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Entenda porque até o Impeachment pode ser encarado como um projeto

Publicado em 11/12/2015

Diante dos escândalos que tem surgido no cenário nacional, o interesse pelo tema impeachment aumentou consideravelmente. A palavra refere-se a um processo político-judiciário a partir de uma denúncia protocolada junto ao Congresso para apurar um crime de responsabilidade – uma terminologia que significa atos irregulares cometidos por autoridades que estão ocupando cargos públicos.

O processo de impeachment se inicia com uma denúncia ao Congresso sobre possíveis irresponsabilidades e graves delitos de conduta cometidos no exercício de cargos públicos, como o de Presidente da República, de Ministros de Estado e do Supremo Tribunal Federal. Qualquer pessoa pode fazer o encaminhamento da acusação, desde que seja protocolado documento com assinatura e firma reconhecida, com anexos de provas ou indicações de onde elas podem ser encontradas. Se houver testemunhas, deverão ser indicadas ao menos cinco pessoas. A partir disso, será feito um levantamento para confirmar ou refutar a denúncia que, se comprovada, levará os participantes à perda do cargo.

Assim como um projeto, o processo de impeachment passa por diversas fases. Abordaremos no post de hoje o assunto e buscaremos compreender se ele pode ser tratado como um projeto. Prossiga a leitura e compreenda esta associação!

Por que o impeachment precisa de um gerenciamento de projetos

Aqui já podemos começar a associar o Impeachment à um projeto. Sempre que trabalhamos em um plano de gerenciamento, é preciso identificar quais são as partes interessadas na atividade, para que possamos mapear resistências e, assim, desenvolver um plano de ação para tentar diminuir os impactos negativos delas ao longo da implantação do projeto.

O mesmo acontece em um impeachment. O governo atual precisa averiguar quem são as partes interessadas nesta ação para ser capaz de gerir a crise adequadamente, de forma a sair dela sem maiores estragos na imagem da gestão. E ao fazer uma análise rápida, é possível perceber a interessa este processo.

Quem são as principais partes interessadas em um processo de impeachment?

Michel Temer, Vice-Presidente da República, por exemplo, seria um dos maiores beneficiados com a saída da Presidenta Dilma Rousseff. Se o impeachment fosse concedido, ele passaria a ser o presidente do país, o que beneficiaria seu partido, o PMDB, nas eleições de 2018. Aécio Neves, presidente do PMDB e candidato à presidência nas eleições de 2014, também é uma figura interessada no afastamento da presidenta. Caso isso acontecesse, ele estaria atestando como real todas as acusações feitas no período eleitoral, o que reforçaria a simpatia daqueles que nele votaram. Porém, ele não teria tantas vantagens competitivas quanto o Temer, que ganharia maior projeção.

Com estes dois exemplos é possível analisar que, assim como nas diversas etapas de um projeto, o processo de impeachment também conta com pessoas com níveis de interesse e influência diferentes, porém, todas elas são capazes de influenciar em algum grau a execução do processo.

É possível prever os resultados de um processo de impeachment?

Assim como um projeto pode ter suas etapas alteradas por diversos fatores, o que geraria a incerteza quanto ao seu resultado final, um processo de impeachment também estaria à mercê de situações inesperadas que não permitem a precisão de seus resultados. Para que fosse possível ter um controle mais efetivo sobre os rumos desta ação, até mesmo sobre causas repentinas, seria necessário gerenciá-lo segundo o Guia de Melhores Práticas PMBOK. Por meio das informações encontradas neste material, o gestor de um “projeto de impeachment”, assim como o gestor de crises do governo, seria capaz não só de administrar, mas de ter um maior controle sobre os resultados finais da atividade.

Depois de toda esta explanação, fica fácil perceber que é possível tratar um impeachment como um projeto. E assim como este processo poderia ser visto sob a ótica de Gestão de Projetos, tantos outros fatos também se enquadram nesta possibilidade.

O que você achou desta associação? Consegue perceber quais seriam as outras práticas do PMBOK que poderiam ser utilizadas neste tipo de processo?

hayala_curto

Sobre o Colunista: Hayala Curto, CEO da Seed e idealizador do software NetProject. Principal acionista da empresa, Hayala é mestrando em Informática pela PUC Minas, graduado em Ciência da Computação e tem MBA em Gerência de Projetos e Gestão Empresarial pela FGV. Tem mais de 15 anos de experiência coordenando projetos de TI. Especialista em plataforma WEB e Business Inteligence. Participou da criação e do desenvolvimento de diversos DataWarehouses e aplicações WEB corporativas para clientes como a Telemig Celular, Vale, Prefeitura de Betim, CEMIG, entre outros. É membro do PMI, Project Management Institute, atuante no capítulo de Minas Gerais, desde 2004.

E-mail de contato: contato@seedintelligence.com / http://www.seedintelligence.com

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