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Os funcionários têm medo dos robôs?

Publicado em 10/05/2018

Os Mitos e Verdades Sobre a Nova Gestão de Pessoas Diante da Explosão da Inteligência Artificial

Quem assistiu ao filme “Blade Runner” certamente se perguntou se restará alguma diferença entre pessoas e robôs, quando a tecnologia atingir níveis extremos de desenvolvimento. Mas a questão vai muito além da ficção científica, pois muitos líderes empresariais estão se questionando até que ponto a ascensão da inteligência artificial vai reconfigurar a maneira como encaram o capital humano. O que leva a uma dúvida ainda mais perturbadora: _ diante da crescente fusão entre homens e máquinas, qual será o papel do gestor de pessoas?

Na Whirlpool do Brasil, por exemplo, a automação cortou metade da equipe de RH. “Saiu quem fazia tarefas operacionais e ficou o profissional de nível sênior, capaz de conversar com o CEO” – disse o presidente Paulo Miri num evento que reuniu 50 líderes da área de RH. O objetivo do encontro foi debater mitos e verdades sobre a nova gestão de pessoas, diante das mudanças tecnológicas e estruturais da sociedade – como o envelhecimento da população e a convivência de 4 gerações dentro das corporações.

A primeira crença a cair é a de que a tecnologia é destruidora de empregos, pois historicamente as máquinas substituíram humanos quando se revelaram mais baratas e eficientes do que eles. Mas, conforme o presidente da IBM Brasil – Marcelo Lyra Porto – essa constatação não deveria gerar pessimismo. “Não podemos agir como vítimas de uma companhia ou de um contexto externo e, na verdade, nós precisamos ser protagonistas da nossa própria história”.

Ter medo da inovação é uma atitude contraproducente, além de inútil. Porém, ninguém duvida que as empresas trocarão pessoas por máquinas sempre que a 2ª opção for mais conveniente. Isso nos conduz à pergunta: _ Como encorajar o funcionário a identificar oportunidades de automatização do próprio serviço? Do ponto de vista do trabalhador, dizer ao gestor que sua tarefa pode ser executada por uma máquina, soa quase como um pedido para ser demitido.

Para o presidente da Coty – Nicolas Fischer – a saída é mostrar ao indivíduo que sempre haverá o risco de seu trabalho ser substituído pela tecnologia, mas que ele não ficará obsoleto se investir na própria qualificação. “As pessoas não podem parar de aprender”, disse Nicolas. Conforme Porto – da IBM – o típico líder de RH ainda está defasado no assunto. “Em 2017, estamos usando ferramentas criadas em 2007 e está na hora de o RH formatar uma cultura de abertura ao aprendizado”.

Mas, até que ponto a adesão à tecnologia pode chegar? “Não tentem automatizar os relacionamentos e usem a inteligência artificial para aquilo que não precisa do nosso lado mais humano”, disse ele. Ironia das ironias: _ a proliferação tecnológica pode humanizar o RH, já que o profissional da área precisará acentuar traços como empatia e sensibilidade para se diferenciar dos robôs.

O profissional de RH continuará sendo um guardião dos valores e do propósito das organizações, algo que nenhuma máquina consegue fazer. Daí a responsabilidade de escolher as futuras lideranças dará ao gestor de pessoas o status de braço direito do CEO. Mas, a pergunta é: _ Quando o RH deixará de ser escudeiro do presidente para finalmente se tornar o líder máximo da companhia?

Fischer – da Coty – acredita que o problema seja a lacuna na preparação de executivos da área. “Ainda é difícil achar um profissional de RH com experiência em outros setores como vendas ou finanças. Para ser escolhido como sucessor do presidente, ele vai ter de trabalhar em outras funções e ter uma vivência mais ampla do negócio”.

Sobre o Colunista:

Julio Cesar S. Santos, Professor, Consultor e Palestrante. Articulista de Vários Jornais no RJ, autor dos seguintes livros: “Promoção e Merchandising Eficientes Para Pequenas Empresas” e “Vendedor Profissional” (Ed. Aprenda Fácil); “Qualidade no Atendimento ao Cliente” e “Liderança, Atitude e Comportamento Gerencial (Ed. Clube de Autores); “Estratégia: o Jogo Nas Empresas” e “Planejamento de Vendas” (AGBook Editora) e Co-Autor de “Trabalho e Vida Pessoal – 50 Contos Selecionados” (Ed. Qualytimark, Rio de Janeiro, 2001).Por mais de 25 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços.Elaborou o curso de “Gestão Empresarial” e atualmente ministra palestras e treinamentos presenciais e à distância nas áreas de Marketing, Administração, Técnicas de Atendimento ao Cliente, Secretariado e Recursos Humanos.Graduado em Administração de Empresas, Especialista (MBA) em Marketing e Mestre em Gestão Empresarial. E-mail de contato: jcss_sc@yahoo.com.br – profigestao@yahoo.com.br  / Site:  www.profigestaoblog.blogspot.com

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  1. Fernando Xavier disse:

    Interessante o artigo. Que as pessoas vão ser substituídas por maquinas é claro. A tecnologia está se desenvolvendo com muita rapidez. O risco de seu trabalho ser substituído pela tecnologia sempre estará presente. Cabe as pessoas se capacitarem para não ficarem obsoletas e para não serem substituídas por robôs.

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