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Afinal, qual é a maior usina hidrelétrica do mundo?

Publicado em 15/12/2015

Qual é a maior usina hidrelétrica do mundo?

No dia 20 de maio de 2006, o governo chinês finalmente conclui uma obra iniciada em 1993 e saiu propagandeando pelos quatro cantos do mundo: a Usina de Três Gargantas, instalada no Rio Yang-Tsé (Rio Azul) é a maior do mundo. Essa declaração bateu fundo nos nacionalistas mais exaltados, tanto aqui no Brasil como no Paraguai, já que até então este título pertencia à Itaipu Binacional, localizada no Rio Paraná, orgulho nacional. Desde a inauguração da usina chinesa, começou a discussão: de uma vez por todas, qual é a maior usina?

A resposta é: depende do critério. Para começar, se levarmos a palavra “maior” ao pé da letra, o título ainda pertence à Itaipu. Somados os comprimentos de todas as barragens, nossa usina tem 7.700m de comprimento (o equivalente ao comprimento de 77 campos de futebol), e 196m de altura (algo da altura de um prédio com cerca de 60 andares). A Três Gargantas, por sua vez, é praticamente da mesma altura (192m), embora também tenha lá mais de 50 andares, mas tem menos da metade da largura, “apenas” 2.300m.

maior usina hidrelétrica do mundo

É claro que não seria sensato chamá-la de maior pelo sentido literal, o que importa é o quanto se gera de energia. Mais uma vez, no entanto, caímos em uma dificuldade. Se considerarmos a capacidade máxima momentânea (o máximo de energia que se pode gerar em energia ao mesmo tempo), a Três Gargantas é mesmo a maior. Atualmente, a geração instantânea da usina chinesa, com suas 32 turbinas, é de 22.500 MW (Mega Watts). A Itaipu, por sua vez, conta com 20 turbinas, que totalizam uma capacidade instantânea de 14.000 MW.

Contudo, a geração anual das duas é bem parelha. Até ano passado, a Itaipu superava a Três Gargantas, mas em 2009 a usina chinesa produziu 100 TWh (Terawatt/hora, que é um milhão de Megawatts), suficiente para suprir toda a energia anual, por exemplo, da Holanda, um quarto do que necessita o Brasil, e 3% do que consome a China. A Itaipu está um pouco abaixo: 91,6 TWh, mas isso dá para facilmente suprir 90% do Paraguai e ainda sobra para vender, é uma grande fonte de renda do país. Para o Brasil, representa 20% da energia consumida.

Assim, pesando os fatores, pode-se dizer que realmente a usina de Três Gargantas é a maior de fato. Já é a maior, inclusive, nas críticas contra o projeto. Por vários motivos. O primeiro é histórico: engenheiros já previam uma obra semelhante no rio Yang-Tsé desde 1919, mas a Revolução Cultural que se seguiu à Segunda Guerra Mundial atrasou o projeto, enquanto grande parte da população vivia sem eletricidade. Apenas em 1992 as obras começaram a sair do papel, e a construção real se iniciou em 1993 para ser concluída treze anos depois.

Os ambientalistas também reclamam: a criação da barragem e do reservatório de água acabou inundando cidades, fazendas e sítios históricos. Mais de 1,13 milhões de pessoas tiveram de ser transferidas de suas casas, que ficaram embaixo d’água, e uma parte dessa população ainda não tem moradia fixa, quatro anos depois. Mas a relocação de moradores, que custou 24 milhões de dólares (cerca de 42 milhões de reais na conversão atual) aos cofres chineses, não é o único problema. Geólogos afirmam que a vazão ampliada do rio Yang-Tsé está corroendo suas margens, o que pode vir a causar uma catástrofe ambiental no futuro.

A favor da usina, argumenta-se que ela finalmente irá acabar com o histórico problema de carência de energia na China e trazer progresso às regiões que dela se beneficiam. E apontam para o benefício ecológico de Três Gargantas: sua barragem evita que haja enchentes. De fato, em 1998, quando ainda não havia a usina, uma enchente do Yang-Tsé custou a vida de 4000 pessoas que moravam em comunidades próximas. E essa enchente foi de apenas 20.000 metros cúbicos de água. Em 2010, quando houve uma temporada de tufões na região, a barragem aguentou a vazão de 70.000 metros cúbicos, e o Rio Azul não transbordou.

Fonte: http://hypescience.com/

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