Publicado em 05/10/2017
Cada vez mais o conceito de casas ecológicas, ou Green Houses, está presente e ainda bem! Ou por moda ou por consciência o importante é darmos passos para os edifícios serem o mais “amigos” do ambiente possível.
Na minha perspetiva até considero que o importante é os edifícios serem o mais “amigos” dos utilizadores ou proprietários, possível, ou seja, serem mais eficientes e terem menores custos de operação para as condições adequadas de funcionamento.
Estas fotos tirei já em 2015 na Irlanda, Dublin. O conceito das fachadas verdes já não é novo e pode trazer muitas vantagens, em especial térmicas. Claro que não à “bela sem senão” por isso a sua manutenção ter que ser considerada, para não se deixar de ter janelas (como parece estar a acontecer no caso da foto), além da componente animal que pode ser potenciada.
É uma solução que pode não ter muito sentido no nosso país, em especial na zona sul, em que podemos ter grandes amplitudes térmicas que condiciona o crescimento deste tipo de revestimento/isolamento natural, em especial em fachadas viradas a Sul. Contudo, pode ser considerada de uma forma pontual, podendo ser mesmo uma medida passiva de limitação de radiação solar.
Considero que Portugal, e no geral os países do Sul da Europa bem como com climas tropicais têm condições de radiação solar muito distintas dos restantes países da Europa, que devem ser potenciadas e utilizadas de forma a garantir as melhores condições funcionais dos edifícios e serem “amigos” do ambientes ou de todos nós!
Sobre a colunista:
Susana Lucas, Com duas licenciaturas e dois doutorados, sendo a última em Gestão Sustentável de Instalações Esportivas – no caso de Estádios de Futebol. É especialista nas áreas de manutenção preventiva, gestão sustentável de instalações, reabilitação e inovação. Possui mais de 10 anos de experiência em gestão de projetos. Lecionou durante os últimos 8 anos nas áreas de sua especialidade em diversas universidades como ESTBarreiro/IPS, tanto em licenciatura como em mestrado. Atualmente além de lecionar é pesquisadora convidada na Universidade de Coimbra, onde orienta mais de 10 dissertações de mestrado e coorienta um doutorado em gestão de esportes. É especialista em avaliação de projetos de financiamento ou de incentivos fiscais da Agência Nacional de Inovação. E-mail de contato: susanaalucas@gmail.com / Site: www.seibysusana.com
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Acredito que, como colocado no artigo, o termo “green house” e as fotos da Irlanda não exemplificam tão fielmente assim o objetivo sustentável do termo. As imagens realmente retratam a “green house” ou é mais uma vegetação que se espalhou pela edificação? Pelo título do artigo, eu como leitora, fiquei na expectativa de saber um pouco mais sobre a gênese do termo “green house”. Propostas sustentáveis da “casa verde” são válidas quando se propõem a usar uma arquitetura de baixo impacto no meio ambiente, que ajude a diminuir temperaturas urbanas, que use materiais de construção de baixo custo e até reciclados, que aproveita a energia solar com uso de painéis solares, engenharia que reutilize água pluvial, etc. Edifícios com paredes de vegetação, além de esteticamente interessantes na minha opinião, ainda contribuem para a purificação do ar no meio ambiente, por mais que seja em pequena escala. Muros e telhados com vegetação contribuem também para a biodiversidade de animais e plantas. Claro que, essa “arquitetura verde” em espaço urbano se não administrada com cuidado, viria a ser um incômodo para algumas pessoas, assim como no exemplo da foto (janelas quase cobertas pela vegetação). Mas a pegada sustentável da “green house” é bem aceitável e ecologicamente benéfica ao espaço em que vivemos, em qualquer lugar do globo e qualquer tipo de clima, visto que temos hoje mais “espaços cinzas” do que “espaços verdes” em nossas cidades.