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Opinião da Lilian: ferramenta de planejamento e interdisciplinaridade na formação de professores

Publicado em 01/03/2018

RESUMO

A educação Profissional está organizada dentro de um Sistema que interage com outros vários e diferentes Sistemas.

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O modelo Sistêmico de agir e pensar valoriza estas interações e congruências, sendo que cada nível e modalidade da educação nacional têm o seu grau de valor e importância.

Ademais, houve uma mudança de modelo mental onde as Instituições de Ensino, frente às características do mundo de trabalho atual, precisam readaptar sua grade curricular às exigências pragmáticas do mercado, uma vez que, o foco nos resultados tornou-se a vantagem competitiva a ser conquistada dia-a-dia.

Cabe ressaltar que, este é o grande desafio da educação profissional, formar, preparar, educar professores aptos, criativos e inovadores que construam conhecimentos aplicados em situação real de trabalho. Diante do exposto, demonstrar a funcionalidade da metodologia estruturada no gerenciamento de projetos, apresenta-se como uma estratégia para inovar e envolver os Professores e Lideranças no reconhecimento das limitações dos próprios saberes, para executar as tarefas propostas. Além de, promover uma prática coesa orientada a resultados mais padronizados, fortalecidos por processos bem definidos e, principalmente pela troca de conhecimento entre as disciplinas e os respectivos professores.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade; Formação; Metodologia de Gestão de Projetos.

INTRODUÇÃO

No contexto Educacional, inovar atualmente significa renovar modelos estáticos e quebrar paradigmas sustentados há anos por uma percepção autoritária e centralizadora. Portanto, inovação educacional é a ação do bem educar, formar e transformar práticas pedagógicas que qualifiquem o processo de ensino e aprendizagem, tendo como princípio valores que ajudem a nortear o desenvolvimento pessoal e profissional do corpo docente, para combinar conhecimentos que necessitam ser compactados e unificados, garantindo o sucesso do trabalho interdisciplinar. Para isso, além de admitir limitações, é necessário sair da “zona de conforto” para ingressar nas novas “zonas de oportunidades”.

Não existem disciplinas que sejam por natureza, mais “formativas”, “críticas”, “fundamentais”, “reflexivas” ou “abrangentes” do que outras, estes atributos precisam ter significação entre as pessoas ou grupos e não com áreas de conhecimento ou atividade profissional. É a volta às raízes, esse “re-nascimento” da visão holística do mundo, que constitui a essência da interdisciplinaridade, como destaca Fazenda (1999, pg.49)

Ser interdisciplinar é saber que o universo é um todo, que dele fazemos parte, como fazem parte do oceano as suas ondas. Num momento a própria substância oceânica se encrespa, se agita, toma forma e se diluem sem jamais ter-se do seu lado separado ou ter deixado de ser o que sempre foi.

Criação da Metodologia de Gestão de Projetos

Cada Instituição de Ensino possui um perfil perante o mercado, uma personalidade, que pode ser observada quando nos relacionamos com os funcionários, professores, clientes, alunos, ou quando há uma decisão importante a tomar, nos critérios de promoção, enfim no dia a dia de trabalho. As Escolas têm também seus mitos, seus heróis, ícones que possuem características que as diferenciam na disciplina, na hierarquia, autonomia, decisão, etc. Com estes fatores criam sua personalidade, seu tipo psicológico, suas características próprias que são sinais nos quais exteriorizam a sua cultura. E neste cenário cultural, influenciados pela estrutura organizacional dizer para uma Instituição de Ensino que ela necessita de uma nova metodologia de trabalho, com uma nova estrutura para gerenciar seus projetos, na compreensão da unidade e não da fragmentação das disciplinas, é um tanto quanto desafiador.

Ademais, nem todos estão aptos a mudanças, para realizar qualquer “change management”, seja implantar uma nova metodologia de gestão de projetos (quadro 1), novos processos, ou um novo modelo de estratégia na Formação de Professores. Esbarra diretamente na questão cultural, sendo necessário procurar entender seus padrões e as pessoas, de forma a criar mecanismos que rompam os paradigmas e quebrem os modelos mentais que emperram os grandes saltos estratégicos e de inovação tão almejados pelas Instituições de Ensino.

Quadro 1 – Fases da Metodologia de Implementação (criado pela autora)

A Metodologia por definição significa a investigação dos métodos, ou receita para as etapas a serem seguidas em um determinado processo, e são fundamentais para o desenvolvimento dos projetos, desde que bem aplicados, de acordo com as demandas internas da Instituição de Ensino, e da complexidade do projeto em questão.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Gerenciar Projetos envolve pessoas, processos e ferramentas as quais endereçam conhecimento tácito e explícito. Além de fornecer modelos e melhores práticas (ativos), lições aprendidas (conhecimento tácito – processo onde o conhecimento é entendido e aplicado, derivados da experiência e ação) com outras disciplinas e treinamentos. Disseminar este conhecimento para que a Escola aprenda com a própria experiência, ratifica a premissa de que gerir Projetos requer gerir conhecimentos.     

Por conseguinte, a combinação de fatores entre metodologia de gestão de projetos e interdisciplinaridade na formação de professores, consolidará fundamentos na construção de uma nova gestão educacional, garantindo a credibilidade de seus serviços de forma eficiente e eficaz, focados em benefícios tecnológicos e sócio-político-culturais para a sociedade. Contudo, pretende-se demonstrar que trabalhar segundo uma metodologia de gerenciamento de projetos é essencial para fazer da prática pedagógica instrumento de modificação da realidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • ALMEIDA, K. T. D.. Planejamento estratégico e metodologia de gerenciamento de projetos: uma vantagem competitiva para as empresas. Revista Techoje, Belo Horizonte: 2010.
  • COUTINHO, H. L. N. Gestão estratégica de projetos – Um aspecto crítico na execução da estratégia. Curitiba: Revista Mundo, 2006.
  • CRAWFORD, J. K. Making a Place for Success, Project Management Best Pratices Report, Junho de 2000.
  • DAVENPORT, Thomas. Reengenharia de processos. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
  • FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (ORG); GODOY, Herminia Prado Godoy (COORD. TÉCN). Interdisciplinaridade: pensar, pesquisar e intervir. Editora CORTEZ, 2014.
  • FAZENDA, Ivani Catarina Arantes; FERREIRA, Nali Rosa e Col. Formação de Docentes Interdisciplinares. Editora CRV, 2013.
  • KERZNER, H., Gestão de Projetos As Melhores Práticas. Porto Alegre. Bookman. 2002.
  • JUNQUEIRA, Rosemeire R., WADA, Elizabeth K. Stakeholders: estratégia organizacional e relacionamento. Estudo de casos múltiplos do setor hoteleiro. Revista Ibero-Americana de Estratégia – RIAE, São Paulo, v. 10, n. 3, p. 94-125, set./dez. 2011.
  • PORTER, M. E. Estratégia Competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
  • TREFF L, BATTISTELLA LR. Inovação em Gestão de Projetos na Administração Pública. Rio de Janeiro: Brasport, 2013.
  • ZACARELLI, S. B. Estratégia e sucesso nas empresas. São Paulo: Ed. Saraiva, 2003.
  • ZACHARIAS, O. Qualidade do Planejamento Estratégico. Banas Qualidade: página 43. Janeiro, 2011.

Sobre a Colunista: 

Lilian TreffMestre em Gestão Empresarial – Programa de Mestrado Profissionalizante pela Universidade Cidade de São Paulo. Especialista em Didática do Ensino Superior, pela Universidade Mackenzie, em Gestão de Projetos pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini – USP e em “Gestão do Conhecimento, Educação Corporativa e Aprendizagem Organizacional” (FIA/USP). Graduada em Pedagogia – Licenciatura Plena, com foco em Administração Escolar, pela Universidade São Judas Tadeu. Autora do livro Inovação em Gestão de Projetos na Administração Pública. Certificada em Coach – Personal & Professional Coaching (PPC) e Executive Coaching. Practitioner em Programação Neurolinguística. Sólida experiência na criação de metodologia de gerenciamento de projetos, implementação de Project Management Office (PMO), e Change Management. Co-Autora (patente) do Registro de Programa de Computador – “Sistema de Gestão dos Resultados na Atenção em Saúde Bucal às Pessoas com Deficiência para Sistema Único de Saúde” – Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e UNESP. Atualmente Consultora de Projetos Change Management – Strategy Business. E-mail de contato: ltreff@uol.com.br

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