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Administração de pequenas e médias empresas – Parte 02

Publicado em 17/09/2015

A pequena empresa

Vimos na parte 1 que a pequena empresa não necessita de grandes “Staffs” e processos esmerados, mas precisa de administração de primeira ordem.

Em primeiro lugar necessita de estratégia. A pequena empresa não pode dar-se ao luxo de se marginalizar.

Contudo este é o seu perigo constante. Deve, portanto, elaborar urna estratégia que a faça sobressair.

Deve encontrar seu núcleo ecológico especifico (em termos de marketing e produção) onde possa enfrentar a competição com vantagem.

Este nicho pode ser a liderança em um mercado distinto ou proximidade dos consumidores, ou valores do produto

Neste artigo falaremos algo sobre a pequena empresa ao definir sua estratégia de crescimento.

administracao

Administrando a pequena e media empresa

Objetivos de crescimento

Uma administração necessita refletir sobre o mínimo de crescimento que sua companhia requer. Qual é o crescimento mínimo, sem o qual a companhia realmente perderia força, vigor e capacidade de desempenho, senão de sobrevivência. Uma administração necessita de uma política racional de crescimento.

Uma companhia necessita de uma posição viável no mercado, do contrário logo se tornara marginal. E se o mercado se expandir, precisa crescer com o mercado.

Uma empresa cresce se evoluir em desempenho e resultados econômicos.

Para estabelecer um objetivo ótimo é necessário saber qual combinação de atividades, produtos, negócios que prometem produzir o melhor equilíbrio entre riscos e retorno de recursos.

Qual é o ponto além do qual uma maior lucratividade só poderia ser obtida através de um aumento acentuado dos riscos? Os objetivos de crescimento devem ser econômicos e não de volume.

 

Estabilidade econômica – financeira

Índices de avaliação econômica, objetivos de longo prazo x curto prazo.

Quando investir? Capital de giro próprio. A busca da produtividade. Fatores chave em função da conjuntura.

Segundo Peter Drucker, a 1ª função da empresa é a realização econômica; a 2ª seria a direção de um negócio. O propósito de um negócio é a criação de um cliente. Lucro é uma condição objetiva mas não é a razão de ser da atividade econômica.

A direção de uma empresa deve ser uma tarefa criadora e não adaptadora. Todos os planos para novos empreendimentos, investimentos de capital, em novos produtos e serviços devem ser dirigidos para o programa de desempenho da empresa. Todas estas propostas devem ser apresentadas ao mesmo tempo e não isoladamente.

Apenas desta forma será possível descobrir se esse plano atende à melhor utilização dos recursos da empresa e se focalizam as oportunidades certas e os resultados necessários. Apenas desta maneira se verificara se os produtos e as atividades planejadas têm por fim realizar a ideia da empresa e apoiar seus objetivos. Outra pratica comercial necessária é a análise sistemática de todos os produtos e serviços, todas atividades e componentes importantes da empresa.

Esta revisão primeiramente fará uma comparação do desempenho com as expectativas e depois fará a pergunta: “se esse produto, serviço ou atividade não estivesse aqui hoje será que o indiciaríamos? Se a resposta for não, devemos perguntar será que devemos continuar, e por quê?

É interessante notar que mesmo nos eventos econômicos 90% dos resultados estão sendo produzidos pelos primeiros 10% dos eventos e 90% dos custos são devidos aos 90% restantes dos eventos que não produzem resultados (Lei de Paretto ou curva ABC de eventos).

Em outras palavras, os resultados e os custos estão numa razão inversa.

Em grande parte, os resultados econômicos são diretamente proporcionais à renda, ao passo que os custos são diretamente proporcionais ao número de transações. Isto se aplica a recursos materiais e mesmo de pessoas. Ocorrendo estarmos usando pessoas em tarefas erradas, inversamente podemos estar deixando de dar atenção aos 10% de produtos, clientes e atividades realmente importantes.

Outra realidade é que cada vez um maior número de funcionários, que utilizam o “conhecimento”, tomam decisões econômicas na empresa, seja um engenheiro de pesquisas, um gerente de vendas, etc. …

Para tomar a decisão certa o “funcionário do conhecimento”, precisa conhecer qual o desempenho e os resultados necessários. Por outro lado ele deve ser motivado, tem que dirigir, administrar e encontrar motivação própria.

É necessário, portanto, ao fazer um planejamento econômico, estar bem a par dos objetivos e realidades da empresa. Principalmente, é necessária uma visão segura do futuro.

Para completar este tópico, citamos alguns pontos de partida para análise destas realidades, ainda segundo Drucker:

  1. “Nem os resultados nem os recursos existem dentro da empresa. Ambos estão localizados fora. Os custos, estes sim, existem e devem ser vistos se contribuem para os resultados.”
  2. “Os resultados são obtidos pelo aproveitamento das oportunidades e não pela solução de problemas. Por isso, também, os problemas devem ser evitados.”
  3. “Para produzirem resultados, os recursos precisam ser destinados às oportunidades:

Para isto é necessário procurar a “maximização das oportunidades” é preciso às coisas certas a serem feitas e concentrar a atenção nelas.

  1. “Resultados econômicos são conquistados pela liderança e não apenas pela competência.”

Liderança não significa ser o maior, mas o melhor pelo menos em algumas coisas. Precisa ter liderança em algo de real valor para o cliente ou mercado. Não ter isto, significa ser marginal.

  1. “Qualquer posição de liderança é transitória, e provavelmente de curta duração.”

É tarefa do executivo inverter a tendência normal de dispersão concentrando as atividades comerciais nas oportunidades.

  1. “O que existem está se tornando velho.”

A maioria dos executivos dedica a maior parte do seu tempo na tentativa de desfazer o passado ao invés de se dedicarem ao presente e ao futuro. Isto é inevitável em grande parte. É uma herança e um modo de trabalhar. Contudo, assim que uma atividade entre na fase de rotina, devemos nos concentrar nas seguintes.

  1. “O que existe tem probabilidade de ser distribuído de maneira errada.”

Sendo em empreendimento comercial, os eventos são distribuídos seguindo o princípio de Paretto, ou de 90% e 10% que já citamos:90% dos resultados são obtidos por 10% dos eventos.

  1. “A concentração representa a chave para resultados econômicos reais.”

Para que se produzam resultados econômicos é necessário concentrar os esforços no menor número de produtos, serviços, mercados clientes, uso e assim por diante, que produzirão a maior renda.

A concentração foi à chave do sucesso em muitas empresas sendo uma preparação cuidadosa para a fase seguinte, que seria a diversificação, em uma situação de crise ou de crescimento.

Segundo uma pesquisa feita nos EUA, em 81 empresas (exame, 6/3/85) existem muitas alternativas mercadológicas, financeiras, tecnológicas, além de influências externas que podem levar uma empresa a uma situação de perigo (falência, concordata, etc.) porem na grande maioria dos casos estas coisas seriam gerenciáveis, senão vejamos:

Causas                                                                                                         Porcentagem

Azar ou infelicidade                                                                                             1%

Fatores externos (econômicos sociais, etc)                                                  8%

Fatores internos e externos combinados                                                       24%

Problemas internos causados por fatores externos                                    15%

Problemas gerados internamente sob controle dos dirigentes                 52%

Isto significa que 91% dos casos eram totais ou parcialmente gerenciáveis.

A conclusão é que as crises podem ser previstas, e portanto evitadas.

Alguns dos sintomas citados na pesquisa:

–          Excessiva concentração de poder.

–          Falta de sucessores (de liderança).

–          Gerência fraca.

–          Falta de equilíbrio na cúpula.

–          Diretoria inativa.

Embora alguns desses fatores sejam subjetivos, (dependem de avaliação), devem estar sempre sendo analisados e comparados.

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Sobre o Colunista:  Douglas Garcia AlvesGraduado em Engenharia Mecânica – UFMG-BH e Especialização em Administração de Empresas. Especialista nas áreas de engenharia automotiva, projetos industriais e implantação de obras. Possui mais de 30 anos atuando em diversas segmentos da engenharia. Trabalhou na FORD DO BRASIL como Engenheiro de projetos na IBM DO BRASIL e na BENDIX DO BRASIL e empresas de projetos industriais..

E-mail de contato: engeplandga@gmail.com

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