Publicado em 06/12/2013
Hoje é a maior causa dos negócios frustrados do mercado e a falta de planejamento, muitas empresas visam somente em fazer o marketing divulgando seu negócio e esquece do item mais relevante, o orçamento. O planejamento é de suma importância para uma empresa realizar e alcanças suas metas e si firmar no mercado. Empresas de pequeno porte, não só da parte de construção civil, mas em todo segmento devem desenvolver um plano de trabalho que vise não só os lucros, mas sim a organização e o planejamento correto de suas atividades dentro e fora da empresa. As planilhas orçamentárias e os cronogramas, devem ser elaborados dentro uma realidade estimada de acordo com a estrutura e elas devem desenvolver planos de investimento em treinamento, capacitação e apoio técnico, tudo isso de forma que se enquadre dentro da realidade financeira da empresa.
Diversas empresas de menor porte ainda realizam suas obras de forma artesanal, ou seja, sem um acompanhamento e um planejamento de execução e custo adequado, sem garantia do cumprimento do prazo previamente estabelecido e sem a estimativa de custo total da obra. Esse problema que já é frequente a muitos anos na construção civil, onde se agrava e é mais visível nas obras públicas de pequeno porte e até mesmo nas de grande porte, onde geralmente estão envolvidas em rede de corrupção e jogo de interesse. Em obras de pequeno porte a falta de planejamento e controle efetivo das pequenas empresas contratadas que se agrava com a falta de fiscalização das pequenas prefeituras, acarretando obras deficitárias e/ou inacabadas com custo elevados.
Foto – Obra BRT – Av.Cristiano Machado – Planejamento inadequado provoca transtorno em Belo Horizonte.
A falta de planejamento das pequenas empresas é um dos principais fatores de causa da sua curta duração das mesmas no mercado da construção civil. Essas empresas fogem do planejamento por acharem ser mais fácil dirigir e corrigir o presente do que pensar no futuro. Dessa maneira os serviços passam a ter uma sequência executiva ou uma rotina diária de improviso e indeterminação, saindo de uma programação ou de um cronograma previamente elaborado para a obra.
São vários os fatores geram incerteza de prazo, de custo e de garantia da qualidade final do serviços. Um dos fatores que maior relevância no atual senário e que deve ser considerado é o fator humano envolvido em cada fase do serviço. A falta de treinamento e incentivo da mão-de-obra, afetam diretamente na produtividade e na qualidade do serviço e aumenta o tempo de execução e os custos. Portanto “A obra não é o dia a dia e sim o planejamento do dia”.
Com um planejamento bem elaborado nos permite:
- Definir a organização para execução dos serviços;
- Tomar decisões;
- Alocar recursos;
- Integrar e coordenar esforços e conhecimentos de todos os envolvidos;
- Garantir a comunicação entre os participantes da obra;
- Conscientizar a todos sobre prazos, custos e qualidade referentes a obra;
- Definir a hierarquia dentro e fora da obra;
- Criar bancos de dados, composições e parâmetros de controle e custo;
- Definir diretrizes para o projeto.
O planejamento é essencial para uma empresa realizar e alcançar suas metas e si firmar no mercado. As empresas da construção civil devem desenvolver um plano de trabalho que vise não só os lucros, mas sim o planejamento correto de suas atividades dentro e fora do canteiro de obras. Planilhas orçamentárias e os cronogramas devem ser elaborados dentro uma realidade estimada de acordo com a obra e suas particularidades, onde devem desenvolver planos de investimento em treinamento, capacitação e apoio técnico, tudo isso de forma a agregar valor à empresa e seus colaboradores tudo dentro da realidade financeira da empresa.
Sobre o Autor:
Gustavo Gomes Mendes, Engenheiro Civil formado pela Universidade FUMEC em 2011, Pós Graduando em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Faculdade Pitágoras com conclusão para dezembro 2013. Atua na área desde 2004, trabalhando com orçamento, planejamento e acompanhamento de obras na Petrel Engenharia. Atuando também com fiscalização de obras públicas nas Secretaria de Defesa Social e Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável ambos no estado de Minas Gerais. Coordenador de Orçamento na Construtora Almeida Costa e atualmente gerente de obras na Construtora São João do Morro Grande em Barão de Cocais onde reside atualmente. Responsável técnico da empresa na execução de obras industriais, comerciais, residências, pavimentação e terraplanagem. Atualmente inscrito no MBA de Gestão de Projetos em Construção e Montagem no Instituto de Educação Tecnológica – IETEC.
E-mail de contato: gustavogm@globo.com
Contexto: o presente artigo faz parte de uma série de 5 que analisaram os desafios para se entregar projetos de Construção e Montagem dentro do prazo estabelecido contratualmente. Foi realizada uma pesquisa com 23 participantes que determinaram 5 causas mais contundentes para o atraso de projetos. A pesquisa foi realizada no mês de outubro de 2013 com a Turma 3 de Pós Graduação em Gestão de Projetos de Construção e Montagem do IETEC, sob a orientação e coordenação do Professor Ítalo Coutinho.
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