Project Management Knowledge Base – Conhecimento e Experiência em Gerenciamento de Projetos

Clique Aqui para uma busca avançada.

O gerenciamento de riscos e a saúde do Projeto

Publicado em 22/07/2014

No Gerenciamento de Projetos, um dos aspectos mais importantes a se considerar é o Gerenciamento de riscos. Um risco, basicamente, é um evento ou uma condição futura que, caso aconteça, tem determinado efeito em um dos objetivos do Projeto. Esses objetivos podem se referir ao escopo, ao prazo, ao custo ou à qualidade.

Os riscos têm sua origem em incertezas, tornando-os inerentes a qualquer Projeto. É importante, então, o estabelecimento de critérios que determinem se a organização está disposta a aceitar o grau de risco a que uma dada escolha pode levar, o que denominamos como tolerância a riscos. Essa tolerância é definida de acordo com a probabilidade do risco acontecer e com o impacto que ele pode causar.

correr-risco

Por que correr riscos?

Com base nessas informações, seria de se esperar que os riscos sempre fossem evitados no processo de Gerenciamento de Projetos, porém isso não acontece. O motivo é que sempre existe, associada a um risco, uma oportunidade, que é o ganho que se pode obter a partir da mesma escolha ou atitude que leva ao próprio risco.

Então, por exemplo, na construção de um shopping, o projetista luminotécnico poderia disponibilizar dois projetos, de forma que um apresentasse um custo menor, com equipamentos usuais e layout tradicional e outro um sistema mais arrojado e moderno, com custo superior ao primeiro, porém mais confortável, o que poderia chamar mais clientes para o espaço. Nesse caso, a oportunidade seria o aumento de clientes e, consequentemente, de lucro para o shopping e o risco seria o aumento do custo do empreendimento sem um retorno adicional.

As etapas do Gerenciamento de riscos

Existem dois tipos distintos de riscos, que são os riscos conhecidos, identificados e analisados de antemão, possibilitando o planejamento de respostas consistentes, e os riscos desconhecidos, que não se consegue gerenciar de forma proativa, criando a necessidade de um plano de contingência.

Seguem abaixo as etapas a serem seguidas no Gerenciamento de riscos conhecidos, de acordo com o PMBOK – Quarta Edição:

Planejamento do gerenciamento de riscos: Definição das diretrizes a serem seguidas para se conduzir o gerenciamento de riscos;

Identificação dos riscos: Determinação dos riscos que podem afetar um Projeto e documentação de suas características;

Realização da análise qualitativa dos riscos: Processo de priorização dos riscos com base em sua probabilidade de ocorrência e impacto;

Realização da análise quantitativa dos riscos: Análise numérica dos efeitos do risco analisado;

Planejamento das respostas aos riscos: Desenvolvimento de opções e ações que aumentem as oportunidades e reduzam as ameaças aos objetivos do Projeto;

Monitoramento e controle dos riscos: Implementação dos planos de resposta aos riscos, monitoramento e controle dos riscos conhecidos, identificação e análise de novos riscos e avaliação da eficácia dos processos implementados para tratamento dos riscos.

Conclusão 

conclusao

Todo Projeto bem gerenciado conta com um plano eficaz para Gerenciamento de riscos, que os aborde de forma consistente para cada caso. A organização deve se comprometer em lidar de forma proativa com os riscos ao longo de todo o ciclo de vida do Projeto e em todos os níveis e departamentos de que dispõe, aumentando assim as chances de sucesso.

É importante que cada detalhe capaz de influenciar nos resultados obtidos por dado Projeto seja considerado. O Gerente de Projetos deve ser flexível e estar preparado para as várias situações a que o dinamismo da execução de um Projeto pode levar. Ele deve ter ciência de que imprevistos acontecem, antecipar-se a eles, se possível, e racionalizar ao máximo o processo e os recursos disponíveis para contê-los de forma eficiente, garantindo assim a satisfação das partes interessadas.

bruno_augusto
Sobre o Colunista: Bruno Augusto, estudante do Curso de Engenharia de Produção Civil no CEFET MG. Trabalha há 3 anos como Assistente de Engenharia em Planejamento e Controle de obras de galpões industriais, na empresa SGO construções. Na área de construção, também já atuou com controle tecnológico de concreto e execução de obras prediais. Técnico em Química formado pelo CEFET MG, trabalhou por 1 ano e meio como Inspetor de qualidade em uma indústria da Coca Cola Company. Criador e idealizador do blog A Engenharia em Foco:  http://aengenhariaemfoco.blogspot.com.br.

E-mail de contato: brunosilva.civil@gmail.com

Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.

Imprimir

  1. Ronei Rodrigues disse:

    Sobre o artigo acima, especificamente sobre a importância de um planejamento bem elaborado, analisando todos os riscos é fundamental para o sucesso e lucratividade de um projeto. Todo risco deve ter uma resposta e/ou plano de contingência, acredito que 100% dos riscos não temos como prever e consequentemente eliminá-los, mas um gerenciamento com a devida importância vai metigar o impacto que pode causar.
    Outro ponto importante é o monitoramento e controle destes, riscos como dito acima tem que haver uma respostas e/ou plano de contingência, que para determinados riscos essas respostas deve ser executada em tempo hábil, caso não tem monitoramento efetivo pode ser tarde para uma solução.
    Quanto a citação do autor em relação ao projeto de um shopping, em partes discordo, quando se refere ao risco de que o projeto mais robusto e moderno que logicamente aumenta o custo, não tem retorno adicional. Se o projeto é mais complexo entendo que o “retorno” adicional será incluído no valor do projeto, certamente terá um custo maior para o cliente do que o projeto mais simples e convencional.

    Ronei Rodrigues

  2. Gus985 disse:

    Assim como mencionado no artigo acima, o Gerenciamento de Riscos deve ser executado com rigor para manter a saúde do projeto. Um Gerenciamento de Riscos bem planejado, minimiza drasticamente as chances de erro no projeto. Incertezas sempre existirão em qualquer projeto, porém, essas incertezas poderão ser mapeadas. Os riscos conhecidos devem ser neutralizados e os desconhecidos devem vir à tona o mais cedo possível.

    Cabe à organização decidir se pode correr riscos. Se irá afetar o prazo, custo e escopo do projeto. Se o risco for algo tangível, que não causará muito impacto ou que se causar, a organização terá condições de neutralizá-lo rapidamente. Então este risco será um contratempo.

    As oportunidades são grandes atrativos de riscos. Sempre surgirá aquela oportunidade de incrementar no projeto um atrativo que poderá resultará em um retorno futuro. Essa oportunidade poderá ser boa, ou não. Acarretará custos a mais no projeto, podendo afetar também o escopo e prazo.

    O Planejamento de Riscos deve prevê-los quantitativamente e qualitativamente. Deve mapear as ameaças e oportunidades afim de priorizá-los com base em sua probabilidade de ocorrência e impacto.

Deixe uma resposta

Li e concordo com a Política de Privacidade

Compartilhe:

Av. Prudente de Morais, 840 Conjunto 404

++55(31) 3267-0949

contato@pmkb.com.br

Seg á Sex de 09hrs á 18hrs

×