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PRINCE2 (Axelos)

Significado da Sigla:

PRINCE2®  – PRojects IN Controlled Environments

Livre Tradução:

Projetos em Ambientes Controlados

Instituto ou Associação:

APMG – Organização responsável pelo credenciamento de organizações de treinamento e pelos exames

Axelos – Organização proprietária do PRINCE2®

TSO – Editora oficial

Site oficial: http://www.prince-officialsite.com/

Representação no Brasil:

N/A

Certificação:

PRINCE2® Foundation/ Practitioner

O programa de certificação para o método PRINCE2® é globalmente gerido pela APM Group. Os dois principais certificados são:

  • PRINCE2® Foundation: o exame é composto por 75 questões de múltipla escolha, sendo que 5 questões não contam pontuação (durante o exame o candidato não sabe quais são essas questões). Para ser aprovado é necessário acertar 50% da prova, isto é, 35 questões. A prova tem duração de uma hora. Essa certificação não expira.
  • PRINCE2® Practitioner: o exame conta com 9 questões de múltipla escolha complexa, com 12 pontos por questão, totalizando 108 pontos possíveis. Para ser aprovado são requeridos 59 pontos (cerca de 54,63% da prova). O exame de re-certificação pode ser realizado no período entre 3 e 5 anos a contar da data da primeira certificação.

Ambas as provas já podem ser realizadas em português no Brasil.

Mais Informações:

O PRINCE2® é um método estruturado para o efetivo gerenciamento de um projeto, inicialmente proposto pela Central Computer and Telecommunications Agency (CCTA) no Reino Unido em 1989. Foi originalmente baseado no PROMPTTM, uma metodologia em gerenciamento de projetos criada pela Simpact Systems Ltd em 1975. O Office of Government Commerce (OGC) do Reino Unido continuou a desenvolvê-lo em 1996.

Uma característica única do PRINCE2® é a separação entre o Gerente de Projeto e o papel do Gerente da Equipe, tornando-o mais atraente e adequado para gerentes de projeto que não possuem as habilidades sociais e interpessoais que seriam necessárias para liderar e gerenciar a equipe do projeto diretamente.

Outro ponto importante à a demonstrar se refere à estrutura do projeto PRINCE2® que é classificada em Estágios de Gerenciamento (Management Stages) e  Estágios Técnicos (Technical Stage).

Isto ajuda nos casos em que os gerentes de projetos não têm experiência no campo técnico em que o projeto está sendo gerenciado e, com a adoção de Estágios Técnicos podemos envolver pessoal mais experiente tecnicamente (Gerente da Equipe).

O PRINCE2® apresenta em sua metodologia:

  • Uma definição da estrutura organizacional para a equipe de gerenciamento de projetos;
  • Abordagem baseada em produto;
  • Ênfase na divisão do projeto em estágios gerenciáveis e controlados;
  • Flexibilidade para ser aplicado a um nível apropriado ao projeto.

Estes conceitos são operacionalizados através de uma estrutura de sete processos, cada qual com suas entradas e saídas e inter-relações. Os processos são (cada processo já contém um conjunto de atividades a serem executadas; e todas as atividades com papéis e responsabilidades já definidos):

  • Directing a Project (Direcionamento de um projeto): visa atender ao Comitê Diretor do Projeto, através de relatórios e controles, informações necessárias às tomadas de decisões;
  • Starting up a Project (Estabelecimento do projeto): primeiro processo, pré-projeto, que garante que os pré-requisitos para o início de um projeto estejam disponíveis;
  • Initiating a Project (Início de um projeto): processo de iniciação de um projeto;
  • Controlling a Stage (Controle de um estágio): processo que fornece informações a respeito do andamento do projeto, alimentando as decisões de realinhamento do projeto;
  • Managing a Stage Boundary (Gerenciamento dos limites dos estágios): processo que garante que o monitoramento e controle do projeto verifiquem o cumprimento do curso pré-estabelecido do projeto, e gera reação aos eventos inesperados;
  • Closing a Project (Encerramento de um projeto): processo que garante o encerramento controlado de um projeto;
  • Managing Product Delivery (Gerenciamento da entrega de um produto): processo que garante a criação e a entrega de produtos conforme critérios pré-estabelecidos;

Há também outro item que no meu entendimento sofremos muito, que é a autoridade do projeto onde não é necessariamente assinalada na totalidade para o gerente de projetos, isto é, o Comitê Diretor do Projeto é responsável por aprovar todos os planos de decisões no projeto e, cabe ao gerente de projetos a responsabilidade pelas atividades diárias do projeto.

O Comitê Diretor do Projeto pode delegar autoridade para o gerente de projeto ou determinado papel no projeto para ele (ex. autoridade de mudança), este comitê possui também vários papéis e responsabilidades assinalados aos membros.

A gestão de projetos utilizando PRINCE2® é fortemente e orientado ao business case, isto é, sem ele o projeto nem é iniciado e, durante o ciclo de vida do projeto o resultado obtido em cada estágio ou estágio é comparado contra o business case, para tomada de decisão do Comitê Diretor de Projetos para avançar para as estágios posteriores.

Ponto importante a ser acrescentado é que o PRINCE2® é facilmente conectado a metodologia de gerenciamento de portfólio de projetos porque o Comitê Diretor do Projeto utiliza-se de estágios para decidir e aprovar a continuidade do projeto, o que é tipicamente a proposta de revisão de portfólio de projetos.

A chave do sucesso da utilização do PRINCE2® é a sua escalabilidade/adaptabilidade. É recomendado que cada processo seja implementado a partir da seguinte questão: “Quão extensivamente este processo deve ser aplicado para este projeto?”. Dessa forma, para um projeto pequeno um processo pode ser menos formal e ser todo desenvolvido em uma reunião, enquanto que para projetos maiores, ou que envolvam maiores impactos para a organização, eles serão extensos e com mais formalidade. Uma boa estratégia é determinar  um padrão mínimo (com a definição de uma política) de documentos obrigatórios e opcionais. Na implantação em um ambiente corporativo, devem ser considerados os padrões já existentes, como por exemplo, padrões de qualidade, ferramentas, etc.

O PRINCE2® apresenta características que o tornam bastante prático para utilização pelas empresas. Enquanto isso, o PMBOK® é mais didático no sentido de oferecer maior detalhamento  de técnicas associadas; por outro lado o PRINCE2® fornece maior detalhamento nas atividades existentes dentro de cada processo.

Segundo o OGC (2009), o método do PRINCE2® pode ajudar principalmente no gerenciamento de riscos e no controle efetivo de qualidade e de mudanças. No entanto, não cobre técnicas de gerenciamento de pessoas, técnicas genéricas de planejamento, criação e gerenciamento da gestão corporativa de qualidade, visto que podem ser encontradas em ótimas literaturas como o guia PMBOK®.

Framework: Framework para Gerenciamento de Projetos baseado no PRINCE2

Framework para Gerenciamento de Projetos baseado no PRINCE2

 Framework do PRINCE2® – clique para ampliar

Referências:

– http://www.prince-officialsite.com/Resources/Resources.aspx

– http://www.whatisprince2.net/prince2-processes.php

– http://www.prince2brasil.com.br/

– Ribeiro, Robériton L. Oliveira – Gerenciando Projetos com PRINCE2™ – Ed. Brasport – Rio de Janeiro, 2011.

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