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A máquina humana e o homem das cavernas

Publicado em 16/08/2013

A máquina humana e o homem das cavernas

Vivemos numa realidade de forte concorrência, seja entre as empresas, seja entre os profissionais. O fato é que, nosso dia-a-dia é marcado pela correria, pela busca de conhecimentos, pela busca do diferencial, e isso tudo para conquistar o tão esperado QI.

O homem na idade da pedra dependia do uso de ferramentas de pedra para sua sobrevivência; armamentos feitos de ossos de outros animais, madeiras, pedras lascadas de quartzo marcaram os principais avanços desta época. Nós, no século XXI evoluiu em termos de ferramentas de trabalho, mas se manteve preso na idade da pedra.

Descobriu o fogo para cozinhar seus alimentos, aprendeu a espantar animais e a iluminar locais escuros, há quem diga que ainda hoje apresentam a mesma postura, porém um pouco modernizadas, mas a mesma postura, pois tudo o que se quer é espantar a concorrência, quer descobrir tudo e fazer a diferença, quer dizer que é líder.

Com o passar dos séculos o homem passou a se fixar em lugares específicos, em posições onde pudesse ser admirado por uma grande plateia e quanto mais admiradores melhor. Este homem também descobriu o valor da moeda.

Alguns descobriram a importância do trabalho humano e por fim as máquinas, essas vieram com força após a 2º Guerra Mundial, época em que o esforço humano parecia ser substituído pelos modernos equipamentos.

Tão longe e tão perto! Os homens evoluíram, passaram de liderados a líderes, se tornaram referências em grandes projetos, sabem tudo e de tudo! Mas mistificaram a ideia de que todos os homens evoluíram, pois o verdadeiro Capital Humano ainda vive sob a era das Cavernas porque muitos líderes assim o querem.

Os processos seletivos, para montar uma equipe, são rigorosos, o profissional deve ser multi-intra-interdisciplinar, deve “se virar nos 4”, mas ao adentrar para a tão concorrida vaga passa a atuar como um garimpeiro (da época dos descobridores), onde o velho ainda é novo, onde todos os erros tão conhecidos pelas celebridades dos projetos, ainda são novidades, isto dizendo para as conhecidas Lições Aprendidas que permanecem desaprendidas, pois o erro se repete, os problemas raramente mudam, embora os projetos nunca sejam os mesmos. E o que dizer daquele líder que se mantém no imperialismo? Que é moderno mas não “desmama” dos seus vícios ultrapassados? Que permite ao seu grupo uma grande chance de cair na ociosidade por desmotivação e por não conquistar a admiração de seus liderados? E como este liderado consegue se manter capaz, ativo e com espírito inovador?

São nesses pequenos desapegos que a porta de saída se abre para aquele que é a “Máquina-humana” da equipe, é neste momento que este irá burlar os conceitos de que por ser o ótimo deve ser o único capaz de trabalhar por dez pessoas quando a situação necessitar de alguém para “apagar incêndios” no projeto, é este profissional quem irá plantar a visão de que e uma equipe de dez pessoas deve trabalhar por dez pessoas, isto é “acertar a mão” na gestão de pessoas apesar de ser a cabeça que pensa e os ombros que suportam o peso da responsabilidade de levar adiante os principais objetivos do projeto liderado pelo Homem das Cavernas, que passou de uma era para a outra na máquina do tempo e não por suas pernas e por capacidade intelectual.

Todo Gerente de projetos desesperado indica desorganização. Em que cenário você se encontra? No ontem, no hoje e no amanhã, você pode fazer a diferença, você pode ser o Capital Humano ao invés de se modernizar como antigamente. Tenha visão de coletividade, atribua tarefas, conquiste a admiração da equipe, pense que outros podem estar se sentindo como você e em busca de um líder inspirador.

Sobre a Colunista:

Sandra Santos é gestora de processos gerenciais pela universidade Metodista de São Paulo; MBA em gerenciamento de projetos pela AVM Cândido Mendes; MBA em petróleo e gás pela AVM Cândido Mendes; Especialista em docência para nível superior pela FGV; Mestranda em desenho, gestão e direção de projetos pela Universidade Miguel de Cervantes; Graduanda em administração de empresas pela universidade Estácio de Sá; Atuante na administração contratual de projetos de grande porte no setor de óleo e gás.  Co-autora dos Livros Ser Mais com Equipes de Alto Desempenho, Damas de Ouro, Editora Ser Mais.

E-mail de contato: ssantosdesouza@gmail.com

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