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Benefícios do planejamento para obras pequenas

Publicado em 18/11/2016

O presente artigo explanar sobre os benefícios do planejamento para realização de pequenas obras, demonstrando que é possível obter excelentes resultados quando se planeja uma obra seja ela de pequeno, médio ou grande porte.  Através da elaboração de um planejamento de obras adequado, obtemos cronogramas confiáveis, metas de custo e qualidade dos serviços executados, aumentando assim a probabilidade de sucesso do projeto, independentemente de seu tamanho.

obras pequenas

INTRODUÇÃO

A proposta deste trabalho é apresentar os benefícios do planejamento para obras pequenas visando o cumprimento dos objetivos de custo, prazo e qualidade dos serviços executados, e assim, diminuindo os riscos de atraso e estouro do orçamento.

A necessidade de um bom planejamento se mostra presente pelo fato de que uma obra de pequeno porte envolve o mesmo número de atividades de projetos maiores, apenas a escala que é menor. Além disso, por ser menor, a probabilidade das interfaces de projeto se cruzarem é maior, tornando assim o projeto complexo. É mais provável também que haja maior dificuldade na logística, pois obras menores tem canteiros também limitados, exigindo assim maior planejamento.

Assim, ter um planejamento bem elaborado é essencial. Mais a frente, o controle do projeto torna possível acompanhar o cronograma físico e financeiro, permitindo que qualquer desvio indesejável seja corrigido a tempo.

Despender tempo e verba nas etapas de planejamento e controle é totalmente válido para obtenção de bons resultados no decorrer da execução da obra, reduzindo os retrabalhos, desperdícios de tempo, perda de material, aumentando a qualidade das construções e a satisfação do cliente com o produto final.

DESENVOLVIMENTO

Para que se entenda o planejamento de um empreendimento faremos uma breve conceituação sobre o gerenciamento de projetos. De acordo com o PMI, gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades do projeto a fim de atender aos requisitos.

Podemos definir o gerenciamento de projetos em 5 (cinco) etapas:

  1. Inicialização
  2. Planejamento
  3. Execução
  4. Monitoramento e Controle
  5. Encerramento

Nesse artigo falaremos sobre a importância do planejamento. Esta etapa envolve a determinação do escopo do projeto da maneira mais clara possível, a definição da equipe e suas funções e responsabilidades, o desenvolvimento do cronograma físico e do orçamento. Em resumo, o Planejamento envolve:

  • Escopo do Projeto;
  • Cronograma do Projeto;
  • Recursos;
  • Suprimentos;
  • Orçamento;

Para que se tenha sucesso em um planejamento precisamos de tempo para nos dedicar ao planejamento, de cronogramas e orçamentos realistas, saber fazer a devida avaliação dos recursos e das aquisições e ter boa comunicação não só entre os integrantes do planejamento mais também com o cliente.

Como benefícios do planejamento em obras pequenas podemos destacar o aumento da probabilidade de se alcançar o resultado desejado, escopo cumprido integralmente dentro do prazo e custo requeridos, atingindo a satisfação de todas as partes interessadas.

Esses benefícios podem ser alcançados mostrando que, com um planejamento adequado, podemos aumentar a produtividade e o retorno da projeto com utilização eficiente de recursos, além de reduzir os riscos de falha e possibilitar que o retorno do investimento seja mais rápido.

DICAS

Em obras pequenas o planejamento deve ser encarado de maneira especial, já que apesar de ser um projeto de baixa escala, envolve grande número de atividades e maior grau de interferências. Porém existe um grande dificultador, a limitada disponibilidade de recursos a serem empregados no planejamento do projeto. Desta maneira, algumas dicas descritas abaixo são essenciais para viabilizar o planejamento adequado.

  1. Menor detalhamento: Em obras pequenas não há a necessidade de se detalhar muito os subgrupos de atividades.
  2. Cronograma do fim ao inícioPara elaborar o cronograma defina o prazo limite, liste as atividades e o tempo destinado a cada uma. A partir daí, comece da data limite, colocando as atividades principais de trás para frente, verifique se o início irá coincidir com a data de início. Caso isso não ocorra, readéque a duração das atividades mais flexíveis, até se chegar nas de início e fim estabelecidos.
  3. Definir datas limite para atividades macro: Em projetos pequenos a probabilidade das pequenas atividades não saírem conforme planejado é grande, portanto defina marcos para as atividades principais (dica 2) e foque neles. Se o foco permanecer em pequenas atividades a probabilidade de você se perder é maior.
  4. Faça cronograma de curto prazo ilustrado: Utilize quadros de louça com pequenos quadros que representem 3 semanas de trabalho. Pegue a data limite das atividades principais (dica 3) que necessitam ser concluídas neste período, e escreva detalhadamente quem, quando e como as atividades serão desenvolvidas em cada dia de trabalho. Estes detalhes vão variar muito porém a louça vai permitir que você acompanhe e adeque as informação em tempo real, sempre focado para não perder a data limite de entrega das atividades principais.
  5. Seja prático e utilize da experiência da equipe produtiva: Não haverá tempo e recursos para planejamentos minuciosos, portanto planeje de maneira mais prática e genérica. Abuse da experiência de sua equipe produtiva pois em empreendimentos pequenos, as dificuldades são maiores e quem está à frente dos serviços agregará informações que tornarão o cronograma mais realista.

CONCLUSÃO

De fato, já é de conhecimento geral que o planejamento otimiza os projetos e trazem diversos benefícios, porém a variabilidade, o excesso de atividades e a limitação de recursos inibe a utilização de tal ferramenta em obras de pequeno porte. Porém todas estas barreiras devem ser transpostas e o planejamento deve ser elaborado adequadamente pois os benefícios são ainda mais evidentes em projetos pequenos.

Ao mesmo tempo em que a probabilidade de haver desvios no prazo, custo e qualidade em pequenas obras são maiores, a margem admissível destes desvios é menor. Ao planejar adequadamente o projeto, a probabilidade de sucesso do projeto será maior, os riscos serão menores e a margem de lucro esperada tem mais chances de ser atingida.

REFERENCIAS

Artigos_pmkb

Sobre os Autores:

Fabiana Renata Calado, Pós Graduação Engenharia de Planejamento no Ietec – Instituto de Educação Tecnológico (em andamento). Engenheira Civil, Graduado pela Faculdade Newton Paiva/BH/MG em 2014. Técnica em Desenho de Projetos de Edificações INAP – Instituto de Arte e Projeto. Atuação no Gerenciamento do canteiro/administrativo de obras  no fluxo das atividades e fiscalização dos serviços obra de padrão alto luxo, compatibilização de projetos, coordenação de mão-de-obra, controle de qualidade, suprimentos e controle de orçamento, elaboração de cronogramas, medições e check list de entrega das obras. Atuação no processo de cotação; Desenho em auto cad (menus, comando e aplicações), planilhas excel. E-mail de contato: engenheirafabianacalado@gmail.com

Galileo Guimarães Ruggeri, Engenheiro Civil, pós-graduação (especialização) no Ietec – Instituto de Educação Tecnológico em Engenharia de Planejamento (em andamento). e com formação Técnica em Edificações desde outubro de 2014 com sólida experiência na área execução de obras prediais, residenciais e de estradas, desde o planejamento até o acabamento final, com atuação em empresas de médio porte e destaque no mercado há vários anos. Capacidade de liderança de equipe de mestre, encarregados, empreiteiros e demais empregados responsáveis pela execução direta da obra, habilidade de negociação, fiscalização e visão estratégica, participação e atuação em reuniões e tomadas de decisões em comum acordo com a Diretoria, visando o cumprimento do cronograma físico e financeiro pré-estabelecidos. Responsável pela logística do empreendimento, com a utilização de sistemas como AUTOCAD, CYPECAD, PROJECT e VOLARE. E-mail de contato: galileorg@yahoo.com.br

Thiago Campos Barreiros, Engenheiro Civil graduado na Universidade FUMEC, pós-graduando no IETEC e sócio da Arte e Simetria Construções Ltda. Ampla experiência na área predial, tendo participado e gerido projetos de variados tamanhos dentro da própria empresa, além de ter agregado experiências de outras construtoras como Even S/A (1 ano) e projetos de reforma particulares. Dois cursos no exterior, um curso de 2 meses em Vancouver sobre gerenciamento de pequenas empresas, e outro de 1 ano em Dublin no curso de graduação do Dublin Institute of Technology (DIT). Formação com foco na liderança e gerenciamento de projetos de construção civil predial, planejamento e controle dos mesmos, e análises da viabilidade de novos empreendimentos. E-mail de contato: thiago@artesimetria.com.br

Contexto: Artigo apresentado como trabalho na pós graduação Engenharia de Planejamento ministrada pelo Prof. Ms. Ítalo Coutinho da turma 12 do IETEC.

Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.

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  1. Jonathan Neves disse:

    O planejamento é a base do sucesso de qualquer projeto, independe do seu porte: pequeno, médio, ou grande. Alguns gestores compartilham da ideia que não é necessário “gastar dinheiro ou recurso” com planejamento para pequenos projetos e isto pode apresentar grandes riscos, não somente para os projetos, mas também para o futuro das empresas que gerenciam.

    Pequenos projetos não lhe dão tempo de grandes manobras para retomar o “trem aos trilhos”. A falta de planejamento para estes projetos resultam, na maioria das vezes, em estouros de escopo, prazos, custos e problemas com qualidade. Estes pilares, independentemente do projeto, são fundamentais e inegociáveis pelos clientes, mesmo que eles, os próprios clientes, não dispendem esforço ou capital para banca-los em seus projetos, afinal, eles apresentam custos.

    A falta do devido planejamento atrelado a limitação de prazo e orçamento disponibilizados pelo cliente, geralmente características predominantes nestes projetos, são fatores que contribuem de forma acentuada para o insucesso destes projetos.

    As possibilidades de ganho para ambos os envolvidos diretamente no projeto (cliente e fornecedor) quando se trabalha em um planejamento adequado são inúmeras, principalmente, nas disciplinas de escopo, prazo, custos e qualidade.

    Quanto ao escopo, quanto mais detalhado, mais preciso será a compreensão do trabalho a ser realizado e, desta forma, evitar considerar no planejamento recursos de “gorduras” para atender os possíveis itens não listados no escopo.

    Quanto mais detalhado o escopo, melhor será feito o dimensionamento e estimativas de prazo para execução do projeto, assim, determinando o prazo realmente necessário para execução do projeto.

    Uma vez bem definido o escopo do projeto, prazo e os recursos necessários para execução das atividades, mais apurado e preciso será feito o orçamento e precificação destes recursos.
    Por final, uma vez definidos e detalhados o escopo, o prazo e o orçamento para execução do projeto, as possibilidades de entrega dos pacotes de trabalho dentro dos critérios de aceitação do cliente (qualidade) também são mais elevadas.

    É bastante comum para projetos desta características, que, após a conclusão dos mesmos, os gestores se lamentem pelos resultados financeiros negativos, pelo estouro no prazo do projeto, reclamações do cliente em relação a qualidade das tarefas entregues e execução de atividades extras ora não previstos.

    Para evitar estes e outros problemas, seja em projetos pequenos ou mega projetos, uma boa dose de planejamento, monitoramento e controle nunca será apenas uma boa sugestão.

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