Publicado em 18/08/2020
Conhecido pela má administração em suas obras, o Brasil detêm de diversos casos de quedas de pontes e viadutos.
O último parecer técnico registrado pelo Ministério Público relatou que, somente no estado de São Paulo, 14 das 16 pontes inspecionadas apresentam riscos iminentes de quedas e deveriam ser interditadas, a fim de garantir a segurança de todos.
No entanto, como interditar 14 pontes, de grande importância no tráfego de veículos de umas das regiões mais significativas para a economia do Brasil?
Vê-se, portanto, a extrema necessidade de averiguar quais os passos a serem seguidos para que situações como essas não venham a ocorrer e pessoas sejam prejudicadas durante a sua locomoção para realização dos seus afazeres.
E para saber o que fazer também vale estudar o que não fazer e o que pode provocar patologias tão expressivas, que possam causar riscos iminentes de quedas.
Tantos erros em projetos, onde as cargas previstas para uma via não representem a realidade e demanda daquele local, quantos choques mecânicos e abaulamento de veículos podem ocasionar a desestabilização de estruturas, consideradas especiais e de suma importância para as pessoas.
No entanto, ainda que bem projetadas, as obras especiais podem apresentar tais problemas, pois, infelizmente, muito projetos são executados com tempo relativamente superior a elaboração, não apresentam conformidade com as especificações do projeto ou, mesmo os materiais não apresentam a qualidade necessária para garantir o bom desenvolvimento da estrutura para a qual foi planejada, visando atender as demandas da sociedade.
Além disso, a falta de manutenção preventiva traz consigo uma série de problemas, capazes de desestruturar a construção e não proporcionar que esta cumpra com a sua funcionalidade. A eficácia do sistema de drenagem, também, contribui diretamente no desempenho da edificação, pois se mal projetada e/ou executada pode colocar a vida de diversas pessoas em risco, tendo em vista que água aumenta a porosidade dos elementos estruturais, diminui a proteção a intempéries, e consequentemente provoca a ocorrência de corrosão, a qual diminui significativamente a resistência dos materiais.
Desse modo, as consequências, tornam-se inevitáveis, e pessoas, acabam sofrendo com isso. Há diversos acontecimentos e casos, aqui mesmo no Brasil, que registram as graves consequências geradas por imprudências de profissionais, que outrora deveriam ser responsáveis por proporcionar o desenvolvimento da infraestrutura do país, com segurança, garantindo a integridade da vida das pessoas.
Além de perdas fatais, a interferência no trânsito e, consequentemente, na economia do país, também estão diretamente relacionados a estas tragédias. A perda da credibilidade de empresas e profissionais também se destacam quando o assunto é queda de obras especiais, pois suas habilidades técnicas deveriam garantir a qualidade das obras, para que essas atendam as necessidades e vida útil para a qual foram projetadas.
Sendo assim, verifica-se a primordialidade de projetos bem planejados e com execução eficiente, atentando-se aos materiais utilizados, sistemas de drenagem, altura de vãos, além da realização de planejamento para manutenções, visando a durabilidade e usabilidade dessas estruturas tão relevantes ao nosso cotidiano.
Sobre o autor:
Larissa Soares – Graduada em Engenharia Civil, atuou em empresas de variados portes, mas cujo foco sempre esteve na otimização dos processos e qualidade dos resultados. Foi eleita coordenado do Crea Jr -MG, um dos principais programas jovens da área tecnológica do país. LinkedIn: https://bit.ly/2zx576K
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