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Perigos no Gerenciamento de Riscos – Parte 02

Publicado em 25/02/2016

Perigo e condições de Risco
Nem todos os potenciais perigos representam um risco real, isso dependerá da presença simultânea de outros dois fatores: (i) exposição ao perigo e (ii) fatores de risco. A maior ou menor presença desses fatores determina a probabilidade de ocorrência do evento de risco. A exposição ao risco está diretamente associada ao quanto o valor ou objetivo está exposto ao perigo e os fatores de risco refere-se ao tipo de risco que pode advir do perigo. Por exemplo, cigarro é um perigo, porém, se a pessoa possui o hábito de fumar (exposição ao risco), associado à propensão genética (fator de risco), aumentará a probabilidade de contrair um câncer, no entanto, se ela for alérgica à fumaça, sua chance de ter problemas respiratórios aumentará. Havendo a conjunção do perigo de chuvas e estando as atividades ou ativos expostos à chuva, juntamente com os fatores de risco de equipamento ser sensível à humildade e a área sujeita à inundação, aumentarão a probabilidade de ocorrência de vários riscos, como equipamento danificado, serviço paralisado, piso de concreto danificado.

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Evitando o Perigo

Felizmente, muitos perigos podem ser contidos ou evitados através de barreiras e controles. Uma vez que o perigo, a exposição e os fatores de risco são removidos ou eliminados, os riscos desaparecem. Porém, para os problemas (riscos já ocorridos), os efeitos podem ser reversíveis ou irreversíveis. Por exemplo, um risco causou uma lesão (consequência) que pode ser curada completamente (reversível) ou produziu uma doença incurável (irreversível).

A identificação dos perigos é um passo fundamental em qualquer processo de gerenciamento de riscos e um perigo não identificado poderá ocultar riscos que não poderão ser controlados. Portanto, a identificação de perigo é uma atividade crítica.

Avaliando o Perigo

A identificação dos riscos através da análise dos perigos pode ser realizada segundo os seguintes passos:

Eleger os valores (propriedades, objetivos, segurança, instalações, sistemas, saúde, reputação, produtos, negócio, meio-ambiente ou equipamentos) que pretendemos proteger.

Identificar quais os perigos aos quais esses valores podem estar expostos fazendo a pergunta: “de onde podem vir as ameaças e riscos a este valor? ”.

Avaliar o quanto este valor pode estar exposto ao perigo fazendo uma das seguintes perguntas: “há alguma possibilidade deste valor ser afetado por esse perigo? ”; “Por que? ”; “O valor está ao alcance do perigo? ”.

Estando o valor exposto ao perigo, identificar os fatores de risco que podem tornar o valor suscetível de ser afetado pelo perigo fazendo uma das seguintes perguntas: “quais são suas características intrínsecas que o predispõe a ser afetado pelo perigo? ”.

Por exemplo, um investimento na bolsa de valores é fortemente dependente da característica do negócio ser fortemente dependente da variabilidade do mercado de ações, o que, intrinsecamente, predispõe o investimento aos riscos de perdas ou ganhos.

A proximidade ao mar é um perigo para os equipamentos eletrônicos, mas se eles forem construídos com aço inoxidável de boa qualidade e seus circuitos e pontos de conexão forem protegidos por material anticorrosivo, a possibilidade de sofrerem danos de corrosão devido à maresia será mínima.

Em razão dos seus fatores de risco, identificar que eventos de risco indesejáveis, ou desejáveis, podem ocorrer que possam causar danos ou melhorias aos valores em questão.

Os Perigos como orientação para identificação dos Riscos

Os perigos identificados auxiliam no processo de identificação dos riscos, fornecendo uma estrutura e orientação nas sessões de brainstorming, entrevistas, reuniões, etc.

Sem os perigos identificados, aumentam as chances de “esquecermos” de alguns riscos importantes. Quando iniciamos uma sessão de identificação dos riscos e anunciamos: “temos aqui uma condição de perigo que é a montagem do equipamento principal. Se alguma coisa der errado, poderemos ter graves consequências para o projeto, então, o que vocês acham que pode dar errado (riscos) aqui? ”.

Essa abordagem é completamente diferente de: “o que pode dar errado no projeto? ”. Os perigos identificados dão foco aos processos de identificação e de gerenciamento de riscos e ajudam na sua comunicação.

Sempre que formos identificar os riscos, a primeira coisa que temos de fazer é identificar os perigos, fazendo a seguinte pergunta: “de onde podem vir os riscos? ”, ou “onde alguma coisa pode dar errado? ”.

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Sobre o Colunista: Carlos Alexandre Rech Lyra, PMP é Engenheiro eletrônico e analista de sistemas e passagem em empresas como Promon Engenharia, Siemens, Equitel, HP, Banco Nacional e outras. Com mais de 30 anos de experiência em consultoria e gerenciamento de projetos em empresas de grande e pequeno porte. Como consultou, atuou em empresas como Proderj, TJERJ, CET-RIO, URBS – Urbanização de Curitiba S.A. , TAUÁ Biomática, BRQ/IBM, Aurizônia/BroadWave, JF Produções, RDC—Republic Democratic of Congo, JAB Engª., Confed. Brasileira Associações Comerciais (CBAC), EMBRATEL. Professor de redes de computadores e gerencia de projetos em cursos de pós graduação, especialização e MBA em instituições de ensino como UVA, Estácio de Sá, IDEC. Coordenador da área de convênios do PMI-Rio e de equipes de voluntários na preparação de treinamentos para a formação de profissionais em gerência de projetos

E-mail de contato: alyra@prasys.com.br

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