Publicado em 29/04/2015
Apocalipse 3:15-16 : “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.“
Hoje inicio este poste com uma das passagens bíblicas mais conhecidas, para descrever uma característica de liderança pouco falada em nossas empresas más de grande presença no dia-a-dia de muitos profissionais.
Quantas vezes você necessita de um posicionamento da sua liderança ou até mesmo uma resposta sincera (positiva ou negativa) e isso não acontece?
Liderar é: inspirar, animar e motivar ideias, pessoas ou projetos. Isso mesmo! Uma liderança para ser caracterizada como liderança, necessita ser presente e fazer a diferença ante a sua equipe, se não, você não tem um líder. Você tem um chefe.
Descreverei abaixo algumas características comuns aos “lideres” mornos para apoiá-lo na identificação deste perfil:
Satisfação negativa – para ele tudo está muito bom, desde que a sua rotina esteja sendo cumprida e a meta mínima alcançada. Porém, o verdadeiro líder tem de adotar a insatisfação positiva como uma característica pessoal. Insatisfação positiva? Isso mesmo. Aquela insatisfação que o faz sempre querer mais e melhor, aquela que transforma a sua equipe em verdadeiros ”superadores” de metas.
Inovação? Para quê? – a inovação ou a busca dela não faz parte do contexto desta liderança. A celebre frase “time que está ganhando não se mexe” está estampada na sua testa de tal forma que ser instigado a sair da sua zona de conforto torna-se uma agressão ou coloca em “xeque” a sua capacidade de discernir o que é melhor para a sua equipe. Temos de nos lembrar que o LIDER (em maiúsculo mesmo) deve inovar a obra, desenvolver habilidades e aprender com os liderados.
Quer sorrir? Vá para o circo! – Definitivamente o senso de amistosidade na equipe não faz parte do seu repertório. Para ele, o importante é que a rotina (feijão com arroz) seja cumprida. Este profissional esquece que os indivíduos necessitam de um ambiente de interação e recreação. Recreação? Sim. Um líder deve recrear o espírito da sua equipe, e isso é possível com pequenos gestos tais como: um sorriso, um muito obrigado ou um parabéns pelo bom trabalho. Estes sinais alegram e motivam as pessoas e consequentemente aumentam a produção.
Talvez? Quem sabe? – A liderança morna não se posiciona ou arrisca-se por um ideal. O importante é manter as coisas como são e acalmar os ânimos. É óbvio que não dominamos toda a informação e nem todas as respostas podem ser dadas no momento da pergunta, más o líder que tem esta característica não se interessa em fomentar junto aos interessados questões que possam trazer respostas concretas aos questionamentos e com isso, torna-se inevitável o descrédito da sua imagem.
Prezado leitor, a liderança não é um dom ou algo mágico que conseguimos do dia para a noite, lembre-se que o líder lidera pessoas, e estas tem necessidades e expectativas bastante diferentes umas das outras. A verdadeira liderança é alcança através da prática diária e entre erros e acertos. Porém, nunca devemos aceitar (por mais tentador que seja) que estamos completos. Muito pelo contrário, devemos nos avaliar diariamente e saber recuar se tomarmos decisões erradas.
Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase! – Fernando Pessoa.
Sobre o Colunista: Fábio Gatti Cavalcante, Técnico Mecatrônico pela Escola Técnica Rezende Rammel e Engenheiro de Produção pela faculdade Cenecista, Iniciou no mercado offshore em março de 2001 onde teve a oportunidade de planejar, acompanhar e apoiar diretamente no resultado de projetos voltados a atividades de inspeção e manutenção submarina em diversas plataformas na bacia de campos. Focando no aperfeiçoamento, participou de diversos cursos, dentre eles: Gerenciamento de projetos para certificação PMI (VV Consulting), Qualidade em serviços e Gestão da Produção (FGV), Técnicas de Negociação (Grupo Iped), auditor interno das Normas ISO 9001/ 14001/ 18001 (Gestão MKT), está em fase de conclusão da pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pela faculdade Redentor e do curso a distância de Liderança, Gestão de Pessoas e do Conhecimento para Inovação pela USP. Com o desenvolvimento de habilidades e competências, ocupa o cargo de gerente de contratos e coordenador de planejamento da Oceânica Engenharia Submarina e também é o criador e idealizador do site Desafios da Gestão: www.desafiosdagestao.com.br – E-mail: fabio@desafiosdagestao.com.br
Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.
Concordo com o Sr. Fabio Gatti Cavalcante. O líder, o que se dispõem ser um líder de pessoas, tem que estar atento as necessidades e expectativas, de sua equipe, isto vai além de dividir tarefas ou orientar como deva ser feito as tarefas. É totalmente relevante um olhar diferenciado para seus colegas de trabalhos, sim são todos colegas de trabalho, estão no mesmo barco para conquistar os objetivos comum da empresa e conciliar aos seus objetivos de vidas, pois cada pessoa tem uma perspectiva, um sonho, isto se torna essencial ser respeitado. A prática, a aproximação das necessidades, um olhar diferenciado para cada membro de sua equipe, voltado para o crescimento em conjunto, pode tornar um grande líder, que acredita no bem maior de uma empresa, seus funcionários.
Marilia Araujo de Faria