Publicado em 07/07/2014
Gerir pessoas é sem dúvida, um dos maiores desafios no gerenciamento de projetos. Não é por acaso que a 5ª Edição do Guia PMBOK ganhou uma nova área de conhecimento: Gerenciamento das Partes Interessadas do Projeto. Anteriormente, o gerenciamento das partes interessadas era tratado no Gerenciamento das Comunicações. Com a mudança, o PMI reforça a importância do relacionamento com todos os envolvidos do projeto.
Apesar de existirem no mercado diversos cursos, treinamentos e literaturas sobre o tema liderança, não podemos dizer que existe uma receita para montar uma grande equipe e garantir que todos dedicarão seu potencial em busca das metas. Isso ocorre por diversos motivos, dentre eles:
- Pessoas são diferentes, possuem desejos e motivações diversas;
- Projetos são únicos. Nem sempre a equipe de sucesso de um projeto será boa para outro projeto;
- Falta de preparo para trabalhar sob pressão;
- Falhas no trabalho em equipe, quando cada um quer resolver o que é de seu interesse primário;
- O conceito de líder se confunde com o cargo de chefe;
- Inexistência de um programa premiação por meritocracia;
Para discutir equipes e liderança nada melhor do que exemplificar através do esporte. Não é por acaso que muitos esportistas se tornam grandes palestrantes sobre o tema após se aposentarem, ou até mesmo antes de interromperem as atividades. É o caso de Bernardinho, técnico da Seleção Brasileira de Voleibol e Oscar, ex-jogador de basquete.
Em tempos de Copa do Mundo no Brasil, alguns fatos chamam a atenção. Um deles é o relacionamento do técnico da Seleção brasileira, Luís Felipe Scolari, com seus comandados. Sem entrar no mérito dos jogadores selecionados e das suas opções táticas, podemos identificar no Felipão um grande líder ao montar um grupo unido e focado em busca de um objetivo único. Vencer será uma conseqüência da partida, mas ele consegue fazer com que os jogadores corram por ele.
Outro exemplo, desta vez de um erro de liderança, foi o fato de o capitão Thiago Silva chorar no fim da prorrogação das oitavas de final, quando o Brasil empatava com o Chile e a decisão foi para os pênaltis. Sem querer questionar o talento do zagueiro, porém ele errou não suportou a pressão e fraquejou no momento que o time mais precisava de apoio e confiança.
Na ocasião, outros jogadores assumiram o papel de liderança e a Seleção conseguiu vencer a partida. No entanto, imagine o desespero de uma equipe quando numa situação de grande tensão, o gerente cai em prantos. O desespero do líder, pode abalar toda a equipe.
Saber relacionar e conduzir a equipe de maneira eficiente é o nosso maior desafio, afinal de contas, não se faz projetos sozinhos. Os exemplos estão em todo lugar e precisamos desenvolver a melhor maneira de agir em cada situação, com cada pessoa, e assim poderemos alcançar nossas metas.
Sobre o Colunista: Duílio Paiva, profissional pós-graduado em gestão de projetos pelo IETEC, engenheiro de Produção/Civil pela FUMEC com formação técnica em Edificações pelo CEFET/MG. Possui nove anos de experiência na construção civil, onde atuou em obras de infraestrutura, industrial, predial e ferroviária. Atualmente engenheiro de planejamento da PHV Engenharia, onde é responsável pelo planejamento e controle de obras comerciais e residenciais de alto padrão.
E-mail de contato: duilio.paiva@outlook.com
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