Publicado em 13/06/2017
O Planejamento Estratégico garante o alinhamento e direcionamento estratégico das organizações frente aos desafios e tendências, para que possam buscar posições únicas e diferenciadas de mercado, visando à maximização dos resultados e lucros de forma crescente e sustentável.
Segundo Almeida (2010) entende que Planejamento Estratégico é o processo de tomada de decisões para direcionar o futuro da organização. É o planejamento da direção da empresa visando eficácia.
Cabe ressaltar que, independente da área, é um consenso afirmar que toda ação precisa ser planejada previamente. Mesmo assim, o discurso fica na teoria, gerenciamos carreiras, finanças e principalmente projetos de forma intuitiva e impulsiva.
Em Gestão de Projetos está mais que comprovado que o feeling não garante bons resultados. É preciso que o Planejamento Estratégico e a Gestão de Projetos tenham em vista sua melhor adequação as estratégias da organização.
“Sem um Planejamento Estratégico ninguém sobreviverá nesses tempos globalizados”. Michael Porter
INTRODUÇÃO
O Planejamento Estratégico, segundo Zacharias (2011), prepara a empresa para realizar produtos e serviços que estejam alinhados à sustentabilidade – financeira (da empresa), social (com seus stakeholders, principalmente funcionários, clientes e fornecedores) e ambiental (fornecendo produtos e serviços para a redução de consumo energético).
Utilizar os elementos estruturais e dinâmicos de uma metodologia de Gestão de Projetos alinhados ao Planejamento Estratégico da Organização é refletir sobre a ação gerencial, tendo em vista a sua transformação ou adequação.
Visão, missão, objetivos, estratégias e metas são definidos pelo processo de Planejamento Estratégico da organização, que se desdobra em objetivos e metas, em um conjunto de programas e projetos necessários para sua implementação, além dos respectivos investimentos e recursos que serão alocados ao portfólio. Cada projeto é definido para criar soluções integradas por meio da combinação de produtos, serviços e informações. Diante dessa perspectiva, é condição “sine qua non” que a criação de uma metodologia de Gestão de Projetos esteja alinhada ao Planejamento Estratégico da organização, para que se possam alcançar os objetivos pretendidos, visando assegurar a taxa de sucesso dos Projetos. O desafio está em como alinhar diferentes expectativas em situações complexas, para deslocar o entendimento sob uma ótica de sustentabilidade e colaboração.
Em seu caráter estratégico, o Planejamento Estratégico proporciona meios para integração de objetivos e metas alinhados ao Portfólio de Programas e Projetos da organização, que direcionarão as ações a serem implementadas gerando expansão e melhoria dos resultados.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Conforme Alday (2000), o Planejamento Estratégico, que se tornou o foco de atenção da alta administração, volta-se para as medidas positivas que uma empresa poderá tomar para enfrentar ameaças e aproveitar as oportunidades encontradas em seu ambiente. A atenção sistemática à estratégia explora oportunidades congruentes com as forças compatíveis com a realidade observada.
Para isso, utiliza-se a Matriz SWOT, Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) que identifica forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (Figura 1).
MATRIZ SWOTFigura 1
Utilizada como uma ferramenta estratégica da metodologia de Gestão de Projetos a Matriz SWOT – tem como objetivo recolher dados importantes que caracterizam o ambiente interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) durante o processo de execução do projeto. As informações sobre o desenvolvimento do Produto inseridas nos quatro quadrantes permite delinear estratégias importantes, criando um banco de gestão do conhecimento para direcionar e orientar projetos com características similares, além de provir soluções para evitar ameaças com o lançamento do produto e garantir oportunidades de aderência pelo mercado.
De acordo com Tiffany e Peterson (1998), o Planejamento Estratégico não é uma ciência que mostra o certo e o errado em relação ao futuro e, sim, uma ferramenta que fornece à organização uma visão do futuro, aumentando a probabilidade da empresa aproveitar as oportunidades e explorar suas potencialidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- ALMEIDA, K. T. D.. Planejamento estratégico e metodologia de gerenciamento de projetos: uma vantagem competitiva para as empresas. Revista Techoje, Belo Horizonte: 2010.
- COUTINHO, H. L. N. Gestão estratégica de projetos – Um aspecto crítico na execução da estratégia. Curitiba: Revista Mundo, 2006.
- CRAWFORD, J. K. Making a Place for Success, Project Management Best Pratices Report, Junho de 2000.
- DAVENPORT, Thomas. Reengenharia de processos. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
- KERZNER, H., Gestão de Projetos As Melhores Práticas. Porto Alegre. Bookman. 2002.
- JUNQUEIRA, Rosemeire R., WADA, Elizabeth K. Stakeholders: estratégia organizacional e relacionamento. Estudo de casos múltiplos do setor hoteleiro. Revista Ibero-Americana de Estratégia – RIAE, São Paulo, v. 10, n. 3, p. 94-125, set./dez. 2011.
- MARTINS, V. A.; MARTINS, M. R.. Competências organizacionais para Escritórios de Gerenciamento de Projetos (PMO): ensaio para um modelo de análise. 2005 (Seminários em Administração). Disponível em http://www.ead.fea.usp.br/emead/8semead/resultado/trabalhosPDF/361. pdf>.Acesso em 11/07/2007
- PORTER, M. E.. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus , 2004.
- TREFF L, BATTISTELLA LR. Inovação em Gestão de Projetos na Administração Pública. Rio de Janeiro: Brasport, 2013.
- ZACARELLI, S. B. Estratégia e sucesso nas empresas. São Paulo: Ed. Saraiva, 2003.
- ZACHARIAS, O. Qualidade do Planejamento Estratégico. Banas Qualidade: página 43. Janeiro, 2011.
Sobre a Colunista:
Lilian Treff, Mestre em Gestão Empresarial – Programa de Mestrado Profissionalizante pela Universidade Cidade de São Paulo. Especialista em Didática do Ensino Superior, pela Universidade Mackenzie, em Gestão de Projetos pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini – USP e em “Gestão do Conhecimento, Educação Corporativa e Aprendizagem Organizacional” (FIA/USP). Graduada em Pedagogia – Licenciatura Plena, com foco em Administração Escolar, pela Universidade São Judas Tadeu. Autora do livro Inovação em Gestão de Projetos na Administração Pública. Certificada em Coach – Personal & Professional Coaching (PPC) e Executive Coaching. Practitioner em Programação Neurolinguística. Sólida experiência na criação de metodologia de gerenciamento de projetos, implementação de Project Management Office (PMO), e Change Management. Co-Autora (patente) do Registro de Programa de Computador – “Sistema de Gestão dos Resultados na Atenção em Saúde Bucal às Pessoas com Deficiência para Sistema Único de Saúde” – Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e UNESP. Atualmente Consultora de Projetos Change Management – Strategy Business. E-mail de contato: ltreff@uol.com.br
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