Publicado em 27/05/2018
Outra forma de avaliar o desempenho das edificações, além dos ensaios laboratoriais discutidos na postagem anterior, são as amostras de sistemas construtivos já utilizados em outras obras.
Neste caso, alguns cuidados devem ser observados:
- As condições climáticas onde está a amostra e as do futuro projeto.
- As condições de implantação do local da amostra e as do projeto em estudo.
- A agressividade do meio da amostra e as verificadas no local do futuro projeto.
- As condições de utilização da amostra e as estabelecidas para o projeto em estudo.
- Para desempenho de durabilidade as verificações de campo “devem ser aceitas se a construção ou instalação tiver ocorrido há pelo menos dois anos” (Parte 1; 6.4.2; Página 15)
Recomendamos que os relatórios que descrevem as condições climáticas, de implantação, agressividade do meio, utilização e durabilidade devem ser muito bem detalhados, para evitar equívocos, não deixar dúvidas, ou permitir questionamentos.
A título de exemplo, em algumas cidades a variação de temperatura dentro do município pode variar consideravelmente, assim como o comportamento de ventos e estas condições tão distintas não permitirão a validação da amostra.
No mesmo município as condições de tráfego variam significativamente, portanto, se a amostra está numa via local e o projeto está numa via arterial, a amostra perde o sentido neste aspecto.
Imagine uma amostra localizada numa área livre de tráfego pesado, onde não circulam ônibus e veículos de carga e o futuro projeto localizado próximo de uma ferrovia. Como validar esta amostra?
Da mesma forma a utilização de um edifício para classe média com média de 4 pessoas por família e um edifício de habitação popular com 6 pessoas por família. As condições de uso são significativamente diferentes.
As amostras permitem validar sistemas, desde que usadas corretamente, ou seja, laranja e maçã são frutas, mas…
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