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Gerenciar como um jogo de xadrez ou por um minuto?

Publicado em 04/10/2013

Gerenciar como um jogo de xadrez ou Gerenciar por um minuto?

Sabe-se, através de histórias da humanidade, que sábios reis e  anciões, se baseavam nas eficazes estratégias do jogo de xadrez para atingirem com eficácia seus objetivos, fossem eles gerais ou específicos.

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Mas para todos era fundamental saber posicionar as peças do jogo em uma posição confortável para se ter a melhor visão da execução dos seus planos, e com isso, adquirir um montante incomparável de duradouras conquistas. Longe da era dos grandes reis e com poucos anciões para a escolta e condução ao brilhantismo, alguns gerentes encontram os principais problemas que os conduzem a soluções nada exuberantes e na maioria das vezes essa falta de perspicácia resulta em grandes rotatividades de sua equipes e comumente dos próprios gerentes: a falta de uma estratégia clara, a segmentação da estrutura da equipe e objetivos podem conduzir as ações em pequenos e vulneráveis grupos dificultando assim, o controle das casas centrais (que é o controle mais poderoso do gerente de projetos).

Assim como a um jogo de xadrez, o dia a dia dos gestores se resumem em capacidade de obter inteligência intelectual e moral para definir os mais importantes pontos que vão ajudar a resolver os problemas e fazer com que todas as peças estejam em uma posição forte no decorrer de todo o empreendimento, salvando, também, a própria gestão.

Muito se vê, gestores com uma certa devoção às intermináveis planilhas no Excel, comprometendo todo o seu tempo e de sua equipe a desenvolver gigantescas, e muitas vezes inúteis, controles. Existem planilhas para tudo, para todos, mas na hora de implementar uma saída rápida e lógica para uma incerteza que se instalara no projeto, o gestor precisa recorrer aos sábios especialistas do recurso e a filtros infinitos na busca desesperada de um relatório com as informações precisas.

Ganha-se muito em habilidades para controlar números, mas perde-se muito nos movimentos do jogo, sendo que na prática é extremamente necessário que o líder evite mover a mesma peça duas vezes, pois, utilizando dois movimentos em uma mesma peça, este está efetivamente perdendo uma jogada, o que é um cenário comum para esses adoradores de gráficos e tabelas dinâmicas. A ideia é abrir o campo para sua segunda linha de peças (as peças mais fortes), mas para isso, é preciso ver o que está além do computador, é preciso conhecer as outras habilidades da equipe, a de pensar e agir assertivamente.

Movimentar primeiramente os cavalos na frente dos bispos é uma posição poderosa que deixa espaço para traçar várias estratégias vencedoras. Coloca-se ambos os cavalos, aí vem depois os bispos e a dama para dar um melhor acesso ao controle do tabuleiro. Para imitar a arte do jogo, é necessário conhecer o expertise de cada um. Colocá-los numa posição ideal para a evolução do projeto, isso é sem dúvidas uma jogada de mestre.

Durante as fases de abertura, a ideia é abrir tantas peças quanto possível, para viabilizar o desenvolvimento de qualquer outra peça durante a metade de jogo. Uma colocação errada, como movimentos unilaterais ou bloqueando suas peças tem menos chances de sucesso a um ataque. Resumidamente, para toda ação deve ter em mente ou até mesmo desenhada uma reação, não se limitando a poucas incertezas existentes no percurso, pois toda tarefa é passível de riscos e exigem um bom posicionamento de quem está no comando da ação, seja ele líder ou liderado. Trabalho em equipe ainda apresenta os melhores resultados.

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Evitar fazer trocas inúteis, comum aos gerentes alheios ao jogo, preocupados em manter as aparências com novos controles, ou quem sabe, em novas técnicas cheias de regras automáticas.

De acordo com o sistema de pontos de xadrez, os pontos para um peão, um bispo, um cavalo, uma torre e a dama são 1, 3, 3, 5 e 9, respectivamente. Não troque qualquer peça por outra que lhe dará uma perda de pontos. Uma equipe dimensionada de acordo com seu expertise pede ao gestor, realizar, sempre, uma avaliação curricular para conhecer intimamente a posição em que cada um se encontra ou deve estar, as expectativas do projeto e, principalmente, as expectativas de cada envolvido, faz do gestor atento um sábio na gestão de seus recurso humanos. A ordem é: nunca perder o vínculo da equipe.

As estratégias do xadrez envolvem busca e ataque ao ponto mais fraco no jogo do adversário. Ataques prematuros e não planejadas são estratégias raramente boas para o xadrez e no final podem lhe conduzir a vitória (claro, desde que os erros não-forçados dos adversários prevaleçam). Portanto, tudo o que é muito frágil ou que é exibido demais para a contraparte, pode comprometer a vitória, faz do gestor uma peça óbvia, previsível, e quando suas artimanhas, já não sendo as mais eficazes, é um pulo para sua substituição.

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Um roque é uma proteção eficaz para o rei, mas somente se este é capaz de proteger as casas chaves. Não abra o roque do rei. Assim o ataque do adversário pode se tornar uma estratégia vencedora, antes mesmo que você perceba o que estava fazendo. Mistificar a capacidade da equipe e até mesmo dos demais líderes torna o gestor altamente vulnerável, novamente a sua previsibilidade o conduz ao erro e possivelmente à sua substituição.

Não deixe nenhum espaço aberto para o ataque de seu adversário. Planeje os movimentos para que cada peça tenha pelo menos uma outra peça fazendo sua proteção nesses espaços. Seduzir a equipe com equivalência faz do gestor uma potência de liderar e o conduz ao sucesso, não só de um, mas de cada projeto que este gerenciar. De nada serve ser um gerente por minuto. Se prender à regras de computador e não saber conduzir os resultados e as ações, tão esperadas pelos patrocinadores do projeto destinam ao fracasso tanto do gestor quanto do projeto.

Só se ganha o jogo se conhecer, absolutamente, as potências e potenciais que estão ao seu lado, tendo em mente que uma vez gerente, deve ser sempre gerente, mesmo não presente na função, mas pelas ações e resultados visíveis. Não faça de sua equipe seus próprios adversários, pois qualquer liderado, consciente das tuas fraquezas, pode virar o jogo e se tornar o próximo líder.

Sobre a Colunista: 

Sandra Santos é gestora de processos gerenciais pela universidade Metodista de São Paulo; MBA em gerenciamento de projetos pela AVM Cândido Mendes; MBA em petróleo e gás pela AVM Cândido Mendes; Especialista em docência para nível superior pela FGV; Mestranda em desenho, gestão e direção de projetos pela Universidade Miguel de Cervantes; Graduanda em administração de empresas pela universidade Estácio de Sá; Atuante na administração contratual de projetos de grande porte no setor de óleo e gás.  Co-autora dos Livros Ser Mais com Equipes de Alto Desempenho, Damas de Ouro, Editora Ser Mais.

E-mail de contato: ssantosdesouza@gmail.com

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