Publicado em 21/05/2014
Custos indiretos não previstos causam falhas em Projetos Industriais
Resumo: Os custos indiretos não previstos, são as despesas indiretas, referentes aos gastos financeiros, aplicáveis indiretamente para realização de tais trabalhos, projetos e serviços. Ou seja, custos financeiros que não serão ou foram previstos, na composição orçamentária, dos custos diretos, aplicados para realização dos mesmos, mas que são necessários para que sejam executados. Podendo variar a classificação na composição orçamentária, de empresa para empresa.
Introdução
É fácil encontrarmos empreendimentos, serviços e produtos, que foram fracassados, devido ao mau planejamento e composição orçamentária para venda dos mesmos, devido às desconsiderações dos custos indiretos aplicáveis sobre estes.
Figura 1 – Custos indiretos (despesas indiretas).
Os custos indiretos não previstos, que não foram relacionados e quantificados nas composições de custos diretos, para realizações de tais atividades, são os maiores causadores destes fracassos nos negócios.
Os custos indiretos (despesas indiretas) são aquelas referentes a:
1- Mão-de-Obra:
1.1: Indireta
1.2: Auxiliar
2- Despesas Gerais:
2.1: Veículos, Equipamentos e Manutenção (Exceto Operação)
2.2: Alimentação (Refeições)
2.3: Materiais e Consumo (Materiais, móveis e equipamentos de escritórios, medicamentos, ambulatório, prevenção, água, luz, telefone, sinalização e proteção)
2.4: Vestimentas
2.5: Transportes
2.6: Diversos: Fotos, Anúncios, Propagandas, Cópias, Aluguéis de Terrenos e ou Casas, Construções e Reformas (Provisórias e Acesso), Instalações Especiais, Placas, Alojamentos, Lazer, Almoxarifados, Computador, Serviços Terceiros a serem diluídos (Consultorias, Royalties, Assistência Técnica e Analises de Laboratórios, etc.), Viagens e Estadias, Premiações
3- Taxas, Impostos e Seguros
Custos indiretos e como comprometem resultados
Precisamos levar em conta que encontramos projetos, empreendimentos e ou negócios que tenha sidos planejados e executados de forma perfeita, sem nenhum problema ou contratempos, principalmente em termos de orçamentos, prazo final e qualidades.
Também não é fácil manter uma parceria cordial e profissional com os clientes. Embora, nenhum projeto seja absolutamente perfeito, alguns deles conseguem chegar ao final, com uma quantidade mínima de problemas e, apesar das dificuldades, muitos terminam com sucessos.
Por outro lado, não é raro encontrarmos um gerente que já tenha se envolvido em projetos, que foram pouco ou mal sucedidos. Algumas das vezes estes pode ser um total fracasso. E também é muito comum terminar um projeto, com prazo final e orçamentos seriamente comprometidos. Outras vezes, o cliente não recebe os produtos ou serviços com todas as características e funcionalidades que comprou ou esperava receber.
Existem muitas causas possíveis para os problemas que cercam os projetos, empreendimentos e ou negócios. Um dos erros mais comuns que estão na raiz da maioria destes problemas são os CUSTOS INDIRETOS NÃO PREVISTOS.
Sendo eles todos os elementos de custos indiretamente, incidente na composição orçamentária, tal que represente não especificamente os elementos do grupo anterior, mas que são imprescindíveis para que o empreendimento aconteça, como: custo de administração geral rateada, custo financeiro de inversões tomadas, custo de carga tributária incidente e custo de risco assumido.
Figura 2 – Exemplo de cálculo de custo indireto.
Tomamos como exemplos uma a construção de uma obra qualquer:
- As Despesas Indiretas são, sem se restringir, aquelas referentes à administração da obra (mão-de-obra indireta e auxiliar), ao canteiro de obras, tapumes, transporte, alimentação de pessoal, vestuários, os equipamentos não lançados nas CPU’s, os mensalistas, contas de telefone,água, luz, Xerox, EPI’S (Equipamentos de Proteção Individual) e etc.
- Utilizando-se o raciocínio anterior, os custos indiretos são os gerados por elementos que são auxiliares na execução dos serviços, mas não ficam incorporados à obra. O conceito dos custos indiretos não obedece a critérios apenas técnicos, mas envolve outras circunstâncias temporais de caráter comercial, durante o estabelecimento das diretrizes de negociação das obras, ou seja, o que em uma determinada obra é considerado custo indireto, em outra pode não ser de interesse considerá-lo assim.
- O importante é que tais custos sejam efetivamente computados, sem omissões no orçamento.
Conclusão
A separação dos custos de diretos e indiretos é mera conveniência de quem orça. O importante é que todo o custo de se fazer a obra seja contemplado em alguma “caixinha” do orçamento.
A definição clássica de custo direto é todo custo (material, mão de obra, equipamento) diretamente associado com o serviço que está sendo orçado, ou seja, o custo dos insumos que entram na execução do referido serviço. Assim, por exemplo, no custo da fôrma incluem-se carpinteiro, ajudante, os diversos tipos de madeira, prego e desmoldante.
No custo indireto, por sua vez, abrigam-se todos os custos que o orçamentista não consegue atribuir diretamente a um serviço. Exemplos clássicos são a despesa de energia da obra e o salário do engenheiro.
Referências
- Marion Nailon Queiroz, Programa e Controle de Obras, Universidade Federal de Juiz de Fora.
- Frankeline Fonseca Santos Jr., Engenheiro Eletricista da CONVERTEAM, pós-graduado em gestão de projetos pelo IETEC. Techoje- uma revista de opinião
- Google: Wikipédia, a enciclopédia livre. PINI
Sobre os Autores:
Autor: Alexandre Ferreira Veloso de Abreu Silva; Engenheiro Mecânico, graduado pela Universidade de Itaúna, Minas Gerais, no ano de 1986. Experiência há mais de 20 anos em empresas metalúrgicas (caldeiraria, montagem, solda, usinagem) nas áreas de PCP (Planejamento e Controle da Produção), métodos, processos e gerência de fábrica; Supervisão e gerência em indústria da construção de máquinas e equipamentos para indústria automobilística; Projetos, coordenação e execução de obras eletromecânicas, de estruturas metálicas e tubulações em empresas de mineração, siderúrgicas e automobilística. E-mail de contato: velosoabreu@yahoo.com.br.
Autora: Alessandra Wacha; Engenharia Civil, com Ênfase em Transporte e Logística, graduada pela Escola de Engenharia Kennedy, Belo Horizonte-Minas Gerais, no Ano de 1998 e Técnico em Desenho Arquitetônico pela Instituição INAP, de Minas Gerais. Experiências em gerenciamentos de obras civis e pesadas, planejamentos e controles de produções, orçamentos, medições com órgãos públicos e privados, projetos diversos, avaliações e perícias, pleitos, aprovações e regularizações de obras em Prefeituras, controles de qualidades e outros. E-mail de contato: alessandrawacha@yahoo.com.br.
Contexto: o presente trabalho é resultado de pesquisa realizada com alunos da 4a Turma de Gestão de Projetos em Construção e Montagem do IETEC.
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