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Segurança em alturas na Construção Civil

Publicado em 26/02/2015

A execução de trabalhos em altura expõe os trabalhadores a riscos elevados, particularmente quedas, freqüentemente com conseqüências graves para os sinistrados e que representam uma percentagem elevada de acidentes de trabalho. Este tipo de acidentes tem maior incidência na atividade da construção civil.

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Estas atividades exigem a implementação dos princípios gerais de prevenção que permitem identificar as causas e reformular ou criar estratégias corretivas de acordo com as ações a desenvolver nesta matéria, nomeadamente:

  • Concepção na fase de projeto de medidas ou equipamentos que possibilitem a eliminação do risco;
  • Implementação de métodos preventivos de organização do trabalho;
  • Planificação de todas as atividades;
  • Limitação dos efeitos de risco mediante a utilização de equipamento de proteção coletiva;
  • Utilização complementar de Equipamentos de Proteção Individual (EPI`s);
  • Informação atualizada sobre a execução dos trabalhos mais perigosos;
  • Formação permanente sobre as atividades a desenvolver.

Os trabalhos em altura efetuam-se em função das especificidades da atividade e dos equipamentos de trabalho a utilizar, nomeadamente:

  • Escadas portáteis (simples ou extensíveis) e escadotes;
  • Andaimes fixos;
  • Andaimes móveis;
  • Andaimes suspensos;
  • Postes/torres metálicas.

Associados aos trabalhos em altura estão uma série de riscos, tais como:

  • Queda em níveis diferentes;
  • Queda ao mesmo nível;
  • Queda de objetos;
  • Choque com objetos no trajeto de subida e descida;
  • Eletrocussão ou eletrização;
  • Projeção de objetos.

De forma a prevenir a ocorrência de qualquer tipo de acidentes quando da execução de trabalhos em altura, nada como seguir à risca as mais elementares regras de prevenção. Neste capítulo iremos falar de tipos de proteção mais gerais (proteção coletiva e individual dos trabalhadores) e de tipos mais específicos (quanto ao tipo de instrumento utilizado para a execução dos trabalhos).

Proteção coletiva

Em relação à proteção coletiva, é fundamental:

  • Armar proteções de escadas;
  • Implementar plataforma entre lances;
  • Introduzir dispositivos de segurança (cabos, linhas de vida, pontos de ancoragem, etc.);
  • Utilizar guarda corpos e guarda pés.

Proteção individual

Para este tipo de proteção, pode-se recorrer a um vasto número de EPI´s:

  • Cintos de segurança;
  • Arnês de pára-quedas;
  • Amortecedores de queda;
  • Pára-quedas retrátil;
  • Pára-quedas deslizante;
  • Regulador anti-quedas;
  • Mosquetões;
  • Corda linha de vida.

Quando da utilização de escadas, importa:

  • Definir as especificações técnicas indispensáveis para a sua aquisição (qual a carga máxima, altura, número de degraus, etc.);
  • Escolher o tipo de escada mais adequada à natureza da tarefa e altura de execução;
  • Conferir apoio e estabilidade na colocação, bem como ter atenção ao posicionamento e fixação das escadas;
  • Cumprir as regras de utilização na subida e na descida;
  • Inspecionar regularmente as escadas e os escadotes, revendo periodicamente os materiais e substituí-los sempre que necessário;
  • Transportá-las e arrumá-las em função do tipo de equipamento;

Quanto aos andaimes móveis, devesse verificar:

  • Efetuar a proteção com meios de balizagem;
  • Sinalizar a sua utilização de modo adequado;
  • Utilizar EPI´s na montagem e desmontagem;
  • Realizar o travamento através de estabilizadores ou do acionamento de travão nas rodas;
  • Manter a distância de aproximação a condutores elétricos.

Para os andaimes fixos é preciso:

  • Obedecer aos procedimentos específicos na montagem e desmontagem das plataformas de trabalho;
  • Efetuar a proteção do andaime;
  • Sinalizar a sua utilização de modo adequado;
  • Cumprir as regras de utilização (armazenagem do material, afixação de desativação, etc.);
  • Manter a distância de aproximação a condutores em tensão.

Relativamente aos andaimes suspensos, é fundamental:

  • Proteger a área circundante na vertical;
  • Obedecer aos procedimentos específicos na montagem e desmontagem (realização de ensaio prévio, vistoria de todos os componentes, etc.);
  • Utilizar um sistema anti-queda, ligação à estrutura;
  • Respeitar a carga máxima;
  • Realizar a manutenção adequada do equipamento.

Trabalhos em postes e torres metálicas é necessário:

  • Utilizar um sistema anti-queda para proteção individual;
  • Montar a corda/linha de vida na subida;
  • Efetuar a fixação, na altura da execução da tarefa, com o amortecedor pára-quedas, a um ponto de ancoragem;
  • Impor medidas que eliminem o risco de exposição a radiação eletromagnética acima dos limites admissíveis;
  • Desligar o transmissor e a ligação à terra (em trabalhos em antenas de transmissão).

Só os trabalhadores devidamente formados deverão ser autorizados a desempenhar trabalhos em altura. As medidas de formação para esses trabalhadores devem abranger:

  • Procedimentos de segurança;
  • Utilização dos equipamentos de trabalho;
  • Uso de sistema de proteção anti – queda;
  • Transporte de equipamentos e acesso a plataformas.

Medidas de Informação

Os trabalhadores têm de dispor de informação atualizada sobre:

  • os riscos para a atividade a desempenhar;
  • as medidas de proteção existentes;
  • a forma como atuar;
  • as instruções a adotar em caso de perigo ou acidente grave.

Medidas de Vigilância Médica

Os trabalhadores que executem trabalhos em altura deverão realizar exames médicos específicos que atestem a sua aptidão física e psíquica.

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Sobre o Colunista:  Vinicius Wurschig de Oliveira, Formação Técnica em Saúde Segurança do Trabalho e Bombeiro Civil pela Norma NBR 14608. Experiências em diversos seguimentos, como: Metalurgia; Indústria de alimentos; Limpeza e conservação; Montagem, manutenção; Automotivo e Construção civil. Auditor interno da norma OHSAS 18001-2007 Segurança do Trabalho. Experiência a mais de 04 anos em SGI Sistema de Gestão Integrada (14001 Meio Ambiente e 9001 Qualidade). Coordenador de Brigadas de Emergência e CIPA. Controle de Equipamentos de Proteção Individual/Coletiva e suas manutenções. Controle dos Sistemas de Combate a Incêndio de empresas. Controle de acidentes e liberações de serviços especiais. Gerenciamento de resíduos sólidos e produtos químicos. Conhecimento em Analises Ergonômicas do Trabalho, através de métodos como: NIOSH, Moore&Garg e SueRodgers. Atualizado em normas e documentações pertinentes a SSTMA. Especialista em Treinamentos e Palestras diversas em SSTMA. Criador e desenvolvedor do site Zero Acidentes: http://zeroacidentes.com.br.

E-mail de contato: wurschig_tst@hotmail.comsitezeroacidentes@gmail.com

Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.

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  1. Pamela disse:

    Segundo o Colunista Vinicius Wurschig de Oliveira, o setor da construção civil lidera com a maior incidência de acidentes de quedas, sendo assim ele expõe claramente os riscos e medidas preventivas para que isso diminua neste cenário. Ressaltando a implementação dos princípios gerais de prevenção de riscos, que compreende a concepção do projeto de medidas, implementação de métodos preventivos, limite dos efeitos de riscos (EPI e EPC) e a informação atualizada da execução dos trabalhos. Os equipamentos utilizados devem seguir padrões e projeto de medidas e os trabalhadores devem ter sempre as informações sobre os riscos da atividade, sobre as medidas de segurança, sobre como atuar e principalmente das instruções a seguir em casos de perigo ou acidente grave. Os riscos associados estão ligados a quedas ( níveis diferentes, mesmo nível e objetos), choque com objetos no trajeto e projeção de objetos, sendo possível diminuir o número de sinistrados com a prevenção e adequada montagem dos equipamentos e treinamento dos trabalhadores para execução das atividades em altura, após os mesmos estarem aptos fisicamente e psiquicamente, de acordo com exame médico.

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