Produtividade e os rendimentos decrescentes

A meta de todo gerente de projeto é conseguir aumentar a produtividade da equipe, porém, sabemos que não é tarefa fácil. Existem diversos artigos e estudos de como fazer com que as equipes produzam mais, o que pode ser conquistados com algumas doses de organização e incentivo.

No entanto, aumentar a produtividade é um processo. Não é algo que se conquiste de uma hora pra outra. Sem falar que fatores ambientais da empresa, tipo do projeto e engajamento da equipe, oferecerão forte influência no processo. Desde que a qualidade não seja afetada, esta é a melhor saída para o cumprimento de prazo do projeto, com pouco ou nenhum custo adicional.

Outra solução para recuperar prazos do projeto é aumentar os recursos. Apesar do aumento de custo, esta é uma boa medida casos onde a restrição principal é o tempo. Porém, a lei dos rendimentos decrescentes nos mostra que essa solução só é viável até certo ponto.

Também conhecida por lei das proporções variáveis ou lei da produtividade marginal decrescente, a lei dos rendimentos decrescentes pode ser entendida da seguinte maneira: aumentando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção, a princípio, crescerá a taxas crescentes; a seguir, após certa quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a taxas decrescentes.

Um exemplo é o aumento do número de trabalhadores em uma construção. A princípio, a produtividade será aumentada até um ponto que as limitações físicas, os equipamentos e materiais disponíveis, sejam suficientes para suportar a produtividade da equipe.

Uma frase irônica muito falada no âmbito de projeto nos diz que “Uma mulher faz um filho em 9 meses, porém 9 mulheres não fazem um filho em um mês”. Apesar da brincadeira é uma forma descontraída de entender que nem sempre aumentar recursos garante o cumprimento de uma meta, uma vez que diversos fatores podem impactar diretamente a produtividade dos recursos alocados.

Sobre o Colunista: Duílio Paiva, profissional pós-graduado em gestão de projetos pelo IETEC, engenheiro de Produção/Civil pela FUMEC com formação técnica em Edificações pelo CEFET/MG. Possui nove anos de experiência na construção civil, onde atuou em obras de infraestrutura, industrial, predial e ferroviária. Atualmente engenheiro de planejamento da PHV Engenharia, onde é responsável pelo planejamento e controle de obras comerciais e residenciais de alto padrão.

E-mail de contato: duilio.paiva@outlook.com

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