferente do sistema de produção em massa desenvolvido por Henry Ford visa otimizar processos, reduzir tempos de produção, tornando as linhas de  produção flexíveis, produzindo diversos modelos de veículos ao mesmo tempo, obtendo o aumento da eficiência e produtividade, bem como a intensificação por reduzir as maiores perdas em seus processos tais como: Perda por super produção, perda por espera, perda por inventário, perda por movimentação, perda por transporte, perda por processamento e perda por defeitos.[3]

Todavia, grandes organizações tem buscado nos dias de hoje eliminar estas perdas, otimizando processos ao máximo da sua capacidade, alterando layouts para reduzir espaço e como conseqüente, diminuir a movimentação, transporte, refugo etc.

Desta forma, para que a gestão industrial seja um diferencial neste cenário competitivo e veloz, garantindo a sua eficiência e a qualidade dos produtos, serão demonstradas neste intento seis práticas de gestão, capazes de transformar resultados surpreendentes à uma organização tais como: Redução dos custos de produção, criação de novos produtos, aumento da produtividade no trabalho, desenvolvimento de novos processos, diagnosticar e aperfeiçoar fluxos, melhoria da qualidade dos produtos

DESENVOLVIMENTO

Com as constantes mudanças no cenário industrial, e a busca pela excelência de classe mundial, muitas organizações tem percebido que, para se consolidar no mercado cada vez mais competitivo, garantir a velocidade de sua produção, bem como a qualidade dos seus produtos, precisa-se valorizar o que há de melhor na organização que são os seus talentos internos.

Sobretudo, com a retenção e capacitação destes talentos, para que as organizações possam atingir os resultados a níveis de classe mundial, um bom gestor industrial deve focar nas seis práticas de gestão tais como:

1) Redução dos custos de produção: Compreender o cálculo de custo na produção, utilizar ferramentas de redução de custos, coordenar projetos de redução de custos, o profissional consegue reduzir gastos e aperfeiçoar a produção da indústria. Aqui, entram os conhecimentos em logística, produção enxuta, conhecimento em projetos de melhoria continua.

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Figura 3: Gráfico de redução de custos

2) Criação de novos produtos: Identificar oportunidades de negócios, estudos de tendência de mercado, desenvolver, pesquisar e inovar tecnologias já existentes são atribuições que um gestor de produção deve estar direcionado para sobressair frente à concorrência.

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Figura 4: Processo de desenvolvimento de novos produtos

3) Aumento da produtividade no trabalho: Liderar pelo exemplo, respeitar cada um e suas limitações, ser transparente, ético, motivando as pessoas da equipe. O gestor de produção, com essas habilidades tem a sua equipe ao seu lado, proporcionando o aumento da produtividade.

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Figura 5: Processo de desenvolvimento de novos produtos

4) Desenvolvimento de novos processos: Desenvolver novos processos, significa oferecer aos consumidores de forma rápida produtos com garantia, qualidade, com um menor custo de produção possível. O gestor de produção deve estar focado em qualidade, custo e produção, de forma que consiga transformar de forma manufatureira produtos que agregam valor ao cliente e para a organização.

5) Diagnosticar e otimizar fluxos: Identificar, compreender e reduzir as perdas por paradas, movimentos desnecessários, gargalos na produção são maneiras de otimizar os fluxos na indústria. São atribuições do gestor industrial e pré-requisitos para alcançar o objetivo.

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Figura 6: Mapeamento de um fluxo de produção

6) Melhoria da qualidade dos produtos: Para melhorar produtos, garantir a padronização dos processos, bem como a redução de refugos o gestor de produção necessita conhecer e implantar sistemas de gestão da qualidade, além de promover a manutenção e melhoria contínua desses sistemas.

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Figura 7: Ciclo do Sistema de gestão

CONCLUSÃO

Para uma organização sobreviver às fortes mudanças culturais e a concorrência acirrada, estão fundamentadas em valorizar os talentos de cada departamento da empresa, bem como se estruturar e focar nas seis práticas de gestão industrial citadas, de modo que estas práticas de gestão, a interação, o respeito e o espírito de equipe, somados, geram resultados fantásticos e o reconhecimento de classe mundial.

BIBLIOGRAFIA

Nota:

[1] https://www.portal-gestao.com/artigos/7673-o-que-%C3%A9-a-produ%C3%A7%C3%A3o-em-s%C3%A9rie.html

[2] http://agranderevolucaoindustrial.blogspot.com.br/2010/03/ford-e-taylor-logo-nas-primeiras.html

[3] http://www.blogdaqualidade.com.br/producao-enxuta-e-o-sistema-toyota-de-producao

junio_reis

Sobre o Colunista: 

Junio Carvalho Reis, cursou até o 4º ano de Administração de empresa, é graduado em Gestão Industrial, pós-graduado em Engenharia da Qualidade, MBA em Gestão Ambienta, formação em Green Belt pela EDTI e formação em Green Belt e Black Belt pela Voitto Consultoria. Atualmente atua como gestor de Sistema de Gestão da Qualidade Automotiva. Possui 12 anos de experiência na indústria, dentre eles nos set ores automotivo, indústria gráfica, indústria de informática. Possui experiências com implantação de sistemas de Gestão e auditorias de SGQ ISO 9001, ISO TS 16949, ISO 14001, QSB FIAT,QSB GM, e OCP. Possui experiência com certificação de produtos Inmetro (OCP) nas normas de fabricação de botijões, válvulas, cilindros industriais, extintores de incêndio e tanques GNV.Atua como líder de grupos de melhoria, promovendo projetos de kaizen e projetos de seis sigma como Green Belt. E-mail de contato: juniocarvalhoreis@bol.com.br

Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.

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  1. Andressa Gomes Alencar disse:

    Dado a existência da globalização e evolução tecnológica mundialmente, muito se fala na obtenção de vantagens competitivas sustentáveis. Muito se fala sobre redução de custos produtivos, mas atribuir isso ao conceito de qualidade nem sempre é feito. Utilizando como exemplo linhas de produção em geral, ainda vemos bastante retrabalhos ou perdas produtivas que não são devidamente mapeadas e tratadas, tendo como consequência os custos altos e produtos de baixa qualidade. É necessário então, o investimento em metodologias, como por exemplo, lean e six sigma, que buscam frequentemente reduzir as variações de processos e de produtos e garantam a obtenção de vantagem competitiva sustentável e a evolução continua.

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