Project Management Knowledge Base – Conhecimento e Experiência em Gerenciamento de Projetos

Clique Aqui para uma busca avançada.

Liderança em projetos de inovação: A ciência da gestão está em transformação

Publicado em 04/09/2015

A ciência da gestão está em transformação. Até as duas últimas décadas do século XX gestão tinha um significado; administração.

No século XXI, dizem os especialistas que gestão passou a significar inovação.

O motivo é o desvio dos olhares para a inovação como o principal foco da estratégia das empresas que se mostram vencedoras.

Mas por quê?

A resposta está na evidente aceleração no ciclo de vida dos mercados com reflexos em todas as formas de inovação; produtos e serviços, processos, marketing, modelos de gestão, modelos de negócio, e acredite até mesmo em profissionais.

É um pouco estranha essa mudança.

Mas é fato.

Quanto mais o tempo passa, mais demanda por inovação, com mais frequência.

E também podemos constatar que a teoria das “empresas feitas para durar” é pura ilusão.

Não existe empresa feita para durar.

A tendência de toda empresa é a mesma da existência humana; limitada, com prazo de validade.

É por isso que existe gestão. Do contrário não seria necessário gerir nada.

Conhecimento é base para a Inovação

A erosão do valor nos negócios então é uma realidade e por isso a inovação que antes acontecia esporadicamente, se torna inevitável.

Como processo, passa a ser gerida.

E daí nasce a gestão da inovação.

Essa gestão segue um fluxo cíclico iniciado pelo conhecimento, seguido de outras etapas conforme a figura abaixo:

O conhecimento é a base para a inovação e sua gestão é fator crítico para a inovação sistemática, verdadeira versão do processo inovativo que interessa.

Também é o conhecimento que alavanca os planejamentos estratégico e tecnológico.

A partir de então, o processo de gestão da inovação segue com a gestão de ideias de forma colaborativa e compartilhada.

As ideias passam pelo funil e são categorizadas em imediatamente promissoras, boas para o futuro próximo e boas possibilidades futuras.

Não existe ideia ruim.

O que tem existido são ideias fora do contexto atual e muito comumente gestores “assassinos” de ideias e “assassinos” da criatividade.

Essa etapa da gestão de ideias já nos faz refletir sobre a primeira tarefa essencial de um líder de um projeto de inovação; incentivar verdadeiramente a geração de ideias e de forma sistematizada.

O maior desperdício de muitas empresas é exatamente nesta fase de criação.

As ideias imediatamente promissoras dão origem a um portfólio de projetos.

E os projetos prioritários são eleitos.

Desafios do Líder na Gestão da Inovação

É neste ponto que começa o maior desafio do gestor; transformar o projeto em inovação, gerando lucro e/ou redução de custo, com máxima eficiência, no prazo estipulado (certamente o menor possível, pois o mercado não aguarda), mitigando todo tipo de risco, a começar pelos riscos da própria execução e usando os recursos disponíveis.

Haja coração!

Haja liderança!

Sem contar que em determinados casos, temos a inevitável fase da prototipagem, que inclusive tem sido alvo de grandes aprimoramentos na ciência da inovação.

Podemos dizer que os protótipos são a nossa última chance de “errar à vontade” e não há nada de mal nisso.

Em gestão da inovação, eficiência é errar bastante durante o fluxo, para não descobrirmos que erramos depois dele, quando a oferta já está no mercado ou quando já investimos “muita grana” ou muito tempo no desenvolvimento de um novo processo, estratégia de marketing, modelo de gestão ou de negócio.

Por último o gestor de projetos aciona a gestão de marketing, que na saída do funil assume um papel de propagação da oferta, seja no ambiente interno ou externo à empresa.

Desta forma, cada projeto de inovação é criado com base em ideias potenciais e a partir de sua execução fica clara a grande missão do líder; obter o máximo desempenho das pessoas que colaboram para o resultado.

Assim, o líder de um projeto de inovação precisa ser um verdadeiro “maestro” e acima de tudo deixar muito claro para sua equipe que dois principais indicadores balizam as ações:

1) O tempo total até o mercado (a medida de tempo entre o surgimento da ideia e o início do retorno financeiro como lucro e/ou redução de custo)

2) Lucratividade/redução de custo (quanto dinheiro novo apareceu como consequência do projeto)

Todo projeto de inovação é alvo deste tipo de métrica.

Do contrário simplesmente não haverá inovação.

Por definição, se o projeto for de um novo produto, o sucesso em vendas é o mínimo que se espera.

Se for de um processo, espera-se mais eficiência com elevação de lucros e/ou redução de custos.

Se for de uma inovação em marketing, também se espera uma “alavancagem” nas vendas, que é afinal o grande objetivo do marketing.

Se for inovação em gestão, a expectativa será de uma mudança na estrutura organizacional e consequentemente nos resultados.

E se for de um modelo de negócio também esperaremos mais resultado financeiro.

Inovação é transformar ideias em resultado

No mundo dos negócios, só é inovação se acontecer “a mágica” de transformar ideias em resultado.

É por isso que muitos inventores geniais não são inovadores, pois apesar de seu talento, conhecimento, trabalho duro e criatividade notável, seus projetos não se transformaram em dinheiro.

Em minhas conferências pelo país, quando o tema é liderança sempre uso uma simples definição; “liderar é colocar as pessoas no caminho do resultado e acompanhar todo o percurso, de corpo e alma”.

O lado mitológico da liderança, tão explorado por muitos autores do assunto, certamente tem um papel importante na ativação da motivação para liderar.

Mas de fato, também precisamos do lado pragmático, lúcido, conscientes de que estamos acima de tudo correndo contra o tempo e atrás do resultado.

Liderar projetos de inovação é sem sombra de dúvida uma das maiores competências deste século.

A gestão de projetos já está na rota da inovação e cada vez mais fará diferença para os líderes que já deram o primeiro passo no caminho que leva ao resultado.

daniel_bizon

Sobre o Colunista: Daniel Bizon, é pós-Graduado em Marketing Estratégico pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais é coautor dos livros Ser Mais em Gestão de Pessoas e Motivação em Vendas. Seu trabalho tem um grande diferencial: informação e mágica juntos, resultando em palestras de alto impacto para gerar conhecimento, motivação e transformação nos negócios. Em 02 anos consecutivos recebeu o título “Speaker of The Year Brazil” (Palestrante do Ano Brasil) pelo Latin American Quality Institute, a mais importante Organização de reconhecimento da Qualidade da América Latina. Em Buenos Aires – Argentina recebeu o Prêmio Latino-Americano de Qualidade 2011 (Latin American Quality Awards 2011), como um dos melhores palestrantes da América Latina.

E-mail de contato: contato@danielbizon.com.brAcesse o site do palestrante Daniel Bizon: http://www.danielbizon.com.br.

Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.

Imprimir

Ainda não recebemos comentários. Seja o primeiro a deixar sua opinião.

Deixe uma resposta

Li e concordo com a Política de Privacidade

Compartilhe:

Av. Prudente de Morais, 840 Conjunto 404

++55(31) 3267-0949

contato@pmkb.com.br

Seg á Sex de 09hrs á 18hrs

×