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Assessoria de Engenharia na Gestão de Projetos Municipais – Apoio a infraestrutura urbana e rural

Publicado em 16/02/2015

I )   Introdução

O administrador público é submetido a grande diversidade de demandas, muitas delas inesperadas. As dificuldades habituais que enfrenta para atender as necessidades e expectativas públicas com escassez de recursos financeiros, técnicos e administrativos indicam uma inadiável mudança na forma de gerenciar.

Como alternativa de baixo custo e com satisfatório resultado ele pode contar com profissionais que o assessorem nas decisões, permitindo maior dinâmica no processo de gestão, o que favorece a qualidade dos serviços. Cria-se uma rotatividade de ações que referenciam todos da instituição e permite maior padronização das atividades, reduzindo as dificuldades.

Para prosseguir, mostro os escopos de demandas de nossa atualidade, expostos em congressos e encontros do gênero que me fazem acreditar na necessária atualização e valorização da administração pública, aqui, especialmente, a administração municipal que enfocando a auto sustentabilidade, promoverá maior autonomia para toda a comunidade local.

II) As Demandas

As mudanças nas leis, novos projetos nacionais, novos direcionamentos para a administração pública exigem uma adequação gradativa e com precisa estratégia.

A exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal, hoje tão discutida, as operações necessárias para fornecimento de recursos governamentais tendem ser padronizadas e controladas, como exigido em outros setores nacionais e externos. A exigência pública de maior transparência e eficácia na disponibilização de recursos impõe que os projetos sejam claros, planejados e acompanhados.

A necessidade de implantação adequada da infraestrutura urbana e rural é uma demanda de fato, física, contínua, proporcional ao nível de informação; os atuais meios de comunicação impulsionam para a melhoria, para sua ampliação e manutenção com padrões ambientais, sociais e econômicos reconhecíveis.

A saturação e a violência dos grandes centros são alguns dos indicadores de   formação de cidades polo (em Minas Gerais: Governador Valadares, Montes Claros, Divinópolis, Poços de Caldas, Juiz de Fora, Uberlândia e muitas outras) cujo crescimento e desenvolvimento promove acréscimo de autonomia regional, pressionando autoridades a desenvolverem planos diretores e ações que viabilizem sua gestão. Na oportunidade, o associativismo é inevitável promovendo planos estratégicos regionais.

A crescente onda de violência tem mostrado grande trajetória para sua reversão e é fundamental estarmos juntos como cidadãos e apoiarmos a segurança pública com projetos que promovam estabilidade e segurança a todos, garantindo moradia, ocupação social, atividades culturais e esportivas, e tudo mais que for necessário   para reduzir suas causas.  Segurança é atribuição de todos nós e transferir apenas para a segurança pública os problemas que hoje enfrentamos é uma cômoda atitude que não tem resolvido.

Muitos administradores públicos já conscientes da importância de estarem juntos nestas questões, procuram recursos técnicos e financeiros para garantirem a contrapartida necessária para uma vida melhor à todos.

As  ocupações desordenadas e agressivas ocorridas   neste último século em todo o nosso planeta, têm comprometido  recursos naturais como água, matas, fauna, mudando de forma acelerada as condições climáticas e favorecendo junto às demais causas, a proliferação de vetores e  doenças que muito oneram a administração pública, tornando necessárias ações de saúde pública associadas a mudanças de comportamento pela conscientização ambiental, pela educação geral e pela recuperação das áreas degradadas e de seus recursos .

A recente conscientização nacional das vantagens advindas de uma estrutura turística atrativa, fato constatável, é como uma locomotiva que ao chegar numa estação faz a comunidade se movimentar.

As demandas anteriormente expostas já são suficientes para indicarem uma inadiável mudança no pensamento administrativo, quando a gestão pública é pressionada e necessita apoio.

A interlocução técnica é um meio a ser adotado para que tais demandas sejam atendidas de forma eficiente e com menor custo, garantindo qualidade   com padrões e especificações acessíveis, e em muitos casos, locais. Mostra as necessidades reais, as prioridades, e como otimizar os recursos disponíveis. É um trabalho interativo e todos os participantes, consequentemente, decidem com maior segurança.

III) O Contexto Atual

Atualmente, com a transferência de deveres dos governos federal e estadual para o município e com a arrecadação tributária em definição, muitos municípios se encontram impotentes frente as crescentes dificuldades.

O panorama social, como já colocado, mudou; a população torna-se mais participativa exigindo cada vez mais de seus representantes eleitos, então mais envolvidos com maior complexidade das demandas.

Infelizmente, com tantos indicadores, em nosso país pouco se estuda a viabilidade dos empreendimentos, tampouco se projeta e planeja com o rigor necessário. Ocorre elevado desperdício e retrabalho, com consequente perda de tempo e de recursos em geral. Alguns serviços não atendem (ou mal atendem) as necessidades para as quais foram executados.

Constata-se que ocorre também pouca captação de recursos junto a instituições financeiras e a programas sociais, que atualmente exigem projetos tecnicamente bem elaborados.

 IV)  A Engenharia

Engana-se quem entende que ser engenheiro é projetar e executar obras. É um danoso paradigma que deve ser quebrado.

Engenharia é muito mais, pois ao profissional cabe desenvolver os estudos de viabilidade de projetos e empreendimentos, identificar demandas, priorizar ações, indicar soluções, fornece argumentos para decidir melhor, assessorar gestões públicas, empresariais, não governamentais, reduzir custos, garantir qualidade e segurança, preservar o meio ambiente, atuar na infraestrutura com compatibilidade regional, enfim, garantir qualidade de vida com soluções criativas e acessíveis de forma preventiva, interativa, com cuidados ambientais, acatando opiniões e tendências pertinentes e muito mais.

Nesse contexto, a engenharia voltada para a administração pública vem fornecer argumentos e conhecimentos básicos necessários a um modelo inovador de gestão.

Pela análise de viabilidade técnica econômica de um projeto, trabalha-se o empreendimento desde sua ideia inicial até sua execução. Desenvolve-se a especificação de materiais e a programação dos serviços compatibilizando a necessidade com a disponibilidade, garantindo seu sucesso e conclusão.

O engenheiro deve assessorar as decisões de governo com abordagem atualizada. É um apoio necessário à “Gestão Ótima de Serviços”; uma maior garantia de alcance da qualidade de vida com mais baixo custo e menor trabalho. Promove atratividade turística, geração de renda, satisfação das necessidades humanas.

V) Porque não contratam engenheiros

Entendem que contratar serviços de engenharia é caro. É uma questão cultural.

Cabe aos profissionais sensibilizar a população das vantagens de sua contratação.

VI) Conclusão

As demandas e problemas apresentados para alcançarem recursos e soluções dependem de apoio técnico, inadiável. Os recursos serão liberados mediante tal acompanhamento. Será necessário um período de preparação para essas mudanças que já se anunciaram.

Serviços e Produtos sem projetos, sem respectivos planejamentos, são realmente caros; a engenharia é totalmente custeada pelas economias obtidas quando contratada. Essa economia também disponibiliza recursos para outros investimentos.

A assessoria de engenharia na gestão municipal é uma grande aliada para alcance de melhores resultados.

É um apoio necessário para acertar mais, garantindo a satisfação da comunidade e o reconhecimento público do trabalho desenvolvido pelo prefeito, vereadores e demais participantes da administração.

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Autor:

Bernardo Abrahão Lopes, Professor assistente do Departamento de Engenharia de Produção da escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais/ Consultor em Gestão de Projetos Municipais.

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