Publicado em 30/06/2015
Após discutirmos a Iniciação e o Planejamento do Projeto é chegada a hora de falar sobre a Execução. Essa etapa e o grupo de processos que a compõe são orientados para a conclusão do trabalho definido no Plano de Gerenciamento do Projeto. Com base nisso não é difícil perceber sua grande importância.
Basicamente, ela se refere às atividades definidas pelo escopo a ser cumprido pelo Projeto. Sendo assim, chega o momento de aplicar os recursos estimados na etapa anterior e articula-los de acordo com as condições de prazo, custo e qualidade, buscando atender às expectativas e necessidades de cada parte interessada. Ou seja, na Execução busca-se o alinhamento entre o cumprimento dos objetivos e as restrições pré-estabelecidas.
A Execução como essência do Projeto
A Execução pode ser considerada como a etapa mais importante de qualquer Projeto. Todas as outras são essenciais para o bom andamento das atividades, porém tudo gira em torno da realização propriamente dita. Além disso, a maior parte dos recursos levantados será aplicada nesse momento, fazendo com que os resultados obtidos possuam grande impacto até a finalização.
Sendo assim, a Execução deve orientar as outras etapas e ainda provocar as modificações apropriadas nas mesmas, de acordo com as necessidades do Projeto ao longo de todo o seu ciclo de vida. Isso quer dizer que, na condição de etapa prática, ela é responsável pela racionalização dos esforços empreendidos tanto preliminar quanto posteriormente.
Pensando por esse lado, pode-se considerar que grande parcela do sucesso do Projeto envolve a execução bem sucedida das tarefas. Isso, por sua vez, é viabilizado pelo auxílio fornecido pelas outras etapas em termos de preparação (Planejamento), Feedback (Monitoramento) e ajuste (Controle).
As responsabilidades para com o Projeto
Para ser considerada bem sucedida é importante que a Execução possua enfoque tanto nos resultados buscados quanto nos meios considerados válidos para alcança-los. Ou seja, o Plano de Gerenciamento do Projeto deve ser seguido, atualizado quando necessário e o Gerente ainda deve fazer a utilização do bom senso para que as necessidades do cliente, da organização patrocinadora e das demais partes interessadas sejam atendidas com eficiência. Para isso, certos processos devem ser realizados, sendo eles:
Orientação e Gerenciamento da Execução: Realização do trabalho do Projeto, visando concluí-lo;
Realização da garantia da qualidade: Auditoria dos requisitos de qualidade para garantia de utilização de padrões e de conceitos operacionais adequados;
Mobilização da equipe do Projeto: Provisão da equipe necessária para realização do Projeto;
Desenvolvimento da equipe do Projeto: Melhoria de competências e interação da equipe, visando aumento de desempenho;
Gerenciamento da equipe do Projeto: Acompanhamento do desempenho dos membros da equipe, fornecimento de feedback, resolução de impasses e gerenciamento de mudanças, quando necessário;
Distribuição de informações: Disponibilização de informações relevantes para as partes interessadas do Projeto;
Gerenciamento de expectativas: Interação com as partes interessadas, buscando atender às suas necessidades;
Realização de aquisições: Seleção de fornecedores, validações contratuais, processos logísticos e quaisquer outras atividades que envolvam a provisão de recursos para o Projeto.
O divisor de águas do Projeto
Prédio de 30 andares na China executado em apenas 15 dias
A Execução é tão importante que, por vezes, sobrepuja as outras etapas. Isso não é o ideal e não deve ser justificado, porém acontece pelo fato de ser ela a responsável por tirar o Projeto do papel. Sem ela não tem sentido a realização de quaisquer outros processos.
Um outro fator que determina essa condição é a tendência cultural de os resultados, na maior parte da vezes, serem assumidos em um patamar de importância muito superior ao do caminho trilhado para alcança-los. Disso, podemos concluir, em uma perspectiva mais ampla, que os esforços para Gerenciar um Projeto, não devem ultrapassar os esforços para realiza-lo.
Sobre o Colunista: Bruno Augusto de Matos e Silva, Profissional Graduado em Engenharia de Produção Civil pelo CEFET MG, com experiência em planejamento, execução, monitoramento e controle de obras civis (residenciais e industriais) e pesadas. Atualmente na área de gerenciamento de projetos técnicos e administrativos de melhoria em processos na Construtora Barbosa Mello. Já atuou também com controle de qualidade em indústrias de grande porte. Experiência na aplicação de ferramentas/metodologias de planejamento e controle, como Curva S e Análise de Valor Agregado, de ferramentas de gestão, como ciclo PDCA, Análise de Pareto e Diagrama de Ishikawa e com ferramentas de modelagem/otimização de processos, como BPM e BPMN.
E-mail de contato: brunosilva.civil@gmail.com – Blog: http://www.aengenhariaemfoco.com.br.
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