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Opinião da Lilian: estratégia de planejamento e inovação na modernização da gestão de políticas públicas

Publicado em 24/05/2018

METODOLOGIA DE GESTÃO DE PROJETOS: Estratégia de Planejamento e Inovação na Modernização da Gestão de Políticas Públicas

RESUMO

O gerenciamento de projetos é uma disciplina muito utilizada na iniciativa privada, e pouco explorada no Setor Público. A metodologia de gerenciamento de projetos, deve ser criada de acordo com a demanda interna da Organização e alinhada ao Planejamento Estratégico respeitando a maturidade com relação a gestão de projetos. Além de, descrever as estratégias para o processo de implementação, soluções que devem ser adotadas, atribuições e atividades desenvolvidas, desafios a se enfrentar com a implementação, resultados e benefícios demonstrando a funcionalidade da metodologia estruturada no gerenciamento de projetos, na produção de Políticas Públicas. A política Pública possui vários atores convergindo e divergindo, é intencionada e causa efeitos a longo prazo, mesmo que sua atuação seja entendida como de curto prazo, dentro desse panorama, o que se faz e o que não se faz é essencial para orientar os processos de formulação, implementação e avaliação das ações e atuações políticas que são analisadas (SOUZA, 2006).

Palavras-chave: Inovação; Metodologia de Gestão de Projetos; Gestão de Políticas Públicas.

 

INTRODUÇÃO

Gerenciar Projetos envolve pessoas, processos e ferramentas as quais endereçam conhecimento tácito e explícito. Disseminar este conhecimento para que a organização aprenda com a própria experiência, ratifica a premissa de que gerir projetos requer adaptação de novos conhecimentos contribuindo para a efetividade das políticas públicas ao conferir uma maior qualidade às ações de governo. Além disso, também é importante que as pessoas entendam o grau de relevância desta nova metodologia de governança, a fim de que estas obtenham o reconhecimento devido e sejam consolidadas na Administração Pública.

A lista de Órgãos Públicos que estão integrando disciplinas de gerenciamento de projetos e melhores práticas na gestão de seus negócios e processos está expandindo paulatinamente. Isso faz com que a metodologia de gerenciamento de projetos cada vez mais ganhe espaço na Administração Pública, tendo como funcionalidade técnicas padronizadas de planejamento, execução e controle. Gerenciar Projetos utilizando uma metodologia de projetos em Organizações Públicas tem como objetivo solucionar vários problemas de caráter operacional, além de garantir a qualidade total na entrega dos produtos tangíveis-intangíveis e alcançar resultados com excelência. A Administração Pública necessita criar estruturas para apropriar-se dos conhecimentos tácitos de seus funcionários e transformá-lo em inovações, na criação de Políticas que reflitam diretamente em benefícios à sociedade evitando desperdício ou má-distribuição dos seus recursos financeiros.

A proposta é estimular uma mudança de paradigma com consequentes modificações na estrutura de tomada de decisão alinhadas ao planejamento estratégico do respectivo Órgão Público. O principal efeito a ser percebido no primeiro ano de implantação de uma Metodologia é o estabelecimento, a disseminação e a crescente utilização de processos, ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos, os quais poderão fomentar de forma direta ou indireta a criação de Políticas Públicas (Quadro I – Aspectos Para Implementação de Políticas Públicas). A aplicação de uma metodologia na gestão de projetos estabelece acompanhamento contínuo dos projetos e, também possibilita a rápida identificação e correção de desvios, assim como a transformação das ações bem-sucedidas em procedimentos padrão. Por outro lado, ainda há um grande caminho a percorrer, especialmente no processo de implementação e integração dos projetos que culminem em Políticas Públicas.

(Quadro I – Aspectos Para Implementação de Políticas Públicas)

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Parte da competência na gestão de projetos advém da proposta de implementar processos e práticas inovadoras em Organizações Públicas. Ou seja, de forma colaborativa, todos os profissionais se engajem na solução e na qualidade dos entregáveis. A Metodologia de GP propiciará por meio da manutenção e controle de bases de conhecimentos contendo os dados dos projetos executados, auxiliar na estimativa e decisões de novos projetos buscando a identificação e solução das deficiências, e a disseminação das melhores práticas.

De acordo com Verzuh (1999), quando uma organização apresenta grande demanda de projetos e as abordagens são desestruturadas e indisciplinadas, há ineficiências e prejuízos significativos nos resultados. Portanto, a metodologia de gestão de projetos pode ser considerada um processo complexo que implica em mudanças significativas da cultura de uma organização, para uma nova forma de realizar negócios (CRAWFORD, 2002).

No Brasil o gerenciamento de projetos vem crescendo de forma considerável nos últimos anos, reforçando a relevância de sua implementação, principalmente em organizações públicas, com o intuito de garantir as melhores práticas no gerenciamento de projetos e também a transparência e lisura de suas ações. Em síntese é condição “sine qua non” a implementação de políticas que produzam resultados inteiramente diversos diante da diversidade de contextos.

Diante disso, a implementação de uma Metodologia de Gerenciamento de Projetos no Órgão Público, cria um ambiente de assessoria à mudança e maximiza resultados na adoção de melhores práticas que objetivam maximizar a eficiência do planejamento, da execução e do controle dos projetos e demais ações prioritárias. Essa estratégia define e aplica os processos de gerenciamento de projetos (iniciação, planejamento, viabilização, execução, monitoramento e controle e encerramento), proporcionando melhor desempenho dos projetos gerenciados, por meio de uma metodologia funcional e consolidada, do suporte aos projetos e suas equipes, e padronização das informações na geração de novos saberes. Por fim, os problemas enfrentados pela implementação de políticas públicas nunca deixarão de existir, entretanto, é possível que com o diálogo entre os stakeholders e um planejamento contínuo e sistemático (processo de decisão político-social que depende de informações precisas, transparência, ética, aceitação de visões diferentes) e é nesse momento que uma metodologia de gestão de projetos bem estruturada se faz necessário, aumente a possibilidade de uma política pública ser eficiente na busca de soluções conjuntas que sejam aceitáveis para toda sociedade. Ademais, uma gestão que olhe as especificidades locais é imprescindível para um bom andamento da política.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, Osnaldo. Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) ou (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças). Página pessoal Osnaldo Araújo mai.2010 Disponível em: http://www.dearaujo.ecn.br/cgi-bin/asp/analiseSwot.asp. Acesso em 29 de mai. 2010.

CRAWFORD, J. K. Making a Place for Success, Project Management Best Pratices Report, Junho de 2000.

DAI, X. C. (2001) The role of the project management office in achieving project success. Doctoral thesis. USA: The George Washington University.

DINSMORE, P.C., Winning in business with enterprise Project management. New York. Amacon Books. 1999.

GERHARD, E., Causas e consequências da implantação de um PMO – Project Management Office. Monografia (Graduação em Informática). São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2004.

KERZNER, H., Gestão de Projetos As Melhores Práticas. Porto Alegre. Bookman. 2002.

MARTINS, V. A.; MARTINS, M. R.. Competências organizacionais para Escritórios de Gerenciamento de Projetos (PMO): ensaio para um modelo de análise. 2005 (Seminários em Administração). Disponível em http://www.ead.fea.usp.br/emead/8semead/resultado/trabalhosPDF/361. pdf. Acesso em 11/07/2007.

PINHEIRO, Marcelo T. e ROCHA, Mônica A. da S. Contribuições do Escritório de Gerenciamento de Projetos Públicos na Gestão para Resultados. Revista do Serviço Público, vol. 63 (2): 199-215, abr/jun, 2012.

PRADO, Darci – Gerenciamento de Projetos nas Organizações. Editora de Desenvolvimento Gerencial, Minas Gerais (2000).

  SATO, C. E. Y.; DERGINT, E. A.; HATAKEYAMA, K. A utilização do Escritório de Projetos como instrumento para a melhoria da produtividade sistêmica das organizações. Disponível em: http://www.ppgte.cefetpr.br/semanatecnologia/comunicacoes/a_utilizacao_do.pdf. Acesso em: 03/05/2007.

SARAIVA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete. Políticas Públicas: coletânea. Brasília, DF:ENAP, 2006. V. 1 e 2.

SOUZA, Celina: Políticas Públicas uma Revisão da Literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, p.20-45, dez 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/soc/n16/a03n16          Acesso em: Nov. 2016

TREFF L, BATTISTELLA LR. Inovação em Gestão de projetos na Administração     Pública. Rio de Janeiro:Brasport, 2013.


Sobre a Colunista: 

Lilian TreffMestre em Gestão Empresarial – Programa de Mestrado Profissionalizante pela Universidade Cidade de São Paulo. Especialista em Didática do Ensino Superior, pela Universidade Mackenzie, em Gestão de Projetos pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini – USP e em “Gestão do Conhecimento, Educação Corporativa e Aprendizagem Organizacional” (FIA/USP). Graduada em Pedagogia – Licenciatura Plena, com foco em Administração Escolar, pela Universidade São Judas Tadeu. Autora do livro Inovação em Gestão de Projetos na Administração Pública. Certificada em Coach – Personal & Professional Coaching (PPC) e Executive Coaching. Practitioner em Programação Neurolinguística. Sólida experiência na criação de metodologia de gerenciamento de projetos, implementação de Project Management Office (PMO), e Change Management. Co-Autora (patente) do Registro de Programa de Computador – “Sistema de Gestão dos Resultados na Atenção em Saúde Bucal às Pessoas com Deficiência para Sistema Único de Saúde” – Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e UNESP. Atualmente Consultora de Projetos Change Management – Strategy Business. E-mail de contato: ltreff@uol.com.br

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  1. Barbara Ester de Araujo Oliveira - Pós-graduação em Avaliação de Imp. Amb. e Rec. de Áreas Degradas disse:

    O gerenciamento passou a ser utilizado em maior relevância a partir da década de 70, e hoje é considerado por muitas organizações como uma atividade de grande importância para se obter resultados. Mas apesar de apresentar melhorias em controle de projetos, eficiência no planejamento entre outros, a implantação de um escritório de gerenciamento nos setores públicos vem se mostrando um desafio. Alguns órgãos governamentais, por exemplo, O Governo do Estado do Espírito Santo, identificaram a necessidade de se adaptaram a essa nova realidade desde 2007 e após as fortes chuvas de 2013 baseou a reconstrução de 70% da cidade com o “Programa de Reconstrução do Estado”. Atualmente o processo de modernização da gestão dos órgãos públicos tem sido incentivado, o objetivo é reduzir os custos, diminuir o retrabalho e minimizar desperdícios, tanto para o órgão público tanto para as pessoas que dele dependem. Mas é necessário conhecer a realidade e características desse setor. A necessidade existe e o setor público precisa se posicionar e criar inovações, isso custaria certo investimento, mas alcançaria benefícios diretamente ligados à sociedade e evitaria que recursos financeiros fossem mal distribuídos, ajudaria na identificação e correção de possíveis erros.

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