Publicado em 02/05/2016
Como se sabe, uma parte muito significativa de projetos em empresas estão relacionados com a área da tecnologia da informação. Pensando nisso, Álvaro Camargo, consultor e professor dos cursos de MBA de Gerenciamento de Projetos da Fundação Getúlio Vargas, relaciona, abaixo, algumas das tendências para quem trabalha com gerenciamento de projetos de tecnologia da informação.
1 – Importância de saber se relacionar
Com o advento das metodologias ágeis, os gerentes de projetos que fazem uso desse tipo de método terão que reavaliar as relações com clientes e stakeholders. Ao invés dos clientes e usuários ditarem exatamente o que querem que seja feito, os gestores de projeto terão que fomentar uma nova forma de trabalho para que os projetos sejam bem-sucedidos. No caso dos projetos de TI, gerentes de projeto “Nerds” não terão futuro.
2 – Mais equipes remotas
O uso de equipes de projeto em diferentes localidades e fusos horários deve aumentar cada vez mais. A lógica para isso é simples. Trata-se de uma questão comercial. Por que fazer concorrência apenas local se o mundo me oferece uma enorme quantidade de prestadores de serviço com preços baixos? Essa lógica puramente comercial tende a prevalecer em determinadas empresas. É lógico que os riscos vão aumentar. Mas quem trabalha com projetos de TI sabe que o locus desse mercado é, por sua própria natureza, global. Isso significa que, cada vez mais, veremos equipes remotas trabalhando em projetos de TI.
3 – Competência de contratação e de administração de contratos
As áreas de TI das empresas estão se tornando, cada vez mais, áreas responsáveis por contratar serviços para suprir a demanda por informações para a área de negócios. Tradicionalmente a competência de TI está em fazer projetos de processos e sistemas. Mas, a partir de agora, e com volume cada vez maior, as áreas de TI nas empresas deverão ser capazes de contratar corretamente e de administrar contratos e não apenas os níveis de serviço. É evidente que a área de compras das empresas ajuda nisso. Mas a área de compras não tem a expertise técnica para especificar o que deve ser comprado, como deve ser comprado e como deve ser o nível de serviço dos contratados. Além disso, a administração dos contratos tem que ser feita por quem acompanha a prestação dos serviços. Até onde se pode perceber, a competência de contratação e de administração de contratos não costuma ser o forte dos profissionais de TI.
Sobre o Colunista:
Alvaro Antonio Bueno de Camargo, Profissional com 35 anos de experiência na área de gerenciamento de projetos, com atuações nos Estados Unidos, Japão, Angola, Argentina e Colômbia. Docente de cursos de pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas, Brazilian Business School e nos cursos MTA da Universidade Federal de São Carlos. É Mestre em administração de empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com foco de pesquisa em capacidades dinâmicas das organizações. É MBA em Administração de Projetos pela Fundação Instituto de Administração da USP e graduado em Ciências da Computação pela Universidade Paulista. É certificado como PMP – Project Management Professional pelo Project Management Institute. Atuou em projetos de grande porte nas áreas de energia, indústria e petroquímica. Atualmente tem três livros publicados, entre eles o “Manual de Projetos Infraestrutura e Engenharia”, escrito em coautoria com Júlio Schwartz.
E-mail: camargo.alvaro@gmail.com – Blog: https://alvarocamargo.
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