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Compatibilização de projetos: prevenir para não remediar

Publicado em 22/02/2017

Fundamentalmente, fazem parte da composição de um empreendimento diversos projetos necessários ao desenvolvimento do mesmo, tais como: arquitetônico, estrutural, elétrico, hidráulico, de refrigeração, etc.

O que se observa atualmente é a separação entre a atividade de desenvolvimento dos projetos e a execução, o que caracteriza a multidisciplinaridade no desenvolvimento de uma construção, muito diferente do que era feito antigamente, onde era muito comum encontrarmos profissionais no ramo da construção civil que projetavam um empreendimento e também o executava, tornando todo o processo muito mais homogêneo.

Dentre os principais resultados desfavoráveis da multidisciplinaridade da equipe no desenvolvimento de uma obra podemos citar: o uso de programas conflitantes que não se comunicam entre as diversas disciplinas de projeto, o desenvolvimento de projetos sem padronização quanto à forma de apresentação (simbologia, nomenclaturas, etc.), o que resulta numa quantidade enorme de problemas de compatibilidade devido à falta ou falha de comunicação entre os profissionais envolvidos.

Com a heterogeneização do processo da construção civil e com a falta de um processo de compatibilização rigoroso, é muito comum e não menos preocupante, encontrarmos casos por exemplo, de no momento da execução, o executor da obra encontrar interferências entre ramais de tubulação definidos pelo projetista hidrossanitário e vigas definidos pelo engenheiro de estruturas, dentre outros problemas que demandam tempo para solução e, portanto, podem impactar no resultado final do empreendimento.

Da necessidade de minimizar os conflitos recorrentes existentes entre os projetos das diversas disciplinas constantes em um empreendimento, surge o processo de compatibilização.

A compatibilização pode ser definida de forma simplificada como a sobreposição dos diversos projetos das diferentes especialidades, com a finalidade de identificar previamente, ainda no processo pré-construção, as interferências entre eles que podem causar problemas no momento da execução e utilização final do empreendimento, otimizar e simplificar a execução, com a retidão na aplicação de materiais, mão de obra e principalmente tempo.

E a tecnologia da informação tem sido uma grande ferramenta no auxílio da organização de todos os dados gerados e compartilhamento dessas informações entre os profissionais envolvidos.

Softwares que usam o BIM como fundamentação têm sido amplamente utilizados e difundidos. BIM é a sigla em inglês para Building Information Modeling, isto é, basicamente é um modelo inteligente em 3D, no qual estão armazenadas todas as informações de uma construção, desde os projetos até os materiais que irão fazer parte da sua constituição. Dessa forma, cada profissional envolvido consegue consultar se o projeto que é de sua responsabilidade terá interferência no projeto de outro profissional envolvido.

Em suma, dentre as principais vantagens da utilização do processo de compatibilização temos: a assertividade na definição e controle de prazos (execução da obra sem interrupções), precisão orçamentária uma vez que a quantificação é feita com base no que realmente será construído (sem imprevistos), e a detecção prévia de interferências que poderiam gerar retrabalhos.

Enfim, a compatibilização de projetos surge com o objetivo de fazer interface entre as várias disciplinas de um projeto e solucionar conflitos recorrentes provocados pela fragmentação dos projetos, possibilitando o mapeamento de fatores críticos e, portanto, potencializando a probabilidade de sucesso de um empreendimento.

vinicius_ferreira

Sobre o colunista:

Vinicius Gontijo Ferreira, pós-graduado em Gestão de Projetos pelo IETEC, graduado em Engenharia de Produção Civil pela FUMEC. Atuou no setor de medições em obras civis no consórcio formado pelas empresas Camargo Corrêa e Santa Bárbara S.A, em projeto de gestão comercial e industrial pelo Instituto de Desenvolvimento Gerencial – INDG. Atuando no cargo mais recente como Engenheiro Civil Calculista, realizando o cálculo de estruturas autoportantes, de concreto armado e pré-moldado, desenvolvendo projetos de empreendimentos residenciais, comerciais e industriais, pontes, viadutos e passarelas, fundações de bases e equipamentos, recuperação e reforços estruturais. E-mail para contato: vgf362@hotmail.com

Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.

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  1. Gabriel Vieira disse:

    A compatibilização de projeto é de extrema importância para se evitar problemas futuros e evitar gastos desnecessários. Softwares de compatibilização estão a nossa disposição para facilitar o trabalho. Apesar do auto custo, é um investimento totalmente indicado, melhor gastar com a compatibilização do que com reparos de problemas.
    Concordo com o colega Alexandre, quando ele diz que como os projetos são feitos por pessoas diferentes, em escritórios diferentes, a chance dessa compatibilização gerar conflitos é muito grande e por isso mais um motivo da necessidade de um investimento em software.
    O principio da economia dentro da construção civil, vem antes de tudo o planejamento.
    #UNIPAM

  2. alexandre nunes campos disse:

    Um dos mecanismos utilizados, a COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS, é uma forma de analisar os diversos projetos que fazem parte do escopo para a edificação da obra (arquitetônico, estrutural, instalações, paisagismo, ar condicionado, impermeabilização, dentre outros), com a finalidade de solucionar interferências na execução da obra, permitindo a integração das soluções adotadas para os diversos sistemas.

    Na maior parte dos casos, os projetos são feitos separadamente e, quando não há uma interação entre os projetistas, aumentam as chances de conflitos entre os diversos projetos e, normalmente, o problema é identificado apenas durante a obra, exigindo alterações de última hora ou até a quebra de elementos já construídos – alvenarias, estruturas, instalações, etc. – para adaptação de outro sistema. # unipam

  3. Welton Branquinho de Andrade disse:

    Concordo com Diorgenes pois a tecnologia BIM possibilita visualizar as etapas construtivas antes ainda na fase de planejamento, o que possibilita evitar atrasos e e retrabalhos que causariam prejuizos. #Unipam
    Welton Branquinho de Andrade

  4. José Maria de Araújo disse:

    Concordo com Belchior pois o custo para aquisição de softwares de compatibilização é muito alto, e por isso, muitos profissionais não têm condições de investir.
    Nesse caso, é possível fazer a compatibilização através da sobreposição de projetos em CAD e identificar interferências. Porém esse método tem limitações e depende de um profissional hábil.#Unipam
    José Maria de Araújo

  5. José Maria de Araújo disse:

    Concordo com o Walter, pois o desperdício de mão de obra e materiais dentro da construção civil é muito grande.
    A Tecnologia Bim é uma excelente aliada para os profissionais da construção civil, pois proporciona facilidade durante a compatibilização, tornando o processo com maior qualidade e um custo menor, além de reduzir o prazo de execução. #Unipam
    José Maria de Araújo

  6. Ana Clara Caixeta Szymanski Nogueira disse:

    Concordo com o que o colega Diorgenes Cícero explanou. Deveríamos aproveitar melhor as tecnologias que possuímos, como a BIM, que facilitam e muito na compatibilização de projetos e na interdisciplinariedade entre os profissionais envolvidos. #UNIPAM

    Ana Clara Caixeta Szymanski Nogueira

  7. Diorgenes Cícero Silva Peres disse:

    Concordo com o Belchior, que praticamente nenhum dos escritórios de engenharia ou arquitetura tenham acesso aos softwares de BIM por causa, principalmente dos elevados preços de aquisição, e da aquisição de máquinas que façam um trabalho bom com os mesmos.E também pelo fato do nicho de mercado não possibilitar e nem demandar tamanho investimento. #unipam

  8. Walter Fernandes Machado disse:

    A principal função da compatibilização é reduzir ou até mesmo eliminar as interferências físicas e perdas de funcionalidade de uma edificação, o que ocasiona retrabalho no canteiro de obras.
    Estudos mostram que até 10% do custo de uma obra pode se dar pelo fato de ter que se realizar retrabalho e ao desperdício devido à falta de compatibilização.
    Temos ferramentas e mecanismos.
    Tecnologia BIM, por exemplo.
    Não é uma tecnologia nova (anos 70). Novo é o acesso da construção civil a essa tecnologia.
    Proporciona facilidade de processo, construção integrada, maior qualidade, menos custo, prazos de execução reduzidos.
    Walter Fernandes Machado#unipam

  9. BELCHIOR JACINTO ROSA NETO #unipam disse:

    Concordo com Diorgenes Cícero da Silva Peres, a tecnologia BIM sem dúvida e uma grande aliada não prevenção e identificação de problemas em várias etapas construtivas, além de contribuir para um cronograma mais acertado, garantindo entregas dentro dos prazos, visto que o entre fora do prazo e um dos maiores problema da construção civil em geral, essa tecnologia permite que os ambos profissionais trabalhem simultaneamente em seus projetos forçando uma interação melhor entre cada profissional afim de garantir projetos com maior riqueza de detalhes que serão distribuídos para o canteiro de obras somente após todas a verificações, diferente do que ocorre hoje. BELCHIOR JACINTO ROSA NETO #unipam

  10. BELCHIOR JACINTO ROSA NETO #unipam disse:

    Nem todos os escritórios de engenharia ou arquitetura no começo tem em seu acervo softwares de compatibilização (BIM) visto o elevados preços de aquisição, também outro fator que leva os profissionais não realizarem esse serviço e o nicho de mercado que estão inseridos, muitas veze a cidade onde esse profissional atua, tem pouca demanda para projetos mais requintados onde o público alvo ainda não paga por esse algo a mais que pode ser oferecido, contudo profissionais com experiência na execução de obras pode através de uma simples sobreposição de projetos em CAD identificar interferências e incompatibilidades entre o projeto arquitetônico e estrutural e os demais complementares (hidrossanitário, elétricos, gás e etc.), gerando um economia de tempo e material, levando para o canteiro de obras projetos com mais informações e detalhes e com suas possíveis incompatibilidades já resolvidas, claro que que esse método tem suas limitações e depende de um profissional hábil, no entanto para pequenos escritórios acredito ser um boa alternativa afim de mostrar um trabalho diferenciado sem recorrer a uso de softwares específicos, usando um base ainda universal entre os projetista que o arquivo em DWG. BELCHIOR JACINTO ROSA NETO #unipam

  11. BELCHIOR JACINTO ROSA NETO #unipam disse:

    Concordo com Diorgenes Cícero da Silva Peres, a tecnologia BIM sem dúvida e uma grande aliada não prevenção e identificação de problemas em várias etapas construtivas, além de contribuir para um cronograma mais acertado, garantindo entregas dentro dos prazos, visto que o entre fora do prazo e um dos maiores problema da construção civil em geral, essa tecnologia permite que os ambos profissionais trabalhem simultaneamente em seus projetos forçando uma interação melhor entre cada profissional afim de garantir projetos com maior riqueza de detalhes que serão distribuídos para o canteiro de obras somente após todas a verificações, diferente do que ocorre hoje.

  12. Thiago Rangel Ribeiro disse:

    Analisando o artigo observamos a importância do processo de compatibilização para a redução de prazos e economia na construção civil, processo que muitas vezes é negligênciado, possibilitando nos deparar com situações peculiares como vigas atravessando janelas. O autor cita o BIM como solução devido a sua capacidade de interagir com vários projetos ao mesmo tempo, porém no panorama atual essa tecnologia se torna inviável para obras de pequeno porte devido seu alto custo, em casos como esse é indispensável que se faça a sobreposição manual ou em desenhos CAD 2D.
    Thiago Rangel Ribeiro
    #unipam

  13. Walter Fernandes Machado disse:

    A principal função da compatibilização é reduzir ou até mesmo eliminar as interferências físicas e perdas de funcionalidade de uma edificação, o que ocasiona retrabalho no canteiro de obras.
    Estudos mostram que até 10% do custo de uma obra pode se dar pelo fato de ter que se realizar retrabalho e ao desperdício devido à falta de compatibilização.
    Temos ferramentas e mecanismos.
    Tecnologia BIM, por exemplo.
    Não é uma tecnologia nova (anos 70). Novo é o acesso da construção civil a essa tecnologia.
    Proporciona facilidade de processo, construção integrada, maior qualidade, menos custo, prazos de execução reduzidos.

  14. BELCHIOR JACINTO ROSA NETO #unipam disse:

    Nem todos os escritórios de engenharia ou arquitetura no começo tem em seu acervo softwares de compatibilização (BIM) visto o elevados preços de aquisição, também outro fator que leva os profissionais não realizarem esse serviço e o nicho de mercado que estão inseridos, muitas veze a cidade onde esse profissional atua, tem pouca demanda para projetos mais requintados onde o público alvo ainda não paga por esse algo a mais que pode ser oferecido, contudo profissionais com experiência na execução de obras pode através de uma simples sobreposição de projetos em CAD identificar interferências e incompatibilidades entre o projeto arquitetônico e estrutural e os demais complementares (hidrossanitário, elétricos, gás e etc.), gerando um economia de tempo e material, levando para o canteiro de obras projetos com mais informações e detalhes e com suas possíveis incompatibilidades já resolvidas, claro que que esse método tem suas limitações e depende de um profissional hábil, no entanto para pequenos escritórios acredito ser um boa alternativa afim de mostrar um trabalho diferenciado sem recorrer a uso de softwares específicos, usando um base ainda universal entre os projetista que o arquivo em DWG.

  15. VICTOR SOUTO SIMAO disse:

    Concordo com o colega Diorgenes, a prática de compatibilização é uma forte aliada no combate a problemas crônicos de obras, como retrabalhos e atrasos. A tecnologia BIM, embora ainda muito onerosa para pequenos escritórios, será indispensável em um futuro próximo devido suas inúmeras vantagens. A compatibilização evita ainda que decisões erradas sejam tomadas pelos colaboradores de obras, como por exemplo: um bombeiro hidráulico que fura uma viga para passar uma tubulação de água, e o faz sem nenhum aval técnico (situação recorrente em pequenas obras) Victor Souto Simão #unipam

  16. Diorgenes Cícero Silva Peres disse:

    Analisando o artigo é mostrada a importância de uso de tecnologias para prevenir futuros problemas. Com a tecnologia BIM, por exemplo, existe a possibilidade de visualizar várias etapas construtivas antes do início das obras. Isso possibilita inúmeras vantagens como, por exemplo, contribuir com a redução do atraso na entrega, o que recorrentemente causa reclamações em órgãos públicos, como o de defesa do consumidor. Ou seja, uma tecnologia que permite que todos os envolvidos, do arquiteto ao engenheiro eletricista e mecânico, passando pelo calculista, possam visualizar o projeto como um todo. Diorgenes Cícero da Silva Peres #unipam

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