Publicado em 03/10/2014
Uma das maiores dificuldades das empresas, após elaborarem seus planejamentos estratégicos, é criar um processo sistemático para a sua condução e implementação. Além disso, também se observa grandes problemas em saber como avaliar a efetividade das estratégias da empresa, em medidas que não sejam exclusivamente financeiras.
Como solucionar este problema? Como resolver o imenso abismo que parece existir entre a criação de um planejamento estratégico e sua efetiva implementação? Entenda no post de hoje como o uso do gerenciamento estratégico pode ajudar a tornar o planejamento estratégico mais eficiente desde sua criação até a mensuração de seus resultados!
A importância de tratar os planos de ação como projetos
Quando se utiliza sistemas de avaliação do planejamento estratégico, como o Balanced Scorecard, grande parte das empresas percebe resultados ruins. Algumas vezes o problema é na definição da estratégia ou na medição dos indicadores, mas na maior parte dos casos o problema é outro.
Quando o planejamento estratégico é elaborado são desenvolvidos também uma série de planos de ações. A empresa poderá colher muitos frutos se tratar estes planos de ações como projetos, fato que é muito negligenciado por grande parte dos gestores. Por isso, os esforços e os recursos investidos são reduzidos, o que muitas vezes leva a resultados ruins me relação aos objetivos estabelecidos no planejamento estratégico.
Implementação e planejamento
O ponto central do problema é que os gestores concentram a maior parte dos esforços no planejamento em si, sem pensar na sua efetiva implementação. Atuam num plano “fictício”, teórico, que quando for levado a prática trará muitas dificuldades.
Quando se pensa nos planos de ação como projetos, além de criar mecanismo para sua implementação, deve-se criar também formas de corrigir o planejamento ao longo do projeto, quando surgirem dificuldades, mudanças de contexto ou questões inesperadas. O resultado são estratégias mais refinadas, eficientes e bem mais próximas da realidade do negócio.
O gerenciamento de projetos traz ainda a prática de estabelecer objetivos intermediários, metas e maneiras de medir a eficiência com que elas foram atingidas. Com isso, torna-se mais fácil enxergar como a empresa está caminhando para a implementação de seu planejamento estratégico, o que precisa ajustar, onde precisa investir mais recursos, etc.
Outro problema com a implementação do planejamento estratégico é que seus objetivos são grandes demais. Questões como crescimento e reputação, por exemplo, não são alcançadas do dia para noite e podem ser bastante difíceis de serem medidas quando só se olha o plano geral. Neste ponto a disciplina de gerenciamento de projetos pode ser especialmente útil.
Cada questão mais ampla do campo estratégico deve ser dividida em metas menores, as quais o gerente de projetos possa medir os resultados e criar prazos. Esta prática serve ainda para priorizar a aplicação de recursos em objetivos específicos, assim como escolher quais são os funcionários mais adequados para cada uma das atividades.
O maior problema nos resultados obtidos pelo planejamento estratégico, muitas vezes, não é o planejamento em si. É criar planos de ação distantes da realidade, sem pensar na implementação e sem mecanismos para modificar o planejamento no curso de sua implantação. Por isso, a empresa se beneficiará muito se tratar o planejamento estratégico com a filosofia do gerenciamento de projetos, dividindo as metas e os planos de ação em projetos mensuráveis.
Gostaria de compartilhar alguma ideia sobre o gerenciamento de projetos no planejamento estratégico? Deixe seu comentário!
Sobre o Colunista: Hayala Curto, CEO da Seed e idealizador do software NetProject. Principal acionista da empresa, Hayala é mestrando em Informática pela PUC Minas, graduado em Ciência da Computação e tem MBA em Gerência de Projetos e Gestão Empresarial pela FGV. Tem mais de 15 anos de experiência coordenando projetos de TI. Especialista em plataforma WEB e Business Inteligence. Participou da criação e do desenvolvimento de diversos DataWarehouses e aplicações WEB corporativas para clientes como a Telemig Celular, Vale, Prefeitura de Betim, CEMIG, entre outros. É membro do PMI, Project Management Institute, atuante no capítulo de Minas Gerais, desde 2004.
E-mail de contato: contato@seedintelligence.com / http://www.seedintelligence.com
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