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Certificações em Gerenciamento de Projetos

Publicado em 23/06/2014

Este é o meu vigésimo artigo publicado aqui no PMKB e escolhi, como assunto dessa publicação, um tópico que é bastante relevante para os profissionais de Gerenciamento de Projetos – certificações profissionais.

No Brasil estamos muito familiarizados – são bastante difundidas e reconhecidas – com as certificações do PMI (Project Management Institute), mas é importante saber que existem outros institutos e organizações que igualmente promovem o conhecimento e disponibilizam certificações profissionais nessa área. 

O objetivo deste artigo não é, de forma alguma, avaliar ou julgar as organizações e suas certificações. Pelo contrário, quero apresentar a você algumas alternativas que existem e são reconhecidas mundialmente, dando uma pequena ênfase àquelas que já estão presentes em nossa realidade brasileira.

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Dentre os principais institutos e organizações mundiais de fomento ao desenvolvimento do conhecimento em Gerenciamento de Projetos, que possuem programas de certificação profissional, podemos destacar:

Além desses, há também algumas universidades, como a Stanford University com o seu Advanced Project Management Program e outros institutos como o IIL – Internacional Institute for Learning com o seu Advanced Project Management Certification, que possuem programas de desenvolvimento profissional. Em resumo, há diversas instituições e diversos certificados diferentes disponíveis no mercado. Se você fizer uma pesquisa na Internet, confirmará essa afirmação.

No Brasil, as certificações que são mais reconhecidas são aquelas disponibilizadas pelo PMI, IPMA e Axelos.

O PMI, com origem nos Estudos Unidso, tem diversas certificações disponíveis para níveis diferentes de experiência e áreas de especialização – CAPM, PMP, PMI-SP, PMI-RMP, PMI-ACP, PMI-PBA, PfMP e PgMP. O processo de desenvolvimento de conhecimento e certificação do PMI é baseado no levantamento de Boas Práticas aplicadas no mercado, consolidadas nos seus padrões e guias de boas práticas, cujo principal é o Guia PMBOK® (Project Management Book of Knowledge). Essas práticas são organizadas em processos divididos em áreas de conhecimentos descritos no Guia PMBOK®.

O seu processo de certificação é baseado na elegibilidade do candidato, que deve provar um determinado nível de experiência (horas trabalhadas em gerenciamento) e de formação (treinamento formal) dependendo da certificação requerida. Quando elegível o candidato é submetido a um exame de múltipla escolha, com conteúdo situacional, para provar seu conhecimento e proficiência no assunto. A aprovação no exame confere ao candidato o título referente à certificação a qual se submeteu.

O IPMA, de origem europeia com sede na Suiça, possui 4 níveis de certificação que, resumidamente, dependem do tempo de experiência e nível de conhecimento do candidato – CPMA (Level D), CPM (Level C), CSPM (Level B) e CPD (Level A). O IPMA tem seu conjunto de conhecimento constituído por Elementos em três dimensões de Competências – Técnica, Comportamental e Contextual. Os elementos se inter-relacionam podendo ter dependências uni e multilateral. Há recomendações de processos e o foco central é nas competências-chave do Gerente. Esses processos e competências são descritas no seu ICB-v3 – International Competence Baseline.

O processo de certificação do IPMA é mais completo e aprofundado do que o do PMI e, consequentemente, embora seja menos difundido, confere aos profissionais certificados um reconhecimento maior pelo mercado. Um profissional Level C, ou superior, tem não só seu conhecimento em Gerenciamento de Projetos certificado pela garantia de sua Competência Técnica, mas também a sua experiência e comprometimento com a realização e sucesso do projeto, e com o contexto e ambiente de sua organização, através das Competências Comportamentais e Contextuais. Para certificação, dependendo do nível escolhido, o candidato deve comprovar experiência em gerenciamento, ser aprovado em um exame, ter seu currículo avaliado e aprovado, passar por uma entrevista e apresentar um relatório de projeto.

Por sua vez, a Axelos, de origem inglesa, também disponibiliza algumas certificações diferentes, baseadas no nível de experiência e especialização em diferentes áreas de conhecimento – PRINCE2®, MSP®, MoR®, P3O®, MoP® e MoV®. Dentre elas, a mais reconhecida e utilizada no Brasil é a PRINCE2®, que é baseada em uma metodologia de gerenciamento de projetos desenvolvida pela Axelos que apresenta três níveis de certificação –  Foundation, Practitioner e Professional.

O processo de certificação visa confirmar que o candidato tem um determinado nível de conhecimento e entendimento da metodologia, sendo capaz de aplica-la e adequá-la às necessidades de cada projeto. Para os dois primeiros níveis – Foundation e Practitioner – a certificação é obtida pela realização de um exame de múltipla escolha. Para o Professional, o processo inclui atividades e exercícios em grupo, com a utilização de case studies, e avaliação de 19 critérios de desempenho individual. Não há exames escritos para esse nível.

Como você pode ver, há varias alternativas disponíveis, cada uma mais adequada a um determinado mercado e objetivo. O importante, antes de optar por uma certificação, é saber se você realmente precisa de uma. Se você esta buscando conhecimento na área de gerenciamento, sua melhor opção é procurar por um curso de formação ou especialização. Se você já tem conhecimento e experiência na área, buscar uma certificação lhe proporcionará um reconhecimento de competência para se destacar no mercado.

Uma pergunta que sempre é feita quando se fala em certificações é: a certificação gera competência no profissional? Mas isso já é assunto para outra conversa!

Uma ótima semana a todos!

Referência Bibliográfica:

alexandre_zoppa

Sobre o Colunista: Alexandre Zoppa, PMP, SpPMSP Foundation, com mais de 15 anos de experiência em gerenciamento, é engenheiro eletrônico formado pela Escola de Engenharia Mauá, pós-graduado em Administração de Empresas pela FAAP e com aperfeiçoamento em Gerenciamento de Projetos pela George Washington University. É instrutor em Gerenciamento de Projetos e colunista do PMKB. Hoje atua como coordenador de planejamento Arcadis Logos. Já foi PMO na Ambev e Líder de Planejamento na ABB S.A., entre outras.

E-mail de contato: alexandrezoppa@yahoo.com.br;

Se você tem comentários, sugestões ou alguma dúvida que gostaria de esclarecer, aproveite o espaço a seguir.

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  1. Obrigado, Ivan.
    Há várias outras organizações que concedem certificados. Listei as que me parecem mais importantes.
    Abraço,

  2. Ivan Bastos disse:

    Parabéns Alexandre, fique surpreso com a quantidade de entidades que certificam profissionais em Gerenciamento de Projetos. Ótimas informações.

  3. Obrigado a todos que deixaram seus comentários!
    É importante e motivador saber que estamos atendendo às expectativas de vocês, nossos leitores.
    Um forte abraço a todos!

  4. Marcelo,

    Obrigado pelo comentário e pela correção.

    Abraço,

  5. Jorge Roberto Vieira Alves disse:

    Excelente artigo. Parabéns.

  6. Rubens Augusto Duarte disse:

    Artigo com conteudo coerente e direto. Gostei da postagem.

    Parabens

  7. Flávio Freitas disse:

    Alexandre,

    Parabéns pelo seu novo artigo publicado e em poder compartilhar como o PMKB onde podemos aprender e entender de uma forma clara as melhores e boas práticas sobre projetos.
    Estou me especializando em Gerenciamento de Projetos onde pude me identificar profissionalmente com os pequenos projetos que estou trabalhando e com seu artigo me despertou interesse em poder me certificar. Gostaria de saber qual a primeira Certificação que posso adquirir.

    Abraços e sucessos.

    Flávio Freitas

  8. RODRIGO AGOSTINHO DE SOUZA disse:

    Muito bom, bastante conteúdo e de fácil entendimento. Estou pensando em me certificar e me esclareceu algumas dúvidas. Obrigado por compartilhar conhecimento.

  9. Edson dos Santos Lima disse:

    Excelente conteúdo informativo.
    Parabéns.

  10. Marcelo Aguiar disse:

    Prezado Alexandre, boa noite.
    Gostei do artigo. Porém, no 9º parágrafo, ao falar do IPMA, é necessário corrigir a palavra “cede”.
    Obrigado pelas informações.

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