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Construção e Montagem: Método construtivo

Publicado em 31/10/2014

Resumo:

Sabemos que métodos construtivos estão disponíveis nos mais diversos ramos e enfoques da engenharia civil e que a busca por novas tecnologias que possam gerar menores prazos de execução, maior qualidade, menor custo e menor impacto ambiental é constante nesse mundo de grande competitividade.

Este trabalho visa apresentar uma abordagem sobre métodos construtivos, desde a sua conceituação assim como a forma como ele é aplicado e onde pode ser utilizado.

Dentro dessa abordagem e no contexto da busca por novos materiais, equipamentos, e novo modo de fazer engenharia, também será apresentado aqui uma descrição, como exemplificação, de um método construtivo mais inovador utilizado em redes de drenagem pluvial, contraponto também com um método construtivo mais tradicional de rede de drenagem utilizado no Brasil.

1. Método construtivo: o que é?

Executar e construir qualquer que seja o projeto dentro da engenharia exige um estudo preliminar com a definição de como será executada cada etapa da construção. É necessário definir a priori as técnicas, os procedimentos, as tecnologias, as máquinas e os equipamentos que serão utilizados na execução. Esse conjunto de itens agrupados e utilizados de forma racional a fim de alcançar um objetivo determinado é o que chamamos de método construtivo.

A construção civil principalmente no Brasil ainda é muito artesanal no seu processo produtivo, e isso a diferencia dos demais processos industriais, visto que existe uma dificuldade de padronização dos procedimentos. Para minimizar essa dificuldade de padronização muitas empresas tem buscado utilizar novos métodos de construção que passam por adotar novos materiais, equipamentos e novas técnicas.

Ao longo da história percebe-se que, em todas as épocas da existência humana os métodos construtivos evoluíram pressionados por conjunturas sociais e econômicas inerentes a cada tempo. A busca por soluções inovadoras especialmente na construção civil tem sido tarefa constante para pesquisadores e profissionais da área. Há que se estudar e pesquisar formas construtivas que gerem melhores construções tanto no quesito qualidade, quanto no quesito economia.

Na busca pela racionalização e industrialização e na procura por novos processos construtivos, a construção civil vem procurando incorporar os conceitos de qualidade já utilizados na indústria de transformação, tal qual a “Inovação Tecnológica”, a fim de atingir melhores níveis de desempenho em seu processo.

Os materiais, as formas e as técnicas que utilizamos nas construções atuais são um pouco diferentes dos materiais de épocas anteriores, visto que os métodos construtivos se desenvolveram ao longo dos anos graças ao avanço da tecnologia.   Com esse avanço, foi possível desenvolver novos materiais, novos equipamentos e novos estudos dos processos construtivos.

Nas construções de edifícios, por exemplo, podem ser encontrados métodos construtivos distintos nas mais diversas etapas da construção:

  • No tipo de fundação;
  • No tipo de estrutura;
  • No tipo de cobertura;
  • No tipo de vedação, etc.

Nas imagens abaixo podemos visualizar a construção de 2 edifícios com métodos construtivos distintos, tanto na estrutura, quanto na vedação.

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Figura 1 – Prédio em Estrutura Metálica com vedação em vidro (Casa do Comércio – Salvador/BA)
Fonte: http://www.textoecia.com.br/homenagem-as-maes-esta-entre-os-destaques-da-agenda-do-sesc-em-maio/n

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Figura 2 – Prédio em Estrutura de Concreto Armado com vedação em alvenaria de bloco cerâmico (Empreendimento Mares do Norte Residence – Lauro de Freitas/BA).
Fonte: Arquivo Pessoal

Mesmo com a evolução tecnológica, no Brasil continuamos a utilizar em maior escala os métodos mais tradicionais. Ainda hoje aqui grandes torres são construídas assentando tijolo por tijolo. No exterior esse cenário é um pouco diferente, uma vez que, é muito comum a utilização de métodos construtivos que o brasileiro tem muita resistência a aceitar. Um exemplo são as paredes em drywall.

    

Método Construtivo: Como Se Aplica

Com a grande concorrência e com as mudanças que vem ocorrendo nos últimos anos, as empresas vêm buscando se diferenciar a fim de se tornarem mais competitivas. Tornar a construção me­­nos artesanal e dependente da eficiência de cada operário na obra está entre os objetivos de novos métodos construtivos que estão sendo utilizados pelos construtores.

Nesse contexto, podemos verificar que os métodos construtivos vêm evoluindo ao longo dos anos, na busca constante para proporcionar aos projetos: leveza, resistência, conforto, durabilidade, redução do desperdício, maior produtividade, melhoria da qualidade, redução de custo, maior competitividade e atualmente também menor impacto ambiental.

Porém, é preciso ter em mente que antes da tomada de decisão sobre qual método construtivo adotar é necessário avaliar os impactos no produto, logística e prazo de execução, disponibilidade da solução no mercado, entre outros. Essas variáveis devem ser estudadas para determinar se há vantagem na relação custo-benefício do projeto.

O processo de iniciação para implantação e melhor aproveitamento da inovação tecnológica, deve ser abordado antes da elaboração de qualquer projeto, ainda na fase de concepção deste.  A tomada de decisão nesse período evita que se considerem soluções técnicas inadequadas. Desta maneira, descartam-se alterações de grandes proporções na fase de desenvolvimento do projeto executivo, onde mudanças e substituições podem acarretar desgastes desnecessários.

Os métodos construtivos estão presentes em todos os ramos dentro da construção, entre eles podemos citar: a construção de edifícios, a construção de estradas, a execução de redes de drenagem, a execução de rede de água potável, a construção industrial. Cada um desses ramos podem apresentar obras com um método construtivo mais tradicional ou outro mais inovador.

 A execução de uma rede de drenagem, por exemplo, pode ser realizada com um método mais tradicional, como é o caso da execução com manilha de concreto pré-moldado e pode ser realizada com um material elaborado com alta tecnologia, como é o caso do tubo corrugado de PEAD (Polietileno de Alta Densidade).

No caso da rede de drenagem, as atividades de ambos os métodos construtivos possui etapas basicamente muito similares: escavação, base de assentamento, lançamento do tubo, encaixe do tubo e reaterro. As peculiaridades referentes ao tipo e as características dos materiais é que os diferencia.

O tubo tecnológico de Polietileno de alta densidade possui características de durabilidade, de alta resistência ambiental, de longa vida útil, de leveza, o que facilita e agiliza o transporte, carregamento e instalação, de boa eficiência hidráulica e boa resistência estrutural devido a sua parede dupla de parede interna lisa e parede externa corrugada. Além disso, possui um sistema de união que garante 100% de hermeticidade, o que o torna 100% ecológico ao não contaminar os lençóis freáticos.

Grande parte das características desse material facilita o processo produtivo, melhorando a produtividade e reduzindo muito o tempo da atividade. Logo abaixo é possível visualizar o esquema com as etapas do método de aplicação da tubulação e o esquema da vala padrão da rede acabada.

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Figura 3 – Esquema do método de aplicação do Tubo Corrugado de PEAD

Fonte: Catálogo de drenagem Tigre-Ads

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Figura 4 – Esquema da Vala de Drenagem com Tubo Corrugado de PEAD

Fonte: Catálogo de drenagem Tigre-Ads

Comparando a utilização do tudo de PEAD com o método utilizando as manilhas de concreto pré-moldado percebemos uma redução na quantidade de horas de equipamentos utilizados (guindaste ou retroescavadeira), desde a fase do transporte e descarga até o lançamento de todas as manilhas, tudo isso devido a diferença de peso próprio dos dois materiais. Consequentemente, isso acarreta em uma menor quantidade de horas de mão de obra para lançar uma mesma quantidade de rede. O mesmo acontece na ligação de encaixe das manilhas que necessita de mais horas da mão de obra para que seja feita a consolidação no encontro das juntas das peças de pré-moldado com argamassa, atividade esta que não é necessária no método com PEAD.

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Figura 5 – Rede de drenagem com PEAD

Fonte: www.tigre-ads.com/br/

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Figura 6 – Rede de drenagem com manilha de concreto pré-moldado

Fonte: www.pedreirao.com.br

Portanto, conforme informações do fabricante do tubo de PEAD e por todas as características destacadas, é possível conseguir uma economia de até 25% utilizando esse material, 3 vezes mais de vida útil e facilidade de instalação que permite diminuir pela metade o tempo programado de uma obra.

Levando em consideração toda a abordagem levantada podemos dizer que apostar em novos métodos construtivos pode trazer muitas vantagens para os projetos.

NOTA DO PORTAL PMKB: faça download de modelo de Controle de Inspeções.

Referências:

Artigos_pmkb

Sobre os Autores:

Autor: Fábio Eduardo Resende de Freitas, Pós-graduando no Curso de Aperfeiçoamento em Gestão de Projeto em Construção e Montagem pelo IETEC/MG. Engenheiro Civil graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Experiência como Engenheiro Civil na empresa Abril Construções atuando áreas de planejamento e execução de estradas e saneamento. Atualmente desempenho a função de Coordenador de Infra-estrutura na Anglo American, onde é responsável pela execução Barragem de Rejeito, Terraplanagem Adutora, obra de saneamento e interfase com a Engenharia

Autora: Tássia Dias FigueredoPós-graduanda no Curso de Aperfeiçoamento em Gestão de Projeto em Construção e Montagem pelo IETEC/MG. Engenheira Civil graduada pela Universidade Federal da Bahia e Graduada em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual pela Universidade do Estado da Bahia. Experiência de cinco anos como responsável pelo programa de Engenharia/Planejamento e como Jovem parceira na Odebrecht Infraestrutura em Angola. Experiência como Técnica de Projeto, Construção e Montagem na Petrobras. Atua com acompanhamento técnico e planejamento de obra e compras, elaboração de propostas técnico-econômicas, Identificação e estudo de viabilidade de soluções de engenharia. E-mail: tassiafigueredo@yahoo.com.br

Autor: Vinicius Chamone Cardoso, Pós-graduando em Gestão de Projetos em Construção e Montagem pelo IETEC/MG. Engenheiro de Controle e Automação graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Experiência como Analista de Programação e Controle na Logos Engenharia S/A e Anglo American. Atualmente desempenho a função de Analista Financeiro na Vale S/A, projeto Itabiritos Conceição. Atuo no controle e detalhamento de Capex, desenvolvimento de cronogramas econômicos/financeiros, análise e controle de aderência orçamentária e elaboração de relatórios gerenciais. E-mail: viniciuschamone@gmail.com

Contexto: o presente trabalho é resultado de pesquisa realizada com alunos da 5a Turma de Gestão de Projetos em Construção e Montagem com coordenador Ítalo Coutinho do IETEC.

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