Publicado em 14/03/2018
Neste artigo, vamos tratar do Requisito 6 – Avaliação de Desempenho, Parte 1, Página 13, que nos Termos e definições, Item 3.10 é definido como comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas. No Artigo 12 comentamos detalhadamente o que é desempenho.
A Norma realça que: a avaliação do desempenho requer o domínio de uma ampla base de conhecimentos científicos sobre cada aspecto funcional de uma edificação, sobre materiais e técnicas de construção, bem como sobre os diferentes requisitos dos usuários nas mais diversas condições de uso. Ver em 6.1.2.
Por mais desafiador que seja, temos que concordar que a Norma está valorizando o profissional de engenharia e arquitetura, ao afirmar que “requer o domínio de uma ampla base de conhecimentos científicos”.
E nos lembra da importância dos registros da análise da avaliação de desempenho, ou seja, é muito importante documentar as análises com imagens, memória de cálculo, observações instrumentadas, catálogos técnicos de produtos, eventuais planos de expansão de serviços públicos, enfim, toda forma de documentação que comprove a análise da avaliação de desempenho.
Cabe lembrar que cada requisito e seus critérios estão descritos nas partes que compões a Norma, lembrando que a Parte 1 contempla estes requisitos nas Seções 7 a 17.
As verificações devem ser realizadas com base nas condições do local da futura obra, na época do projeto / empreendimento. O entorno da obra pode sofrer modificações ao longo da vida útil e nesta nova situação, as condições iniciais foram modificadas e não há como responsabilizar os projetistas, construtores e fabricantes de materiais.
Vamos imaginar uma rua com trânsito local, que passa a ter tráfego de ônibus e caminhões, com vibrações, ruído e emissão de fuligem. Qual o desempenho desta edificação diante das novas condições, não previstas no projeto original? Ou um terreno que por algum motivo teve o seu lençol freático rebaixado?
Temos que deixar claro que diante dos estudos iniciais para o desenvolvimento do projeto da edificação, as condições são as registradas a época e que não foi possível obter informações sobre as condições futuras (projetos governamentais de expansão que possam afetar a edificação no futuro). Obviamente, se foi possível detectar mudanças futuras do local, vamos projetar e construir prevendo estes cenários.
E você, tem realizado visitas técnicas ao terreno e seu entorno com estas preocupações?
Continuamos o assunto no próximo artigo.
Sobre o Colunista:
Roberto Guidugli, Engenheiro Civil, Especializado em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral e mestre pela UFMG. É consultor de várias empresas privadas e estatais. Consultor associado a Luis Borges Assessoria em Gestão. Como professor, ministra cursos in company e em vários cursos de pós-graduações (lato sensu): UFMG, Cefet-MG e Fumec, entre outros. Possui artigos publicados no Brasil e no exterior.
E-mail de contato: meta@consultoresmeta.com.br
Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.
Ainda não recebemos comentários. Seja o primeiro a deixar sua opinião.
Deixe uma resposta