Publicado em 19/04/2016
Nesta nova série de artigos, o Prof. Lúcio Fonseca dá pistas do que é preciso para que a liderança consiga direcionar sua equipe de trabalho para estágios de desempenho sempre acima da média.
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“O guerreiro inteligente procura o efeito da energia combinada e não exige muito dos indivíduos. Leva em conta o talento de cada um e utiliza cada homem de acordo com sua capacidade.”
(Sun Tzu – “A Arte da Guerra” – L&PM)
COMENTÁRIO
Quando se fala em liderança, fala-se em domínio de instrumentos gerenciais, em capacidade de elaborar estratégias e planos e outras competências de natureza técnico-administrativas. Mas, sobretudo, fala-se da capacidade de colocar as pessoas certas nos lugares certos e de fazê-las “funcionar” em conjunto, como um organismo integrado. Algo como nos ensinou, dolorosamente, a Alemanha, na Copa de 2014.
Para isto, o líder precisa conhecer com profundidade cada membro do seu time, saber de suas competências e incompetências, de suas forças e fraquezas intelectuais e emocionais (estas últimas um dos calcanhares de Aquiles da nossa seleção naquela malfadada Copa), para não exigir demais de quem não tem mais o que dar e para não exigir de menos dos mais bem aquinhoados. A Gestão por Competências é de excelente ajuda nesta hora, mas conta demais a capacidade do líder de interagir, prazerosa e profundamente, com as pessoas que compõem sua equipe, por elas interessando-se, no nível pessoal, antes mesmo do nível profissional.
É no convívio e interação no nível essencialmente humano, o que pode – e deve – ser, muitas vezes, desvestido de formalidades – que exercitará uma característica fundamental: a capacidade/humildade de ouvir, sempre que possível pessoalmente. Ouvir todos , “no todo”, não apenas em termos de opiniões objetivas, mas buscando auscultar os sentimentos não manifestos, especialmente os daqueles que, estando no “chão da fábrica” (ou nas coordenações, nas salas de aula, na cantina, na limpeza, na vigilância…), “pegando o touro pelo chifre”, conhecem em detalhes as operações, o que as atrapalha e as maneiras de torná-las mais eficazes. Sabem muito bem estes “onde o calo aperta” – e também “onde canta a majestade o Sabiá”, por sofrerem cotidianamente as dores e vivenciarem as alegrias do convívio com pessoas, processos e resultados.
Sobre o Colunista: Prof. Lúcio de Andrade Fonseca, Consultor Empresarial e Educacional e palestrante reconhecido no Brasil e no exterior. Foi Executivo Educacional do Grupo Kroton, por longos anos, exercendo as funções de Diretor de Unidades Escolares, no Brasil e no Iraque, e de CIO (Diretor de Tecnologia). É Consultor de Gestão Estratégica de entidades públicas, privadas e do terceiro setor, no Brasil e em Angola. Exerce também a função de Vice-Presidente de Assuntos Educacionais da SUCESU-MG. Através da empresa FF Digital Tecnologia, Treinamento e Desenvolvimento, da qual é fundador e Diretor Executivo, coordena programas de capacitação para executivos, que têm participação expressiva de gestores de empresas de mineração de Angola.
E-mail de contato: lucio@luciofonseca.com.br – site: http://ffdigital.com.br
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