Cine Majestic: conheça seus stakeholders e certifique-se que está no caminho certo
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Publicado em 22/02/2016
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Cena de abertura do filme Cine Majestic: um escritor, vivido por Jim Carrey, tenta esconder seu espanto enquanto observa, calado, alguns produtores discutirem, bem na sua frente, um roteiro seu que acabaram de ler.
A conversa que transcorre é basicamente assim:
-E o garoto que toca o sino?
-Que garoto? Que sino?
-O garoto que toca o sino pra avisar a cidade quando a mina desaba.
-Está no roteiro? Em que página?
-E se ele tivesse alguma doença?
-Uma doença?
-Como um aparelho nas pernas.
-Mas ele corre.
-Pode mancar.
-Igual a “Como Era Verde o Meu Vale”.
-Aquele garoto está disponível?
-Velho demais. E é inglês.
-E daí?
-A história se passa no Tennessee!
-Tennessee??? Me deram essa página?
-Esqueça a doença, ninguém gosta.
-É deprimente.
-Odeio doenças.
-Espanta o público.
-Esperem, tenho uma ideia. E se déssemos ao personagem principal… Como ele se chama?
-Floyd.
-Horrível. Mude.
-E se déssemos um cão pra ele?
-Um cão?
-Um fiel companheiro que trabalha a seu lado na mina de carvão… dia após dia. A mina desaba e só o cão consegue sair.
– Porque cães são menores.
– E o cão desceria a colina e tocaria o sino.
– Caramba, isso é lindo.
-Me emocionei.
-Fiquei arrepiado.
-Todos adoram cães.
-Em vez de uma doença, o garoto terá um cão?
-Esqueça o garoto. Não vai ter nenhum garoto. O filme é sobre o cão.
Assim, em uma única reunião de entrega de produto, o roteirista viu todo o seu trabalho sofrer alterações radicais, senão ser jogado fora.
Enquanto é possível deduzir que o personagem de Jim Carrey provavelmente cometeu deslizes na fase de coleta de requisitos, é certo afirmar que falhou em gerenciar as principais partes interessadas de seu projeto. No entanto, o principal pecado aqui foi não implementar o processo de validação do escopo, também já conhecido como verificação do escopo.
‘Validar o escopo’ é um processo que promove a avaliação do escopo ao longo do projeto, através da validação de etapas ou entregáveis parciais, consequentemente aumentando a probabilidade de aceitação final do produto, serviço ou resultado. Este processo também proporciona a possibilidade de ações corretivas ou solicitações formais de mudança em tempo hábil, diminuindo os riscos relativos a possíveis divergências no entendimento do escopo.
Mesmo em casos onde a complexidade do projeto é baixa, é possível (e necessário) a implementação da validação do escopo. No breve estudo de caso do Majestic, o roteirista não necessariamente precisaria ter um plano de gerenciamento do escopo, uma matriz de rastreabilidade dos requisitos, métricas e avaliações do grau de conformidade dos requisitos. Bastaria um cronograma com reuniões programadas para variados estágios de desenvolvimento do roteiro, onde a direção do enredo e dos personagens ficariam claros para os produtores antes da entrega final.
O escopo não é diferente dos demais pilares de um projeto. Ele precisa ser avaliado recorrente e formalmente, não pode ser apenas documentado no início para ser medido só no final. Os custos, os riscos, os retrabalhos, os impactos de uma forma geral são bem menores e mais facilmente absorvíveis quando se detecta o mais cedo possível que o verdadeiro resultado esperado de um projeto é um cão e não um menino.
Sobre o Colunista:José Roberto Costa Ferreira, PMP, é Engenheiro Eletrônico e de Telecomunicações pela PUC-MG, pós-graduado em Redes de Telecomunicações pela UFMG e em Gerenciamento de Projetos pelo IETEC. Iniciou sua carreira profissional em 1995 no ramo de eletrônica, informática e telecomunicações e desde 2005 atua em áreas e negócios diversificados com Gestão de Produtos e Gerenciamento de Projetos. Atualmente integra a equipe de Gestão de Projetos da ThyssenKrupp Industrial Solutions, divisão de Tecnologia de Recursos/ Mineração. Nas horas vagas é um aficionado por cinema.
A crônica relata bem o cenário de uma reunião onde cada stakeholder lança uma nova idéia como contribuição, no estudo do roteiro (escopo). Geralmente estas idéias trazem uma necessidade, experiência ou direcionamento pessoal. A falta de condução desta situação poderá, conduzir o projeto além da linha de escopo inicial.
A questão do texto é que este não é o momento de concepção pois já existia um escopo (roteiro) a ser seguido, porém ainda assim poderia ser revisto e, em comum acordo com o roteirista, aceito.
Assim, fica claro que a falta de condução acerca do escopo durante todo o projeto pode levar a um direcionamento que está fora da proposta inicial, certamente impactando em replanejamento que irão afetar prazos, custos e recursos.
Após definição de um escopo do projeto, este deverá ser gerenciado e conduzido durante todas as fases, garantindo assim que a necessidade inicial esteja de acordo com a proposta e garantindo assim que o projeto seja concluído conforme previsto. Mudanças e novos requisitos certamente ocorrerão mas deverão ser detectados e conduzidos para que a proposta inicial não seja alterada.
Estou em comum acordo com o autor onde: “Validar o escopo é um processo que promove a avaliação do escopo ao longo do projeto, através da validação de etapas ou entregáveis parciais, consequentemente aumentando a probabilidade de aceitação final do produto, serviço ou resultado.”
É de extrema importância que o gestor do projeto tenha esta consciência e seja responsável pela revalidação do escopo em todas etapas do projeto, garantindo assim que o resultado final esteja sendo alcançado, e em aceitação dos stakeholders.
A importancia de se fazer um escopo e captar as reais necessidades dos stakeholders para o projeto é muito bem descrita nesta crônica. O autor mostra também a necessidade que temos em acompanhar este escopo durante todo projeto até sua conclusão para estarmos preparados caso haja mudanças a serem feitas.
Está crônica mostra um problema muito recorrente em projetos e suas colocações são muito pertinentes.
A definição do escopo do projeto é crítica para o sucesso do mesmo e deve ser conduzida pelo líderes das equipes do cliente e fornecedor. No entanto, é imprescindível que a descrição detalhada do produto ou solução seja repassada a todos os membros da equipe, para que todos estejam alinhados em relação as entregas parciais e finais a serem realizadas. Além disso, o acompanhamento e revisão deste escopo é desejável para que o valor proposto seja realmente entregue ao cliente.
A crônica relata bem o cenário de uma reunião onde cada stakeholder lança uma nova idéia como contribuição, no estudo do roteiro (escopo). Geralmente estas idéias trazem uma necessidade, experiência ou direcionamento pessoal. A falta de condução desta situação poderá, conduzir o projeto além da linha de escopo inicial.
A questão do texto é que este não é o momento de concepção pois já existia um escopo (roteiro) a ser seguido, porém ainda assim poderia ser revisto e, em comum acordo com o roteirista, aceito.
Assim, fica claro que a falta de condução acerca do escopo durante todo o projeto pode levar a um direcionamento que está fora da proposta inicial, certamente impactando em replanejamento que irão afetar prazos, custos e recursos.
Após definição de um escopo do projeto, este deverá ser gerenciado e conduzido durante todas as fases, garantindo assim que a necessidade inicial esteja de acordo com a proposta e garantindo assim que o projeto seja concluído conforme previsto. Mudanças e novos requisitos certamente ocorrerão mas deverão ser detectados e conduzidos para que a proposta inicial não seja alterada.
Estou em comum acordo com o autor onde: “Validar o escopo é um processo que promove a avaliação do escopo ao longo do projeto, através da validação de etapas ou entregáveis parciais, consequentemente aumentando a probabilidade de aceitação final do produto, serviço ou resultado.”
É de extrema importância que o gestor do projeto tenha esta consciência e seja responsável pela revalidação do escopo em todas etapas do projeto, garantindo assim que o resultado final esteja sendo alcançado, e em aceitação dos stakeholders.
A importancia de se fazer um escopo e captar as reais necessidades dos stakeholders para o projeto é muito bem descrita nesta crônica. O autor mostra também a necessidade que temos em acompanhar este escopo durante todo projeto até sua conclusão para estarmos preparados caso haja mudanças a serem feitas.
Está crônica mostra um problema muito recorrente em projetos e suas colocações são muito pertinentes.
A definição do escopo do projeto é crítica para o sucesso do mesmo e deve ser conduzida pelo líderes das equipes do cliente e fornecedor. No entanto, é imprescindível que a descrição detalhada do produto ou solução seja repassada a todos os membros da equipe, para que todos estejam alinhados em relação as entregas parciais e finais a serem realizadas. Além disso, o acompanhamento e revisão deste escopo é desejável para que o valor proposto seja realmente entregue ao cliente.