Publicado em 01/08/2013
Trabalhamos para resolver problemas. Não bastasse isto, ainda temos a Lei de Murphy trabalhando contra: “Se algo puder dar errado, dará e se você encontrar quatro maneiras de evitar o problema, uma quinta surgirá do nada”. Donde se conclui que a Natureza é fogo.
O fato é que muitos gerentes desconhecem ou não acreditam nos métodos para tratar problemas: não os analisam, não os classificam e não aplicam adequadamente as ferramentas disponíveis para solucioná-los.
Praticamente, nos deparamos com três tipos de problemas: os simples, os complexos e os capciosos. Você já ouviu falar de problemas capciosos? Não se assuste. Aguarde.
Os simples são aqueles que identificamos uma relação de causa e efeito com relativa facilidade. Problema simples não significa que seja de fácil solução ou baixo custo para solucioná-lo. Normalmente são problemas técnicos. Quando a Hewlett-Packard lançou a sucessora da tradicional HP-12C, a Série Platinum, estas calculadoras apresentaram um erro ao processar um determinado cálculo da Taxa Interna de Retorno, a TIR. Qualquer um de nós, leigos em programação, podemos nos arriscar a dizer que problema está no programa. Simples, não? Apesar de “simples”, os custos e o tempo para solucionar este problema foram consideráveis.
Os complexos, geralmente, envolvem muitos atores, inclusive fora da nossa organização. São problemas onde as causas não são facilmente identificáveis. Costumam envolver, além das questões técnicas, grupos de interesse que orbitam o problema. Colocaria aqui as estratégias de uma empresa, planos de cargos e salários,clima organizacional, projetos governamentais, lançamento de novos produtos, entre tantos outros.
E os capciosos? Fuja destes! Não tem solução. Como assim? Quanto mais atuamos neles, mais se complicam. Parece que não possui saída e pasmem, sem “qualquer explicação” se resolvem do dia para a noite! Veja o caso dos processos inflacionários (lembram-se do nosso: todos os governos tomavam atitudes, congelavam preços, mudavam a moeda e a inflação não cedia); sucessão em empresas familiares (algumas encontraram a solução no fechamento da empresa!) e crises em clube de futebol (troca-se o técnico, contrata-se jogadores e nada).
Para cada tipo de problema existe um conjunto de ferramentas e é preciso conhecê-las para obter a eficácia quando as aplicamos. Lembre-se do ditado: “quando só temos um martelo, transformamos todos os problemas em prego”. Esta é uma das questões da ineficácia das “soluções” e da recorrência dos problemas.
Sobre o Colunista:
Roberto Guidugli, Engenheiro Civil, Especializado em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral e mestre pela UFMG. É consultor de várias empresas privadas e estatais. Consultor associado a Luis Borges Assessoria em Gestão. Como professor, ministra cursos in company e em vários cursos de pós-graduações (lato sensu): UFMG, Cefet-MG e Fumec, entre outros. Possui artigos publicados no Brasil e no exterior.
E-mail de contato: meta@consultoresmeta.com.br
Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.
As empresas em parte têm dificuldade em identificar e explicar problemas que querem solucionar, o que é justamente o primeiro passo. Após identificar o que quer resolver, é preciso saber para quem destinar a tarefa e analisar se é possível resolver internamente com seus colaboradores ou dependemos de analises externos como parceiros, e ate mesmo situações que não depende da empresa. Isso dará uma pista da escala da solução. A diversidade de opiniões nesse processo é essencial para encontrar saídas criativas. Nos negócio e na vida pessoal precisamos ser humildes em reconhecer nossas falhas, buscar a ajuda fora, e valorizar a participação de todos.
Aluna: Marissol Prado Oliveira
Curso: MBA Gerenciamento de Projetos
Professor: Ítalo
Conforme o artigo, problemas são inevitáveis no decorrer de nossas vidas, sejam eles no âmbito profissional ou pessoal. Para enfrentarmos esses problemas e solucioná-los é necessário realizar o gerenciamento dos mesmos. Devemos então planejar como vamos “encontrar” esse problemas e o que fazer quando ele estiver ocorrendo. Feito isso teremos ações definidas caso algum desses possíveis problemas ocorram, minimizando seu impacto e tornando sua solução mais fácil e menos impactante para nós.
Gabriel Lopes
Primeiro gostaria de parabenizar o site e as informações. Gostaria de colocar um ponto nesse artigo em relação aos problemas capciosos, para mim esse são os melhores problemas, os mais prazerosos em enfrentar e quanto maior a dificuldade maior será a vitoria. São pensamentos divergentes, mas na minha estrada foi esse problemas que me fizeram crescer.
Tarsis Victor