Publicado em 11/02/2019
Todo projeto envolve, necessariamente, uma gestão financeira. Usualmente o envolvimento de profissionais de finanças costuma ser limitado a dois pontos principais:
- Aos estudos de viabilidade econômica e financeira e
- Ao controle orçamentário.
A realidade é que o papel do executivo de finanças em projetos é maior do que apenas se envolver com os estudos de viabilidade e controle orçamentário. O protagonismo do executivo de finanças em projetos vai além disso e envolve também:
- Conhecer os nove mecanismos de controle econômico e financeiro em projetos
- O Executivo de finanças deve saber quais são os mecanismos de proteção contra fracassos em projetos. Isso inclui, entre outras coisas:
- Entender os pontos chave da concepção do projeto. Lembre-se: pau que nasce torto, cresce torto.
- Entender quais são as boas práticas de planejamento, em especial, o entendimento do que foi considerado como premissa de projeto e quais as restrições.
- Conhecer os componentes do sistema de controle econômico e financeiro dos projetos
- Ter ciência de que na fase de execução é necessário fazer testes das premissas usadas no planejamento.
- Tratar adequadamente as mudanças do projeto.
- O conhecimento dos tipos de contratos para projetos é essencial. Contratos são como ferramentas. Para tipo de conserto existe uma ferramenta adequada. Com contratos é a mesma coisa. Para cada tipo de projeto, existe um contrato apropriado.
- Saber quais os critérios de orçamentação do projeto, em especial das reservas de contingência e de gerenciamento é essencial.
- Saber os fatores que prejudicam a produtividade prevista no orçamento é outro elemento essencial para garantir o sucesso econômico do projeto.
- Quando projetos são vendidos existem questões especificas relacionadas com faturamento e fluxo de caixa que podem afetar a rentabilidade dos contratos.
- Para saber se o projeto está cumprindo aquilo que foi orçado, não basta conhecer os números da execução orçamentária. É necessário fazer uso de indicadores de valor agregado que mostrem a tendência de evolução dos custos e prazos do projeto.
- Existem também aspectos contábeis importantes em projetos que não se encaixam no plano de contas contábeis padrão das organizações.
- A abordagem de desenvolvimento do projeto também influencia. O desenvolvimento com métodos ágeis de projetos exige um entendimento sobre a capacidade financeira da empresa em relação ao número de ciclos de desenvolvimento.
- Por fim, existe sempre a possibilidade de pleitos e contra pleitos contratuais que afetam a rentabilidade dos contratos de projetos (no caso do contratado) e do orçamento do projeto (no caso do contratante).
Sobre o autor:
Profissional com 39 anos de experiência em projetos estratégicos em organizações de grande porte, incluindo projetos nas áreas de energia, tecnologia da informação, telecomunicações, indústria, setor petroquímico, óleo & gás, militar e saúde. É consultor, palestrante e autor de livros e artigos científicos. Professor dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas. Membro do Conselho de Administração da FEBRAEC – Federação Brasileira das Empresas de Consultoria e Treinamento. Mestre em administração de empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Certificado como PMP (Project Management Professional) pelo Project Management Institute. MBA Administração de Projetos pela FIA – Fundação do Instituto de Administração (FIA/USP). E-mail de contato: camargo.alvaro@gmail.com , Linkedin: www.linkedin.com/in/alvarocamargo ou alvarocamargo.com
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