Publicado em 09/04/2015
Com os recorrentes avanços tecnológicos, a área de TI é constantemente cobrada para trazer soluções inovadoras às empresas e que impactem de maneira positiva nos resultados. A missão, muitas vezes, é difícil e requer verba e tempo para investimentos.
A solução pode ser a terceirização dos serviços de TI e a consequente liberação da área para a busca de soluções que enriqueçam o negócio e a tirem do operacional, deixando com a empresa contratada tal missão.
Delegando serviços operacionais para a empresa terceirizada de TI, a área pode se dedicar a pensar em inovações e melhorias para o processo interno, agregando, de fato, ao negócio da organização.
O outsourcing de TI deve ser visto como uma parceria, aquela que ajudará na otimização do operacional e servindo de apoio e complemento à área interna.
Era uma vez, TI…
Na década de 90, as empresas começaram a perceber a necessidade de se ter uma área de TI forte. Com isso, muitos profissionais de especialidades diversas foram contratados. A área se consolidou, se profissionalizou, ganhou musculatura.
A partir de 90, os gestores entenderam que o foco na área era importante, mas que visão de estratégica era fundamental para se crescer e/ou incrementar o faturamento. Foi aí que a terceirização surgiu com mais força. Assim, ao invés de equipes enormes de TI, optaram por manter um gestor da área.
Com isso, a terceirização virou, erroneamente, sinônimo de áreas de TI muito enxutas. ou, ainda, da demissão de profissionais. No entanto, a terceirização não significa acabar com a estrutura interna, representa, ao contrário, otimizá-la. Deixá-la livre para pensar e fazer o estratégico do negócio.
Outsourcing de TI representa a avaliação do portifólio da empresa prestadora do serviço e quais deles podem ajudar a minha empresa a se desafogar e concentrar-se naquilo que é realmente interessante e importante para o negócio. Por exemplo, posso terceirizar a manutenção de impressoras, servidores, serviços na nuvem etc.
A preocupação aí é para que o contrato se cumpra em todos os seus itens (segurança, performance, desempenho) e as equipes internas se direcionam para outros afazeres mais relacionados ao negócio e ao seu crescimento.
De fazedores, os gestores de TI passam a ser, de fato, gerenciadores: de estratégias, equipes, atribuições, afazeres.
Com o avanço da importância da área de TI dentro das empresas, a função exercida pelo departamento ganhou visibilidade e passou a ser considerada estratégica.
Assim, é preciso focar-se naquilo que exige o negócio e tornar a operação mais ágil, segura, pontual e certeira. Uma solução que auxilia nesse processo é o outsourcing que permite mais flexibilidade na alocação dos recursos de TI, redução de custos e consequentemente, possibilidade, de investir em outros projetos liderados pela área.
Terceirizando TI
Para se garantir que uma estratégia de terceirização tenha sucesso é preciso analisar:
- Flexibilidade – a terceirização permite o atendimento das demandas na velocidade em que essas precisam crescer ou diminuir.
- Boas práticas de mercado – devido ao cenário competitivo na prestação de serviços de TI, as empresas que ofertam tais produtos e serviços se veem obrigadas a se manterem na vanguarda do que acontece em termos de práticas, metodologias, ferramentas, trazendo para a contratada abordagens muitas vezes não alcançadas em um ambiente funcional tradicional.
- Busca por profissionais adequados de TI – dada a criticidade dos serviços oferecidos pela área de TI, é preciso ter em torno de si bons profissionais, experientes, capacitados e atualizados.
- Sigilo – a conformidade com as melhores práticas de segurança garante que a parceria não traga riscos ao cliente. A cultura de comprometimento do fornecedor e dispositivos de alinhamento de conduta e responsabilidade ajudam neste processo.
- Contrato – Para relações que envolvem outsourcing de TI, o foco é transferido para a validação de entregas, índices de qualidade e para a manutenção administrativa e jurídica do contrato.
- Qualidade – A equipe de controle da qualidade das entregas deve ir além das áreas funcionais (usuários), garantindo que tudo o que foi acordado em contrato foi devidamente endereçado.
A terceirização vale a pena em muitos casos, desafoga a equipe interna e ainda a libera para projetos e atribuições mais estratégicas e ligadas ao negócio. Já pensou nisso?
Sobre o Colunista:
Gustavo Teixeira é especialista em gerenciamento de projetos, certificado pelo PMI em 2010 como Project Management Professional (PMP), Scrum Master e ITIL. Foi nos últimos 15 anos responsável por projetos dos setores de tecnologia, infraestrutura, saúde, banking e gestão do conhecimento. Atualmente é diretor na PMBASIS consultoria, tendo atuado também em empresas como Ativas Datacenter, Algar Tecnologia, Unimed BH e MV Sistemas. Professor, mestrando em sistemas de informação e gestão do conhecimento com MBA em gerenciamento estratégico de negócios. Leciona em cursos MBA, in-company e nos preparatórios PMP e CAPM do PMI Minas Gerais, onde é coordenador desde 2010. É membro do PMI (Project Management Institute) e do PMI Minas Gerais, onde atua como Executivo Nomeado da Diretoria de Certificação e Desenvolvimento Profissional.
E-mail de contato: gustavo@pmbasis.com.br l Site: www.pmbasis.com.br
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Gustavo. Show de bola. Bastante esclarecedor e uma realidade em praticamente todas as governanças.