Publicado em 11/10/2016
Em que creem e o que fazem, na prática, líderes relevantes?
O Prof. Lúcio Fonseca lista aqui alguns casos interessantes.
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FOCO
Um gestor não pode reagir a toda informação que recebe, pois isso é estressante e contraproducente. Um bom líder sabe quais são as fontes que merecem mais atenção:
- O cliente, que é a base do seu planejamento; e
- O funcionário, que contribui com o resultado final.
(Anand Sharma – Considerado o guru da produtividade. Consultor de empresas como Black & Deker e Mercedes Benz)
COMENTÁRIO
Robin Lawton diz que a missão de qualquer organização é fazer com que os clientes obtenham os resultados que desejam ou de que necessitam (e, às vezes, nem sabem). Nada mais correto, portanto, do que mantê-los continuamente no radar, “mapeando sua mente”, continuamente, e imaginando que coisas novas (produtos ou processos inovadores) poderiam surpreendê-los positivamente.
Do outro lado está o funcionário, aquele que põe a mão na massa e conhece em detalhes os caminhos da produção, no “chão da fábrica”. Mais do que isto, ele sabe bem o que não se deveria fazer e o que e como poderia ser feito diferente, com muito mais rapidez, qualidade e. resultado. Deixar de ouvi-lo é não só uma demonstração de prepotência (ou sentimento de onipotência), por parte do gestor, como uma perda irreparável de um recurso extraordinário – a mente e a experiência humanas – plenas de contribuições (gratuitas) a dar.
A meu ver, escapam, no entanto, a Sharma duas outras “entidades” importantíssimas, a quem o líder não pode deixar de prestar constante atenção: a tecnologia e a concorrência, antiga e nova. Em tempos de uberização, é preciso sempre perguntar: que tecnologias emergentes podem alavancar – ou destruir – meu negócio? Como posso integrá-las ao meu negócio ou proteger-me delas? O que estão fazendo, de inovador, meus concorrentes antigos? Que concorrentes novos – empresas ou modelos (como o Airbnb) – estão entrando no “meu” mercado ou que caminhos podem-me apontar para uma possível diversificação dos meus negócios?
Ouvir os clientes e funcionários é ter um olhar aguçado para dentro da organização. Atentar para as novas tecnologias e para os movimentos dos concorrentes é ter um olhar conectado ao que se passa em volta da organização, para fora. Ambos os olhares são fundamentais. Que bom que Deus nos deu dois olhos.
Sobre o Colunista: Prof. Lúcio de Andrade Fonseca, Consultor Empresarial e Educacional e palestrante reconhecido no Brasil e no exterior. Foi Executivo Educacional do Grupo Kroton, por longos anos, exercendo as funções de Diretor de Unidades Escolares, no Brasil e no Iraque, e de CIO (Diretor de Tecnologia). É Consultor de Gestão Estratégica de entidades públicas, privadas e do terceiro setor, no Brasil e em Angola. Exerce também a função de Vice-Presidente de Assuntos Educacionais da SUCESU-MG. Através da empresa FF Digital Tecnologia, Treinamento e Desenvolvimento, da qual é fundador e Diretor Executivo, coordena programas de capacitação para executivos, que têm participação expressiva de gestores de empresas de mineração de Angola.
E-mail de contato: lucio@luciofonseca.com.br – site: http://ffdigital.com.br
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