Principais indicadores na gestão de projetos

Como é de praxe em todo gerenciamento de projetos, um dos principais retratos da gestão é a apresentação dos indicadores para todos os envolvidos. Este é o momento de “venda do peixe”, é a hora em que se explicitam as principais evoluções em determinados períodos assim como os pontos mais impactantes na evolução do projeto.

Comumente é o momento de grande desconforto para alguns e exaltação para outros, mas para a diretoria e demais envolvidos, é o momento em que se avalia o teor do investimento e põe em prova a qualidade da gestão, pois é um momento de desafio para o gerente onde este mostra sua habilidade em apresentar bons resultados.

Também chamados de KPI’s (Key Performance Indicator– Indicador-chave de Desempenho) os indicadores são indispensáveis no gerenciamento de qualquer natureza de projeto. Tão comum quanto presentes em toda literatura de gestão o que faz deles uma necessidade para o gestor, e verdade seja dita, apresentar indicadores nas reuniões sempre impressiona.

Os principais e mais impactantes indicadores são resumidos em: impacto, efetividade, desempenho e operacionais, estes podendo ser subdivididos e avaliados como: Indicadores de Eficiência, Indicadores de Eficácia, Indicadores de Capacidade, Indicadores de Produtividade, Indicadores de Qualidade, Indicadores de Lucratividade, Indicadores de Rentabilidade, Indicadores de Competitividade, Indicadores de Efetividade, Indicadores de Valor.

Importante lembrar que, todo indicador apresenta um comparativo de objetivos e resultados alcançados e com base em seus resultados é possível estabelecer novas metas, planos de ações corretivas, bônus, entre muitos outros ganhos para o negócio.

Indicadores de impacto – São responsáveis por medir os resultados de acordo com os reais objetivos do projeto em longo prazo. O alvo principal deste tipo de indicador saber se o projeto conquistou seu proposito. Podem ser representados por colunas. São resultados absolutos (já efetivados). Por exemplo: pesquisas.

Indicadores de efetividade – são responsáveis por medir resultados dos objetivos propostos em um determinando período de tempo. Geralmente aplicados em Planos de Ação, pois aborda avanços em um determinado período. Desta forma é feita a comparação com base no que alavancou o negócio. Exemplo: produto A e produto B, qual opção aumentou a lucratividade da empresa em um período de crise? Pode ser representada por colunas, gráfico de pizzas, esta tem como finalidade mostrar a contribuição individual em um total efetivado.

Indicadores de desempenho – são responsáveis por evidenciar se os resultados planejados foram alcançados. São os indicadores mais comuns em grande parte dos projetos, pois apresenta uma trajetória de data início e data fim distribuindo quanto e quando temos desvios ou se trabalhamos acima de nossa linha de base. Geralmente são representados por linhas, ou simplesmente, Curva S, Curva de Rundown, Gauss, etc. Muito comum em projetos de engenharia.

Indicadores operacionais – são responsáveis pela medição de toda a vida de um projeto. Tem como alvo as atividades e os recursos indicam a tendência do projeto, caso não exista nenhuma ação efetiva de alteração do curso atual. O alvo dos indicadores operacionais são as atividades e os recursos dos projetos. O monitoramento dos indicadores de projetos é realizado diariamente ao longo de todo o projeto. Também podem ser representada por curvas, pizza, barra, bolhas, dispersão. Muito comuns em projetos de auditorias, segurança e saúde, etc.

Nota: No exemplo abaixo (Selecionado quatro setores de produção e seus produtos, nos eixos os dados de valor total da venda e quantidade de produtos vendidos). Note que o produto mais caro não é o campeão em vendas.

Algumas métricas mostradas neste artigo são avaliações de desempenho das empresas em geral, indiferente do tipo de projeto em que atuam. Outros podem ser indicadores de desempenho que devem ser calculados através de uma ação conjunta de medidas e de acordo com o negócio e suas funções individuais, como por exemplo, projetos de comercialização, vendas, mas, é importante ressaltar que para determinar o sucesso de várias operações e ações corretivas que podem ser tomadas para fazer melhorias á partir dos resultados dos indicadores, vale o jogo de cintura que se exige do GP e estas medidas devem ser de uso por todos os envolvidos nos projetos.

Sobre a Colunista: Sandra Santos  é Mestre em Direção de projetos pela Universidade Miguel de Cervantes. Administradora, formada na Universidade Estácio de Sá, com segunda graduação em Processos Gerenciais pela universidade Metodista de São Paulo; MBA em gerenciamento de projetos pela AVM Cândido Mendes; MBA em petróleo e gás pela AVM Cândido Mendes; Atualmente é graduanda do curso Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Possui especialização em docência para nível superior pela FGV; Atua como consultora das ferramentas de gestão Primavera, MS Project e SGI. Atua no desenvolvimento de processos de gestão, preparação para auditorias internas e administração contratual de projetos no setor de óleo e gás e Governança de TI. Co-autora dos Livros Ser Mais com Equipes de Alto Desempenho, Damas de Ouro, Editora Ser Mais.

E-mail de contato: ssantosdesouza@gmail.com

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