Publicado em 02/08/2016
Esta pergunta tem várias respostas e todas muito precisas. Nada de acaso (exceto em casos fortuitos). Dar a conhecer algumas destas respostas é o objetivo desta nova série de artigos do Prof. Lúcio Fonseca.
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2002: Alemanha perde a final da Copa do Mundo para o Brasil por 2 x 0
2014: Alemanha aplica histórica goleada de 7 x 1 no Brasil e ganha a Copa
COMENTÁRIO
Qual terá sido a reação da Alemanha, após a dolorosa derrota na final de 2002, com direito a show de Ronaldo Fenômeno? Apenas raiva e juras de vingança? O que terá acontecido, além disto ( se isto aconteceu), para justificar que, apenas alguns anos depois, a Alemanha se tenha transformado em uma das mais poderosas seleções do mundo?
Superando reações puramente emocionais, a lógica – tão característica dos alemães – logo se impôs: “Precisamos mudar tudo”. Da humildade que permitiu chegar a esta conclusão surgiu um dos planos mais conscientes e eficazes para gerar a revolução necessária. As escolas públicas passaram a dar uma ênfase especial ao futebol, exercendo o papel de “escolinhas” na preparação das crianças e jovens nos fundamentos do esporte e revelando, com a ajuda dos “olheiros” dos clubes, aqueles de maior potencial.
“Após o vice mundial em 2002, todos os times da 1ª e da 2ª divisão do país foram obrigados a ter centros de treinamento de jovens com certificação da federação. (www.dw.com/pt)
Os centros de treinamento – ou “academias” – dos clubes, a quem os talentos descobertos na escola são encaminhados, fazem, assim, o trabalho final de lapidação. Daí para o elenco principal dos clubes e para a seleção, apenas uma questão de tempo. Na atual seleção alemã, todos, fora Klose, passaram por eles”. (www.dw.com/pt)
Lições aprendidas: a humildade para reconhecer o seu verdadeiro status e a capacidade de trabalhar o fracasso mais racionalmente que emocionalmente podem ser fortes impulsionadores de resultados mais satisfatórios. Lamber as feridas é um direito, mas reinventar-se, usando as melhores ferramentas gerenciais, é um dever. Começar respondendo a estas três perguntas estratégicas é um enorme passo:
- O que eu quero? (Minha VISÃO DE FUTURO).
- Onde estou em relação ao que eu quero? (Minha situação atual, meus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades latentes – ANÁLISE SWOT).
- O que eu preciso fazer para chegar onde eu quero? (Minhas ESTRATÉGIAS; meu PLANO DE AÇÃO).
Valeu para a seleção alemã. Por que não valeria para a brasileira? (Apenas trocar de técnico não é uma “estratégia”). Por que não valeria também para nossas empresas, especialmente nestes tempos de crise? E para nossas vidas pessoais?
Sobre o Colunista: Prof. Lúcio de Andrade Fonseca, Consultor Empresarial e Educacional e palestrante reconhecido no Brasil e no exterior. Foi Executivo Educacional do Grupo Kroton, por longos anos, exercendo as funções de Diretor de Unidades Escolares, no Brasil e no Iraque, e de CIO (Diretor de Tecnologia). É Consultor de Gestão Estratégica de entidades públicas, privadas e do terceiro setor, no Brasil e em Angola. Exerce também a função de Vice-Presidente de Assuntos Educacionais da SUCESU-MG. Através da empresa FF Digital Tecnologia, Treinamento e Desenvolvimento, da qual é fundador e Diretor Executivo, coordena programas de capacitação para executivos, que têm participação expressiva de gestores de empresas de mineração de Angola.
E-mail de contato: lucio@luciofonseca.com.br – site: http://ffdigital.com.br
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