Publicado em 16/05/2016
Tecnologia da Informação (TI) é elemento comum em iniciativas de diferentes segmentos e está frequentemente inserida no contexto de projetos de grande complexidade em áreas como mineração, siderurgia, óleo e gás e construção. Sistemas de TI representam atualmente um importante elemento competitivo e sua abrangência nas indústrias cresce na mesma medida em que o risco em caso de falhas. Pesquisas indicam que projetos de TI de larga escala são propensos a atrasar demasiadamente, geralmente saem mais caros do que o orçado, e, crucialmente, não entregam os benefícios esperados. As organizações que desafiam essas probabilidades são as que dominam dimensões-chave ligadas à TI e ao valor de negócio. Para responder à altura, os profissionais de gestão de projetos precisam ser altamente qualificados. E quatro elementos são cruciais para maximizar as chances de sucesso.
O primeiro é ir além das competências técnicas. Excelência nas práticas de gestão de projetos é essencial, entretanto na competitiva economia global de hoje, que cresce rapidamente e com menos previsibilidade, isso não é o suficiente. As organizações necessitam de profissionais com habilidades adicionais em liderança e conhecimento de gestão de negócios – competências que apoiam e sustentam seus objetivos estratégicos. Resultados recentes da pesquisa global Pulse of the Professional, realizada pelo Project Management Institute (PMI), comprovam que aqueles que detêm essas competências têm mais chances de cumprir metas e expectativas. Tendo isso como base, os próximos três aspectos a serem citados são derivações desse triângulo de habilidades.
Combine abordagens tradicionais e contemporâneas. O termo “ágil” deixou de ser usado para se referir a uma prática específica e passou a ser reconhecido e valorizado no âmbito da agilidade organizacional geral como uma competência estratégica. Usar técnicas ágeis, como Scrum ou DevOps, não é o único, tampouco o melhor, indicador de velocidade ou flexibilidade de uma organização. É através de uma combinação de diferentes abordagens que se é possível chegar a um modelo que atenda as necessidades exclusivas do projeto, organização, sua indústria e mercado. Fazer uso de uma abordagem híbrida permite reconfigurar processos e combinar diferentes técnicas para lidar com seus próprios desafios de forma mais eficaz. Além disso, as empresas estão aprendendo que Lean Management (técnicas de gerenciamento “enxuto”) e TI são complementares em ações de simplificação e otimização de processos. A aplicação do princípio do “justo e necessário”, somado às oportunidades de se promover inovação tecnológica são fatores determinantes para eliminar o desperdício e concentrar nos pontos de maior valor para o negócio.
Outro ponto importante diz respeito à formação de equipes. Grandes projetos podem assumir vida própria em uma organização e para serem eficazes e eficientes, as equipes precisam ter uma visão comum, processos compartilhados e estruturados de forma clara, e uma cultura de alto desempenho. Uma equipe que faz a ponte negócio-tecnologia deve estar totalmente alinhada com metas de entrega de valor, bem como deve garantir que todos os passos críticos da gestão de mudança organizacional sejam tomados, e que com isso, as comunicações com o resto da organização sejam claras, oportunas e precisas. É recomendado que haja, além de um gerente de projetos experiente, um time de projeto qualificado e motivado, composto por um mix sustentável de recursos internos e externos.
O último ponto é: lidere pelo exemplo. Basicamente, isso significa que o líder deve cumprir com suas responsabilidades identificadas no plano estabelecido. Para que os membros do projeto sintam confiança em você, eles devem vê-lo como alguém inspirador, que segue o combinado, é disponível, prestativo e tem uma atitude positiva.
Sobre o autor: Ruan Almeida, presidente do PMI-MG, Bacharel em Ciência da Computação pela PUC-MG e pós-graduado em Gerenciamento de Projetos pela FGV. Credenciado pelo Centro de Competência Fumsoft (CCOMP-MG) para consultoria especializada na área de avaliação de maturidade de processos. Certificado PMP e ITIL, é atualmente responsável pelo PMO da TI-Brasil do grupo Vallourec. Atua também como palestrante e instrutor em cursos de gerenciamento de projetos. Como voluntário do PMI-MG desde 2010, foi responsável pelo projeto de Revisão do Estatuto Social do capítulo segundo normas do PMI-Global. Atuou ainda como Diretor de Administração e Finanças (2011/2012), onde obteve como principais resultados a entrega do Manual de Operações do PMI-MG, e o atendimento das metas financeiras em 400% diante do proposto junto ao Conselho Fiscal. Como Vice-Presidente da atual gestão (2013/2014), foi responsável pelo Programa de Interiorização do PMI-MG, que teve como entregas o Plano de Negócios do capítulo, e a formalização das regionais Norte de Minas e Triangulo Mineiro junto ao PMI-Global. Destaque também para a participação em seis edições do PMI-LIM (encontro/capacitação de Líderes promovidos pelo PMI-Global) – quatro na região Latin-America, um North-America e um EMEA, experiência que fomentou a realização do 1º PMIMG-LIM, evento voltado para capacitação de futuros líderes do PMI-MG. E-mail de contato: atendimento@ture.com.br
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